O namoro

7 0 0
                                    

ALICE

Depois da festa no sítio, eu me desliguei um pouco do mundo e dos meus amigos. Eu liguei para a Vi e contei ela tudo o que tinha acontecido. Ela também ainda não tinha acreditado que a Renata. A mesma Renata de quem a gente não gostava. Me deu banho.
Minha vida se resumiu em sair de casa e ir para a faculdade e sair da faculdade e voltar para casa. Tirei um tempo para dedicar em um projeto de jornalismo esportivo que eu estava planejando. Tinha uns 4 dias que o J.P. não mandava nenhuma mensagem. Ele provavelmente estaria muito ocupado se declarando para sua loira de farmácia. Eu que não iria mandar mensagem também. O Gustavo desapareceu. Ficou de me ligar.

Um mês depois da festa...
Meu celular começa a vibrar. Eu estava no meio da aula. Número desconhecido. Recusei a chamada. Me ligou de novo. E de novo. E de novo. Parecia ser algo importante. Saí da sala para atender.
_ Alô? Gatinha? _ falou a voz de homem do outro lado da linha.
_ Gustavo? _ perguntei espantada.
Porque ele tinha demorado tanto para me ligar.
_ Primeiro, desculpa por não ligar antes. Aconteceu muita coisa. Mas quero te falar pessoalmente depois.
Bom, a gente combinou de se encontrar naquele dia. Ele me buscou na faculdade e a gente foi em um restaurante que tinha lá perto para almoçar.
Ele me contou que foi assaltado no dia da festa na hora que estava indo embora. Levaram o celular dele e consequentemente meu número.
_ Mas e como você conseguiu meu número? _ perguntei.
_ Bom, lembra do Mateus. Que não saia do seu pé. _ ele falou rindo.
_ Como esquecer ele se ele não me esquece! _ falei revirando os olhos.
_ Eu vi ele no supermercado esses dias. Lá onde o João Paulo trabalha. Ai ele veio querendo tirar satisfação comigo, por causa da festa. _ ele começou a contar.
_ Porque tirar satisfação?
_ Calma. Vou te contar. _ ele falou. _ Ele queria brigar porque viu a gente junto. Ai foi uma bagunça só. Você sabe que odeio brigas.
Claro. Ele agora é todo diplomata. Certinho.
_ Mas e aí? Vocês brigaram? _ perguntei querendo saber o desfecho da briga.
_ Não. Seu amigo apareceu para separar tudo. Ai ele acabou entrando no meio. Dizendo que o Mateus só vivia no seu pé, para ele se tocar e parar com isso.
_ O J.P. disse isso?
_ É. Eu não entendi. Ele começou me tratar mal também. Falando que eu apareci agora, depois de tudo que te fiz.
_ Não acredito. _ eu estava perplexa.
_ Sério. Ai o Mateus disse que iria te ligar. E me pediu o celular emprestado. Porque segundo ele, estava sem bônus. _ ele falou.
_ Mentira. É porque ele sabe que eu nunca atendo as ligações dele. _ falei.
_ Ai ele discou o número. E colocou para chamar. Só que eu não tinha saldo para fazer ligação. _ ele falou rindo.
_ E você sabia disso né? _ falei dando um tapa no seu ombro.
_ Claro. Mas aí seu número ficaria salvo na lista de chamadas. E foi assim que te liguei.
_ OK. _ respondi.

Dois meses depois...
Minha vida estava de pernas para o ar. Faltava um mês para as férias. Eu e o Gustavo começamos a namorar. De novo. Ele chegou até conhecer minha mãe. Que por sinal, não foi muito com a cara dele.
O Edu e a Renata estavam noivos. Tem noção disso? A Vi estava quase surtando por estar longe da gente. Ela já estava com a viagem marcada para vim nos ver nas férias. O J.P. quando soube do meu namoro com o Gustavo se afastou de vez. Até saiu do grupo de Melhores Amigos no whatsapp. Eu estava feliz. Estava superando ele. Bom. Eu achava que estava. Decidi que seria feliz com o Gustavo. Ele estava se mostrando muito mais homem que eu imaginava. Até me ajudou com meu inglês que era péssimo!
A gente ia passar uma parte das nossas férias na Alemanha. A gente ia ficar na casa da família que abrigou ele durante o intercâmbio. Seria minha primeira viagem para fora do Brasil. E se eu estava animada? Super!


Espero que estejam gostando. Bjoooooos.

O idiota que eu ameiМесто, где живут истории. Откройте их для себя