NOVE

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— Meu anjo

Senti o cheiro de café antes mesmo de abrir os olhos.

— Justin?

— Hum?

— Se for antes das dez horas você vai se ver comigo —murmurei irritada, mas o som de sua risada dissolveu toda minha irritação

— Esta cedo, mas você precisa levantar, quero te levar a um lugar

— Ah, é? —eu abri primeiro um olho, depois o outro, e então pude admirá-lo por inteiro, já vestido, ou quase isso, Justin estava apenas com uma bermuda cinza, sem camisa mostrando seu tanquinho incrível, e com todas aquelas tatuagens que o deixavam ainda mais irresistível.

 Justin era um orgasmo para o olho feminino de terno, mas usando roupas casuais eu tinha vontade de me jogar nele enquanto gritava seu nome bem alto para quem quisesse ouvir.

Levantei da cama ficando de joelhos me arrastando ate a ponta da mesma onde ele estava, peguei a xícara de café de suas mãos a colocando no criado mudo, então voltei minha atenção para ele, aquele homem maravilhoso, e todo meu.

Passei o dedo lentamente por sua tatuagem com os números romanos, a coroa, a cruz, beijando bem no meio da mesma, meus lábios continuaram fazendo uma trilha de beijos ate uma das minhas tatuagens preferidas, se não a preferida. “forgive” dizia, de acordo com o Justin relacionado ao seu passado, que ele deveria perdoar, e esquecer. Me afastei dele olhando todos aqueles músculos pintados por tinta preta.

Olhando Justin de terno você nunca imaginaria que por baixo do seu terno bem cortado e polido havia todas aquelas tatuagens, ate então sem significado, de acordo com ele aquilo fazia parte da sua historia, cada tatuagem tinha um significado singular de seu passado, e por mais que ele odiasse falar disso, eu as amava, tudo aquilo era parte de sua historia, quem ele era.

Justin passou as mãos por meu rosto em um aperto firme me fazendo desviar o olhar de suas tatuagens e encarar seus olhos.

— Você é tão linda —ele murmurou seus polegar passando em meus lábios —cada pedacinho de você

— Está tentando me distrair? —perguntei rindo, ele sorriu fazendo com que borboletas fizessem um voo livre por meu estomago

— Você é que está, meu anjo —aquele sorriso de matar continuava em seu rosto —e a sua estratégia está dando certo

Será que ele admirava o meu corpo da mesma maneira que eu admirava o dele? Só de pensar nisso, abri um sorriso.

— Onde você quer me levar? —perguntei colocando meus braços em seu pescoço afundando meu rosto ali sentindo seu maravilhoso perfume Dolce & Gabbana 

— Surpresa —ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo morder os lábios e antes de o puxar para mais um beijo

Nós (1) saímos do quarto e eu fiquei surpresa ao perceber que poucas pessoas se encontravam pelo caminho do hotel, Justin nos levou ate uma lancha enquanto eu o olhava interrogativamente, ele falou com um cara moreno e alto em algo que eu julgava ser espanhol e logo o cara saiu nos deixando sozinhos.

— Nós estamos saindo do hotel? —perguntei enquanto Justin me ajudava a entrar na lancha

— Sim

— Onde exatamente? —perguntei curiosa, ele sorriu negando

— Um lugar —ele disse misterioso, suspirei me sentando em um dos bancos da lancha

Observei enquanto Justin mexia em alguns botões fascinada, afinal o que esse homem não sabia fazer? A lancha logo criou vida começando a ir para o lado oposto o qual estávamos.

50 tons eternosWhere stories live. Discover now