MARATONA 🌻 3/5
Desci para dar uma corrida e dar um gás. Eu não queria ficar lá em casa para ver a Eduarda contemplando uma porra de um buquê de flores e esfregando na minha cara que o tal amigo da Giulia é fofo, bonitinho e o caralho a quatro. Não quero bancar o ciumento mas nunca menti que tinha um pouco de ciúmes só não confessava. Eu não curtia ver a Eduarda com nenhum outro cara apesar de saber que ela é do mundo e não minha. Dei umas sete voltas inteira na pista que tinha ali na praça que era grande pra caralho, já estava morto. Acabei com a minha água e aproveitei um chuveiro que tinha ali e me molhei todo para tirar o suor do corpo. Encontrei ninguém mais e ninguém menos que a Vitória e a Brenda, olhei de relance e ignorei completamente mas a filha da puta fez o favor de vir até a mim. Eu devo ter tirado um dia para pagar meu pecados.
— Eai, Rael.
Eu tirei o excesso de água do cabelo e olhei pra cara dela — Tá falando comigo por que?
— Grosso. Só vim saber como você estava — Vita rolou os olhos. — Fiquei sabendo que sua mãe teve uma neném.
— É, ué. Você quer saber o que? Como foi o parto? Se foi pela barriga ou pela buceta?
Brenda segurou uma risada enquanto a Maria Vitória fez a maior cara de cu do mundo. Eu devo ter um problema sério com garotas com o nome composto e se o primeiro nome for Maria não preciso nem saber o resto porque vai fuder com a minha vida. Maria Vitória, Maria Eduarda. Puta que pariu.
Eu desliguei o chuveiro que tinha ali no parque e peguei minhas coisas para ir embora ignorando completamente a Vita ali. Fui em direção ao meu prédio, subi querendo já tomar um banho gelado e comer alguma coisa. Encontrei só o João com a Lia lá na sala, passei e cumprimentei a Lia. Tive certeza que o João safado do jeito que é tava desenrolando a Giu e a Lia ao mesmo tempo. Vai acabar sem nenhuma das duas de tão fominha que ele era. Foda-se quem sou eu para dar conselho amoroso.
— Cadê a Maria Eduarda? — perguntei para o João.
— Ela disse que tinha que sair, acho que saiu com a Isabela.
Eu concordei com a cabeça e parti para o meu quarto. Betina, a babá da Bia já tinha vindo pegar ela e a casa estava bem mais silenciosa porém chata sem o choro da Beatriz e os pitos da Eduarda. Deitei na cama pronto para tirar aquele cochilo gostoso antes do almoço e acordei um pouco depois das três horas de um cochilo que deveria ser só de quarenta minutos. Eu olhei meu celular e vi um monte de mensagens do Pedro e de um moleque que costumava a sair nós rolês com a gente que era amigo do Pedro.
— Mensagem (1) Pedro
Pedro: Psiu, tu vai lá no evento hoje?
Pedro: Acorda, caralho. Tenho que confirmar seu nome na lista porra.
Pedro: Foda-se quando tu acordar me manda mensagem.
— Mensagem (2) Babi
Babi: Oi sumido és
Babi: Pedro não confirmou teu nome na lista
Babi: Mas você vai?
— Mensagem (2) Isabela
Isabela: Fala, meu amor.
Isabela: Você vai mais tarde?
Eu: Acabei de acordar. Cheio de mensagem do Pedro perguntando dessa porra
Isabela: Vou confirmar o meu, da Giu e da Duda agora. Quer que eu confirme o teu?
