Chuvas de verão - jjk & pjm

Capítulo 17 - Final

//10 anos se passaram//

(Jungkook on)

"Eu estou sempre procurando algo, uma pessoa, um lugar... Não sei o que é ou onde é, mas eu sei que é importante para mim..."

Por todos esses anos nunca consegui encontrar esse tal de "Ji", então passei a pensar:

E se ele não fosse uma pessoa? E se fosse um lugar ou objeto?

Eu me mudei para Seul novamente quando saí daquele hospital, me recuperei bem da minha cirurgia, meus cabelos cresceram novamente e agora estão na altura de minha orelha. Atualmente trabalho na área de nutrição e moro sozinho.

Todo santo dia eu pego o metrô com destino ao meu trabalho atual, todos os dias que eu entro naquela locomotiva eu sinto que estou tão perto de meu objetivo, tão perto da pessoa, do lugar, ou do objeto... Mas nunca consegui alcançá-lo.

É de manhã, me levanto ainda preguiçoso da cama. Faço todas as minhas higienes matinais e vou até a cozinha tomar café. Ligo a televisão para ver as notícias da manhã, quando termino de ajeitar o nó de minha gravata ouço a repórter do jornal falar:

"Bom dia a todos! Bom pessoal, como todos já sabem estamos no verão, e hoje irá começar a temporada de chuvas da estação, as chamadas 'Chuvas de Verão'! Uma curiosidade sobre as chuvas de verão é que elas..."

Chuvas de verão? Por que será que esse nome é tão familiar? E por que eu sinto meu coração tão quentinho?.. "Ji"?....

Olho para meu colar de gotinha e minha aliança que eu nunca tirava sorrindo para os mesmos, é como se meu corpo não deixasse eu me sentir amado ou acolhido sem esses objetos, mesmo sozinho eu nunca estava literalmente sozinho, não é mesmo Ji?

Termino de abotoar o paletó e droga, perdi o horário, com certeza perdi o primeiro metrô, chegarei atrasado hoje.

Chego na estação e me sento num banco esperando a próxima locomotiva.

Logo quando ela chega, entro na mesma mas sou atropelado por homens e mulheres com roupas sociais, fui sendo empurrado até a porta translúcida do lado esquerdo do trem.

Olho a vista de Seul pela janela do metrô enquanto o mesmo começa a se mover e a pegar velocidade rapidamente, a manhã de verão está um pouco nublada, nem muito sol e nem muita chuva, do jeito que eu gosto.

Minha vista agora foi tampada por um outro trem que está passando pelos trilhos ao lado do meu e indo na mesma direção que este, mas não tiro meu olhos da janela, os metrôs passam a andar na mesma velocidade e eu começo a observar as pessoas que estão nele.

Vejo adultos cansados, parecendo zumbis condenados a trabalhar pelo resto da vida sem tem um objetivo para se motivar a continuar a vida com um sorriso. Até que de repente sinto meu coração acelerar novamente como acontece todos os dias que pego o metrô, mas dessa vez estava mais forte.

Essa sensação de novo... Estou tão perto Ji... quem ou o que é você? E porquê não aparece? Porque eu te sinto tão perto mas não te alcanço?

Logo fiquei frente à porta direita do trem ao meu lado, atrás dela tinha um garoto loiro que me chamou atenção, usando um terno azul celeste em meio de pessoas com roupas sem graça e sem cor alguma.

Ele ajeitava sua gravata e eu passei a analizá-lo com cuidado sentindo meu peito bater mais e mais forte a cada segundo. Logo quando o garoto se sentiu satisfeito com o nó que deu em sua gravata ele levantou seu olhar encontrando com o meu sem querer.

Aqueles olhos, aquele olhar fez meu corpo arrepiar e turbilhões de sentimentos virem a tona, é igual aos sentimentos que eu sinto quando penso no...