My Idol ๑ Jeon Jungkook. {BTS}

34 • VLIVE

Engraçado quando a vida decide ferrar com você, só porque você é uma fã de algo ou alguém, e é isso que a vida faz, ferra com os fãs!

Esse pequeno drama é decorrente da minha recente visão, e adivinha? Havia subido as escadas depois de roubar um pacote de salgadinhos do Jin e passei pela porta do quarto do raio de sol, vendo o mesmo acenando para a tela do seu computador, sentado em sua cama enquanto Yoongi e Taehyung jogavam videogame atrás dele e um Jin comendo algo perto dos dois e um Namjoon jogado no chão lendo um de seus livros educativos. Fiquei indignada, é claro.

É A TERCEIRA VLIVE CONSECUTIVA QUE EU PERCO! Por que eu nunca estou com o celular quando essas coisas acontecem?

Parei na porta do "meu quarto" de hóspedes, observando em silêncio o garoto de dentes de coelhos e nome de biscoito colocando fronha em alguns travesseiros e jogando-os em cima da cama já arrumada com um cobertor que parecia confortável. Em silêncio vírgula, porque comer salgadinhos faz realmente muito barulho. Jungkook se virou na minha direção, mais uma vez que eu me derreto por ele naquele dia.

- Trouxe salgadinhos. - murmurei de boca cheia tentando não cuspir farelo no meu ídolo que se aproximava com cara de fome. Espero que seja fome por salgadinhos. - Quer? - ofereci e ele aceitou com um sorriso de tirar o fôlego, fazer suspirar e morrer mil vezes.

Não importa quanto tempo passe, quanto tempo eu conviva com aquele bastardo. Ele continuava me arrancando suspiros e sensações de montanhas russas dentro da minha barriga, mas fã tem esperança! Tenho esperança que algum dia isso passe (não que eu deposite muita fé nessa esperança).

- Seu quarto está arrumado, o que é uma pena, porque você não vai precisar dormir no meu quarto hoje. - Jungkook fez um biquinho irresistível, mirando suas íris para o chão, desfazendo a careta e voltando a me olhar nos olhos, pairava no ar aquela sensação de hipnotização. - O que foi? Por que essa cara? - suponho que ele tenha dito isso porque eu demorei a responder alguma coisa.

- Meu ídolo está fazendo uma live e eu estou aqui, toda suja de salgadinhos e olhando para a sua cara, desgraçada a vida, não?

Talvez aquela frase tivesse dois significados, talvez eu só quisesse provocar Jungkook dizendo "meu ídolo" e não me referindo a ele. Funcionou, porque ele me olhou feio.

- Seu ídolo? Olhar para minha cara é desperdício do seu tempo?

- Sabe, aquele que começa com J de janela e termina com "Hope, de amor da minha vida" na língua que eu acabei de inventar. - dei de ombros, prendendo uma risada.

Jungkook me olhou como se eu fosse louca e talvez tivesse razão.

- Você... Pode assistir... A live ao vivo. - balançou a cabeça, fazendo os cabelos se moverem e riu por um momento. - Prezo pela sua saúde mental, louca, digo, Madison.

Eu ri com a sua horrível piada e ele me acompanhou. Jungkook levou uma de suas mãos até o meu rosto, em um rápido movimento, limpando minha bochecha que provavelmente estava toda suja de salgadinhos. Por pura provocação, eu fiz o mesmo, dando um tapa em sua mão e levando a minha até o seu rosto, tirando o farelo, fazendo Jungkook sorrir. Devo ter surtado internamente sentindo seu sorriso sob meus dedos. E não parou por aí! Quando já não tinha mais farelo para se limpar, continuamos esfregando o rosto um do outro de brincadeira, rindo.

- ... Crianças.

Jimin passou por nós rebolando seu bundão e entrou no quarto de J-Hope, se juntando a live. Agora estava quase completa e não demorou muito para que ouvíssemos a voz do Taehyung gritando e chamando por Jungkook.

- KOOKIE! ESTÃO PERGUNTANDO POR VOCÊ!

Jungkook abriu um sorriso largo.

- Vamos lá?

- Que...? Não. - neguei fortemente, passando por Jungkook e batendo a porta do meu quarto na sua cara antes que ele tentasse me fazer ir até lá novamente. Eu não sou louca o suficiente a ponto de me jogar no poço da destruição!

