Reencontro

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SARAH


Abri meus olhos e levantei rapidamente, o quarto estava escuro então tateei a cama pegando meu short, o vesti rápido e logo minha blusa de frio.

Podia ser paranoia, mas eu sentia uma sensação estranha como se alguém me observasse em meio aquele escuro.


Fui até o interruptor perto da porta e acendi a luz, travei ao ver que estava certa e infelizmente ter a pior experiência da minha vida.

O monitor noturno, um padre antigo ali. Estava com seu membro para fora e se estimulando, eu gritei e sai do quarto, ele veio atrás e eu corri, corri muito.


Assim que cheguei no portão tentei abrir, oque foi completamente em vão, sentia a chuva cair em meu corpo e entrei em desespero quando vi ele chegando perto.

Não tive outra opção a não ser pular o portão, assim que pulei para o lado de fora eu comecei a correr e correr.

Eu já estava ensopada e também chorando, eu agradecia aos céus por ele não ter feito nada pior, e com certeza o Gui havia ido embora há muito tempo me deixando completamente desprotegida.



Horas com certeza se passaram, eu não aguentava mais andar, a chuva não passava e pra completar eu havia caído na estrada.

Nem sabia mais aonde eu estava. Em plena madrugada, sozinha, com muita fome, na chuva e ainda levei um tombo, me sujei de lama e machuquei minha perna. Parecia uma droga de novela mexicana.

Assim que avistei algumas casas eu fiquei mais aliviada. Era um bairro bem luxuoso, nas casas haviam grandes portões, aos arredores gramados e lá dentro carros bonitos, típico lugar de burguês.

Vi um raio clarear todo o céu e a chuva apertar, estremeci e toquei a campainha da única casa cujo os portões estavam abertos. Corri para dentro da propriedade sentindo a água fria bater em meu rosto e não ligando muito para quais seriam as consequências do meu ato.

— Por favor, me ajuda, estou perdida...e com muito frio ! — Bati na porta e antes de fazer aquilo novamente, um cara vestido apenas em uma calça de moletom abriu e eu disparei. — Por favor, me ajuda...eu só quero sair da chuva —


— Entra, rápido...sai dessa chuva ! — O homem me deu espaço e fechou a porta assim que entrei.


— Vale, meu Deus !! — Uma senhora se aproximou me olhando. — Filho, vou levar ela pra tomar um banho quente ou ela vai acabar pegando um resfriado —


— Claro, Maria, de algo pra ela comer também e roupas limpas e quentes —


Após tomar um banho e chorar alguns litros, desliguei o chuveiro e peguei o roupão que aquela mulher...se eu não me engano, Maria. Havia colocado no gancho.

Sai do banheiro me deparando com uma cama bem grande e colchas brancas fofíssimas. Quando entrei nem tinha reparado.

Peguei a calça seca esticada na cama, ficou um pouco apertada mas eu nunca iria reclamar. Vesti uma blusa de frio preta enorme, provavelmente era do homem que me atendeu.


Ouvi batidas na porta e me encolhi, aquilo tudo era muito refinado e grandioso pra uma simples órfã como eu.


— Po-pode entrar...— Olhei para um quadro na parede onde estavam dois homens em provavelmente um evento. Um com a barba meio branca e o outro eu me surpreendi ao perceber quem era.


A porta foi aberta e aquela senhora entrou.


— Bom, minha linda, aqui tem bolo, docinhos, fruta e um chocolate bem quentinho pra você — Sorriu e deixou no meio da cama. — Pode se sentar, aqui ninguém morde. O Stephen até tem cara de bravo, mas é uma pessoa incrível e muito brincalhão —

Caminhos Cruzados.Where stories live. Discover now