Don't be like that

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Me olhei no espelho. Cabelo com aspecto molhado, como sempre. Os brincos que eu gostava de usar. Calça jeans preta, blusa vermelha e jaqueta jeans preta. Meio chamativo, mas era o que ia ser hoje.

Borrifei bastante do meu perfume em que usava para  ocasiões mais formais.

Desci meio rápido demais pela escada, como sempre.

N- Tá pronta, princesa do baile? - Gritei, brincalhão, para que ela pudesse me ouvir do quarto.

S: Só mais uns cinco minutinhos- Gritou de volta.

N: Vou te deixar sem carona, princesa. - Continuei com a brincadeira.

Depois de 10 minutos, eu já havia subido para descobrir o motivo de tanta demora, logo me deparei com esse motivo.

N: Ca ra lho - Deixei escapar da minha boca, surpreso.

Fazia muito tempo que eu não via minha irmã assim, tão bonita.

Ela estava com cropped vermelho rendado, salto médio e uma saia de couro. A maquiagem era leve, mas devia ter um daqueles lipsticks que deixava a boca com um aspecto molhado. Eu só queria beijar.

Perdi a fala totalmente.

N: Tá linda demais, porra.- Foi tudo o que consegui dizer.

Ela gargalhou.

S: Você é muito bobalhão, Urrea.

N: E você vai dar trabalho hoje- Disse, a olhando dos pés a cabeça.

S: Só se for à você.- Disse me olhando fundo nos olhos.

Isso tinha sido uma indireta? Não sei, era lerdo demais para perceber.

Ficamos uns instantes calados, até que decidi ignorar completamente o que ela havia acabado de dizer, e a arrastado de uma vez para o meu carro, já que já estávamos quase atrasados.

Quando entramos nele, o ambiente se infestou com seu perfume de rosas.

Só Deus sabe o quanto eu senti vontade de pular pra cima dela e cheirar aquele cangote. Puta que pariu, Sabina. Você me deixava louco.

S: Você também não tá nada mal.- Esse jeitinho áspero dela de ser carinhosa, me fazia sempre abrir um sorriso.

Coloquei no som Harry Styles, meu cantor preferido, que por acaso, eu sabia que era o dela também.

S: Eu amo essa música. Eu amo Harry Styles- Comentou.

N: É, eu ainda lembro dos seus gostos, maninha. - Disse, olhando pra cima e sorrindo, me lembrando em como éramos parecidos.

Cantamos juntos durante o caminho, que era longo por sinal.

Puxei assunto.

N: E aí, como foi sua semana?- Disse, a olhando por breves momentos enquanto dirigia.

Eu deveria ser assim com ela mais vezes. Ela merecia minha atenção. E pensar que a gente conviveu por anos sem esse contato irmão com irmão. Era no mínimo estranho.

S: Foi tranquila. Muito exame e treino. E a sua?

N: O mesmo. Dei de ombros. Nossa rotina não era muito novidade.

Sabina abriu a janela e colocou o rosto pra fora.

S: Nossa, esse ar fresco é revigorante.- Disse, fechando os olhos e sentindo a brisa bater no seu rosto.

Vi essa expressão de liberdade no olhar e no seu corpo. O momento estava propiciando isso a ela. Queria dar isso a ela.

N: Você quer parar em algum lugar, antes de ir? Temos uns minutos ainda.

S: Pode ser.

Nossa, nós estamos realmente em um "encontro".

Levei ela até uma parte mais alta da cidade, em que dava pra ver as luzes e a cidade toda. As pessoas costumavam ir lá de carro.

Estacionei e Sabina saiu, se apoiando no capô do carro e se envolvendo em seus próprios braços, pois o vento estava forte.

Imediatamente ao ver a situação, tirei minha jaqueta preta e coloquei por cima dela, que sorriu pra mim em resposta.

S: Como você consegue ser assim. - Disse baixinho, quase inaudível.

N: Assim como?- Disse, me encostando igual, ao lado dela.

S: Assim. Tão perfeitinho. Tão cavalheiro. Tão sem nenhum defeito - Ela parecia em negação e um tanto indignada.

N: Nossa, Sabi. Você sabe muito bem que não sou perfeito. - Disse, olhando pra baixo e envergonhado.

S: Como não? Você é tipo, tudo o que qualquer garota queria, o príncipe perfeito. Quase um artista famoso de hollywood.

Ri de seu exagero.

N: Sabi, você está me superestimando. Mas fico feliz em saber que só pensa coisas boas de mim.- Disse, mantendo o olhar fixo nela. Estava TÃO linda.

S: Mas é. Todos os dias rodeado de várias meninas, todas competindo por sua atenção. E eu, sou o que? Uma NADA- Ela disse apertando os braços mais forte contra seu corpo, nitidamente chateada.

N: Ei, calma aí, Saby, não é bem assim. Ergui seu queixo, que já estava baixo, a fazendo olhar para mim.

N: Você é incrível, sabe bem disso. Todos seus amigos gostam muito de você, nossa família,e pra mim, você é simplesmente TUDO.

Eu poderia falar mais, poderia dizer o quanto ela era maravilhosa em tudo que fazia. Mas fiz questão de enfatizar esse tudo, e eu acho que havia transmitido isso a ela.

S: Seria mais fácil, sabe. Se você não fosse assim.

Nos olhamos fixamente por um momento. Eu não estava afim de entrar naquela conversa certa AGORA. O momento certo pra isso ainda viria. Mas não seria naquele instante.

Sugeri a e ela que fôssemos para a festa, e ela conferindo o horário no celular, assentiu.

Brother's Affection- UrridalgoWhere stories live. Discover now