Eu: Pô, Isa. Valeu! Um adianto do caralho
Eu: Confirma sim que eu vou
Isabela: Tranquilo.Eu levantei e fui tomar um banho, sai enrolado na toalha e catei qualquer roupa para colocar. O João não estava em casa e eu deduzi ter saído com a Lia. Enrolei a toalha na cintura e fui até a cozinha porque estava cheio de sede, peguei um copo d'água e voltei para me arrumar mas fiquei sem camisa porque estava um calor do caralho. Liguei o ar condicionado e me joguei no sofá, escutei a maçaneta da porta se abrindo e em seguida e Eduarda entrou. — Porra, tá um calor do caralho na rua. – ela resmungou.
— Pois é — comentei sem dar muita bola para ela e mudei de canal.
— Tá com fome? Vou fazer alguma coisa pra comer. — ela me olhou e eu neguei com a cabeça.
— Tô com fome não, valeu.
— O que te deu? — perguntou olhando em minha direção e eu neguei com a cabeça.
— Nada não — respondi na moral. — Você vai mais tarde para a festa lá que a Isabela confirmou teu nome?
Ela hesitou mas concordou com a cabeça — Não queria muito ir mas a Isabela convenceu.
Eu dei uma risada pelo nariz — Isabela é foda.
— Tá com fome mesmo não? — ela perguntou e eu neguei. Ela passou a mão pelo cabelo e fez um coque indo em direção a cozinha. Eu peguei meu celular e mandei mensagem para a Babi, ela era um caso que eu tinha bem antigo que agora terminou com o namorado e voltou para os mesmos rolês que eu. É óbvio que ela estava na intenção de ficar comigo de novo e eu só estava dando uma certa condição porque a mina era gente boa. Ia dar uma moralzinha. — Nessa casa não tem um docinho, né? Como fica minha tpm — Eduarda resmungou.
Eu olhei para ela e levantei do sofá. — Se arruma aí que eu te levo naquele lugar que tu queria comer.
Os olhos dela dilataram e ela abriu um sorriso enorme. — Rael, você tá falando sério?
Eu dei uma risada — Tô, pô. Se arruma aí que a gente come pela rua....
Ela desistiu do que estava fazendo na cozinha e eu peguei apenas uma camisa. Descemos e eu tirei o carro da garagem. Eduarda já vinha comentando que queria ir nessas confeitarias onde tem esses donouts, essas rosquinhas cheia de granulado, saca? E eu prometi a ela que um dia ia levar só que acabei nunca levando a mina pra comer. Eu sou sensível, caralho. Eu não dou flor, mas eu levo pra comer. Paramos na confeitaria, descemos do carro, e fizemos nossos pedidos. Eu pedi seis e a Duarda pediu seis também, ainda comprei dois cafés para acompanhar a gente. Eduarda quase devorou a caixa dela toda mas antes tirou uma foto e postou nos stories. Ainda me marcou.
— Só você pra me fazer comer esses troços, Eduarda — eu dei uma risada e comi uma rosquinha dessas. O negócio era realmente bom para caramba mas eu malhei hoje justamente para poder comer essas rosquinhas calóricas pra caralho.
— Até parece que você só come bem, né? Antes de mim você e o João viviam a base de ifood e miojo.
— Para de graça.
— Não to mentindo — ela me mandou língua e eu dei uma risada. — Aquelas panelas nunca tinham sido tocadas por nenhum alimento antes da minha chegada naquela casa.
— Ah, para. — dei uma risada — Eu sempre arrumava alguma coisa pra fazer. Sou inútil não.
— É só um pouco — ela sinalizou com a mão e eu mandei o dedo do meio. — Por que a ideia do nada de me trazer para lanchar?
— Ué, eu não posso ser legal? Tu prefere que eu seja um
escroto? — eu suspendi a sobrancelha.— Não foi isso que eu te perguntei. — riu — Foi por causa da cara feia que você fez hoje por causa do buquê do Marcelo, né?
— Que? — dei uma risada pelo nariz — Eduarda, tu viaja.
Ela deu um sorrisinho maroto e enfiou uma rosquinha daquelas na boca — É, eu devo estar viajando demais mesmo.
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Me encantou demais
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS'' + 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...