Capítulo 2 : The Walking Dead

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-Nós o pegamos tentando abrir as portas do prédio anexo disse Chico, enquanto prendia o garoto com um par de algemas que ele havia encontrado outro dia.

Gabriel respirou fundo sua cabeça ainda latejava por causa da reunião do conselho de turmas.

- O que você queria com eles Eric ? perguntou ele ao garoto algemado.

Erick permaneceu em silêncio as lâmpadas fluorescentes da sala piscaram, os malditos geradores, pensou Gabriel voltando sua atenção para as janelas, Erick me responda o que fazia tentando entrar no anexo.

- Matar a todos disse Mariana, entrando na sala seguida por uma de suas amigas.

Gabriel olhou para a garota seu cabelo estava preso por uma trança, alguns fios crespos caiam aqui e ali.

- A dias que observávamos o comportamento dele, disse a garota sentando-se em uma cadeira e olhando para Erick que permanecia em silêncio com a cabeça baixa apenas olhando para os próprios pés.

O sol do final da tarde começava a atravessar as janelas, é o mesmo sol daquela tarde falou Erick enfim. Eu queria, murmurou ele, levantando o rosto pálido com os ossos protuberantes  nas bochechas,  seus olhos estavam machucados como se alguém o tivesse socado uma centena de vezes, Chico devia ter feito aquilo, eu queria ser um deles balbuciou Erick se contorcendo na cadeira as algemas fizeram um tilintar metálico quando eles as forçou para a frente, estou cansado de ficar aqui preso enquanto vocês brincam de The Walking Dead, senhor Rick Grimes, a morte deles é..... o garoto parou de falar por um instante como se todas as palavras tivessem sumido de sua cabeça, seu rosto se contraiu em uma espécie de espasmo.

- Que merda é essa.... Gabriel se aproximou do corpo de Erick que estava imóvel na cadeira os últimos raios de sol sumiram dando lugar a escuridão.

As luzes tornaram a piscar o grupo se entreolhou mais uma vez, o corpo convulsionante de Erick parou de se mexer. As luzes se apagaram, todos permaneceram em silêncio, um gato miou em algum lugar na noite.

As luzes tornaram a ascender o corpo de Erick começou uma série de movimentos espasmódicos erguendo seu tronco um gemido profundo encheu o ar da sala, seguido por um jato de sangue negro e resto de carne se espalhou pelo chão, Chico então sacou uma arma e com um único tiro na testa do agora zumbi Erick estourou seus miolos que se espalharam pelo quadro de acrílico seu corpo caiu imóvel sobre a cadeira.

- Como ele se infectou? perguntou Mariana.

- Essa é uma excelente pergunta Mariana, falou Gabriel.

- Preciso falar com Jairo, preciso saber com quem ele andava.

- Ele sempre estava com o Ricardo, aquele menino tímido da tua turma Chico disse Marta.

As luzes se apagaram o som tênue do gerador enfim sessou.

Gabriel ascendeu a lanterna em seu peito voltando o feixe de luz para a porta a sua frente seus passos ecoavam pela sala.

O suor que corria de seu rosto fazia seus cabelos grudarem em sua testa, o garoto encostou os dedos na maçaneta da porta do outro lado só existia a escuridão de um corredor vazio sob seus ombros ele sentiu a respiração de Mariana, seu coração parecia querer saltar do peito.

- No três eu vou abrir a porta estejam preparados...... 1,2,3.... disse ele puxando a maçaneta e abrindo a porta havia apenas penumbra, Gabriel pegou o machado de incêndio erguendo-o a sua frente à luz da lanterna cortava a escuridão como uma faca, tudo parecia estar no mais completo silêncio, o que deixava o garoto ainda mais preocupado, sem energia, sem o básico da vida moderna nestas circunstancias era para estarem ouvindo murmúrios de jovens sobre o final de sua vida perante os mortos.

School DaysWhere stories live. Discover now