Realmente apenas melhores amigos?

CAPÍTULO SEIS

boa leitura! (. ❛ ᴗ ❛.)

INO

Fomos na delegacia, damos um tempo pra Hina e agora estou voltando pra casa, mas não só pra casa, estou voltando pra casa do Sai, enquanto Naruto levou Hinata pra casa. Ela estava chorosa, acho que Naruto consegue distrair ela.

Assim que eu cheguei, mandei mensagem para Sakura, dizendo que eu precisava de um favor, onde ela só precisaria dizer para minha mãe, caso ela ligasse, que eu estaria na casa dela, com ela.

Entramos no apartamento do Sai, e caralho!
Ele é rico? Como ele...

—Seja bem-vinda! Essa é minha humilde residência.
—Seu apartamento é lindo, é espaçoso, mas...
—Ah, perdão! Os quadros... Eu vou botar eles no canto.
—Não precisa! Deixam tudo lindo.
—Bom... A casa tá aí, sinta-se a vontade! Pode ir tomar um banho, vou deixar uma toalha pra você e... Roupas?
—Posso botar a mesma roupa.
—Não, de forma alguma. Vamos fazer assim, na terceira porta à esquerda é um cômodo que tem banheiro, sala para você se trocar e um closet. Deixa o vestiário aberto, tranca só o banheiro, eu deixo a toalha lá, e sobre as roupas, pega no meu closet o que achar melhor.
—Obrigada, Sai!

Adentro o cômodo dito por Sai, é realmente espaçoso, e ele é organizado, tem até etiquetagem para ocasiões diferentes, como "roupas para ficar em casa", "roupas para dormir", "roupas para ocasiões especiais", e é muita roupa, quase o mesmo tanto que eu tenho.
Vamos lá, deixar o closet destrancado, O vestiário também, o banheiro... Que banheiro chique. Todo em preto e branco... Sai tem um ótimo gosto.

Começo a me despir, deixo as roupas dobradas no lado livre da pia. Mas qual sabonete eu uso?

SAI

Enquanto procuro toalha e roupas de cama, Ino começa a me gritar, aconteceu algo?

—Tá tudo bem aí?
—Sai...

A porta do closet aberta, eu entro. A porta do vestiário aberta, eu entro. A porta do banheiro aberta?

—Pode entrar, Sai. Estou de toalha.
—O que... O que aconteceu?
—Que shampoo e condicionador posso usar? E sabonete?
—Ah, perdão, está tudo guardado. Nesse armarinho tem tudo, pode pegar esse sabonete líquido aqui pra você, esse shampoo e condicionador. Pode ser?
—Sai, são importados. Você não usa?
—Ah, bem, usar eu uso, tenho vários aqui em casa, pode usar sem problemas!

Eu saio do banheiro, e por uns segundos, eu me estranho. Não é comum eu não conseguir olhar alguém nos olhos. Espero que ela demore para eu poder arrumar o restante da casa, o quarto e algo para comermos.

INO

Passaram longos 30 minutos, o banheiro do Sai parece o banheiro do dono da Shoppee, tem tanta coisa chique, automática, tem sacos transparentes a vácuo. Botei minhas roupas sujas lá mesmo, e caraca.

Indo para o closet, vou para a parte de roupas para dormir, encontro uma camiseta cinza que é grande e larga, e... Vou pegar uma cueca do Sai. Vou procurar as que parecem um short, que eu sei que existe, e voilà, Calvin Klein. Pego minhas coisas e saio.

SAI

Na cozinha eu procurava algo pra comer,  e nada. Melhor pedir uma piz... Caraca!

—Perdão a demora! Peguei uma cueca sua, tem problema?

Uau.

—Problema nenhum, tá com fome?
—Minha cabeça tá explodindo... Tô com fome sim, mas tem algum remédio?
—Não... Tomei o último agora mesmo, vamos buscar?

Saímos para buscar remédio, vou aproveitar e pegar escova de dentes para ela, acho que ela vai preferir.

Chegamos, pegamos tudo, e fomos pra casa. Ao subir que tava o problema.

—O cartão ficou em cima da mesa...
—Puta que pariu, e agora? Foi ser rico e usar fechadura de cartão, agora viu! -Ino ri, juntamente com o Sai.
—Temos duas opções sobre uma, tem um elevadorzinho de serviço, manual, que dá no andar de cima daqui da cobertura, a primeira opção, ou eu vou sozinho no elevador, você espera aqui e eu abro a porta, ou vamos juntos, mas é apertado.
—Vamos juntos logo.

E assim fomos, eu entrei primeiro, sentei, e ela, por má sorte, entrou de mal jeito, acabou que ficamos um de frente pro outro a poucos centímetros de distância.

O elevador começa a subir, mas antes, para piorar a situação, ele dá um catranco e ela cai em cima de mim. Mas que coisa demorada...

Ao abrir a portinha, como saímos? Tentando sair, acabamos caindo um em cima do outro no lado de dentro da cozinha.
Ela é tão bonita...

—Sai??? Sai! Tá me ouvindo? Tem alguém na porta!
—Ah... Já vai! -Diz Sai gaguejando enquanto se levanta de forma desajeitada—Yuri?
—Eu ouvi um barulho, tá tudo bem aí Sai?
—Está sim, obrigado.
—Mas não vim só por isso, vim perguntar se o meu quadro está pronto.
—Já disse Yuri, não sei se vou vender ele, não faço arte por dinheiro...
—Tudo bem, se mudar de idéia me avise, não vou mais atrapalhar você e sua namorada. —Yuri fecha a porta e sai.
—Quem era?
—Vizinho, perdão por ele ter te chamado de minha namorada.
—Não tem problema, o que vamos comer?
—Ino, Pede uma pizza que eu vou tomar um banho, pode ser?
—Claro, de que sabor?
—Pode escolher, sabe o endereço daqui?
—Sei.
—O dinheiro tá no microondas, fala que precisa de troco pra 100.

Eu entro no banho.
Meu corpo está estranho pra caralho.
A água quente desce enquanto pensamentos mexem com a minha cabeça.
Ino...
Quem diria que eu um dia sequer chamaria ela, só ela, pra minha casa.
Mas é só uma noite rápida, vamos ficar talvez e tudo bem.
Tudo bem?
Puta que pariu não está tudo bem.
Meu corpo está estranho pra caralho.

Eu saio e visto uma camiseta e um short, secando meu cabelo com uma toalha.

—Ino, e a pizza?
—Ah, já está a caminho, pedi um refrigerante, tem problema?
—Nenhum, vamos ver um filme? Você escolhe.
—Vamos, gosta de romance?
—Gosto, pode botar.
—Vamos ver então A Cinco Passos de Você.
—Esse eu nunca vi, é bom?
—É triste pra caralho mas é muito bom.

Tempos depois de filme ela começa a chorar.
A Ino é bem interessante.
Eu nunca chorei vendo filmes, mas muitas pessoas choram com filmes de romance.
Só não imaginava que ela fosse chorar tanto...
Por algum motivo me incomoda, mas não sei como reagir.
Vi em um livro que quando as pessoas choram elas gostam de um ombro amigo, devo botar ela no meu ombro?

—Sai...
—Hm?
—Se importa se eu apoiar em você?
—Deita aqui... Não chora...

Ela parece tão confortável
Isso é um alívio.