25.Golpe final

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Final do Livro 1
Especial 10K de palavras

— Eu estou com um sensação um pouco diferente — Digo assim que saio do banheiro enxugando o cabelo com uma toalha depois de uma ducha.

— Que tipo de sensação ? — Pergunta a Madison já pronta para sairmos.

— Sinto que depois de hoje a minha vida vai mudar ainda mais — Respondo. — Porém não sei o motivo

— Pelo que entendi, a catástrofe vai te deixar mais poderoso, então talvez seja isso — Diz ela. — Como diz o Tio Ben, “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”

— É, pode ser e por sinal gostei da referência ao Homem-Aranha — Digo sorrindo, mas não deixando essa sensação de lado e logo saímos do hotel que nos hospedamos caminhando pelas ruas de Pompeia.

Conseguimos identificar vários turistas, já que estamos em um local que é visitado por pessoas do mundo todo, andamos próximo a alguns.

No caminho chegamos a um local que é conhecido como Casa do Fauno, o que me chama a atenção, então entro e fico surpreso com a beleza do lugar, várias obras de arte fazem a decoração ser ainda mais bela.

— O lugar recebeu este nome por causa desta estátua de bronze que representa um fauno dançarino — Diz um guia apontando para a estátua que está no centro do local e não deixo de lembrar do Pã. — Fauno era uma figura da mitologia que os romanos associaram a Pã e aos sátiros, ou ainda aos seguidores selvagens do deus grego do vinho, Dioniso.

Assim que a maioria se afasta me aproximo da estátua e com os olhos fechados agradeço a Pã novamente pelo que ele fez por mim, não deixo de pedir também proteção no caminho que estou seguindo.

Ainda de olhos fechados escuto algo parecido com cascos batendo no chão e uma melodia que reconheço ser de uma flauta, mas assim que abro os olhos o som desaparece.

— Vamos — Digo sorrindo e segurando a mão da Madison saindo do local.

Assim como nas imagens que logo aparecem quando pesquisamos sobre Pompéia, os sinais são bem claros da grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 que provocou uma intensa chuva de cinzas sepultando completamente a cidade, cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção.

Chega a ser bonito ver como nem o tempo apagou o acontecimento, mesmo sendo triste imaginar como as pessoas se sentiram no momento da erupção.

Chegamos a um local conhecido como o Templo de Apolo, que como o nome mesmo informa é dedicado ao deus grego e romano, altas colunas estão distribuídas ao redor do templo que por ser antigo mostra sinais deterioração.

— Eu sempre achei muito bonito as arquiteturas gregas e romanas — Digo e a Madison sorri.

— De fato, são lindas e mesmo sendo construídas a tanto tempo conseguem manter sua beleza — Diz ela olhando ao redor.

Estamos cada vez mais próximos do Vesúvio, porém algo chama a minha atenção ali, dentro do templo há uma escadaria e no seu topo sentada no chão uma garota de aparentemente 20 anos está mexendo no seu arco de prata, vestida com uma túnica branca e seu cabelo está arrumado como se estivesse se preparando para caçar.

— Pode se aproximar Dylan — Diz ela com uma voz doce e com receio faço o que ela pediu. — Gostaria de te fazer uma pergunta

— Pode fazer — Digo percebendo a aura de poder ao me aproximar.

O Filho da MagiaWhere stories live. Discover now