Logo que entrei no quarto, avistei Loki deitado no chão. Estalei os dedos, chamando-o na minha direção e como um gato bonzinho que ele é, ele nem moveu um músculo e continuou me ignorando, me fazendo ir até ele e puxá-lo pelo pelo, me deitando na cama macia com ele.

De repente, meu celular começou a tocar com meu recente ringtone.

"FUSQUETINHO DOCEEEE
AH QUE SE AFROXE
HOJE A NOITE
FUSQUETINHO DOCE..."

Levei o celular ao ouvido imediatamente, imagina se um dos garotos ouve isso?

- Alô?

- Madison, posso falar com o Jungkook?

- É claro que o seu pai vai ligar para o seu celular para falar com seu ídolo, e não com você, mesmo que você esteja morrendo de saudade, porque é isso que os pais fazem. - ironizei. - Oi pai, tudo bem? Como vai sua bunda e a América? - ele riu depois disso.

- Estou bem, agora posso falar com o Jungkook, amorzinho?

- NÃO! Por que você não pergunta como EU estou? Aposto que eu tenho muitas novidades para te contar, como, sei lá, eu beijei o Jungkook hoje, sabia? Suponho que não! Porque você nem me liga, mesmo sabendo que eu não tenho créditos e nem sei ligar interurbano.

- Poxa, finalmente, Madison Harrison! Eu já pensava que você iria morrer freira, um beijo já é meio caminho andando, aliás, posso falar com o meu novo genro?

- Genr... Que? Não. Ele não é seu genro! O que tanto você quer falar com ele?

- Eu não posso simplesmente querer falar com meu genro mundialmente famoso e desejado para saber como ele está? - a voz de Hans irradiava sarcasmo, é claro.

- Então pai, hoje eu cheguei a conclusão de que a prostituição é a única saída para minha dívida com os narcotraficantes que eu vendi a nossa casa para sustentar o meu vício pela heroína. Mas o Jungkook está bem, caso o senhor se importe. - respondi com tanto sarcasmo quanto ele, tentando mudar de assunto.

- Boa sorte e não se esqueça de comprar preservativo, eu só quero netos do Jungkook. Ah, Mad, você conferiu se fechou bem a porta de casa? Não queremos que alguém invada a casa enquanto você estiver "trabalhando". A última compra de ração foi cara, agora que fomos obrigados a mudar de marca por Loki não ser mais um filhote e sim um agente graduado. - perguntou como se estivesse em dúvida sobre qual camiseta escolher.

"Tem a possibilidade da casa ser invadida enquanto você estiver se prostituindo... Vermelho ou verde, querida?"

- Falar em porta da casa, tem um coisa muito peculiar que aconteceu ontem que, ahn, a porta foi arrombada por sete garotos com mais de um metro e setenta e... Ah esquece, eu vou chamar Jungkook. - me dei por vencida, sem ouvir sua resposta, enquanto me encaminhava novamente ao quarto do raio de sol.

Não consegui conter o riso quando cheguei ao encalço da mesma e, por uma fresta, avistei os sete garotos, um mais grudado no outro, amontoados em um pequeno montinho ao redor do computador do Hobi, como se a distância de cinco centímetros um do pescoço do outro os impossibilitasse de ficarem visíveis na pequena câmera.

- Sobi. - J-Hope, o único que estava sentado em uma cadeira e, consequentemente, o único a sustentar outros seis corpos pendurados em cima de si, exclamava enquanto encarava desafiadoramente Kim Taehyung.

- Taegi. - respondeu Taehyung.

- Sobi.

- Taegi.

- Sobi.

- Taegi.

- Yoonjin . - tentou Jin, morrendo na última sílaba logo após receber o olhar fumegante do Taehyung e do J-Hope.

- Taegi. - recomeçou Tae, ignorando o Jin.

- Sobi.

- Taeyoonseok. - eu inconscientemente deixei escapar, sendo observada parada na soleira da porta com meu moletom (da sorte) do Mickey caindo nos ombros e o telefone nas mãos. Foi como se a casa toda tivesse parado por três segundos de respirar.

"Mas que tola, Madison, construções não respiram. Você sendo filha de um arquiteto deveria saber disso." Era o que dava voltas e mais voltas em minha cabeça. Mas então, por que eu tive a sensação de que estava infringindo uma grave lei?