Lines we cross

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Leanna Grimes

Negan saiu, provavelmente em busca do grupo que nos incendiou, não que alguém houvesse se dado ao trabalho de me contar, aparentemente eu era a namorada louca que sairia atrás dele, sinceramente as pessoas deviam rever seus conceitos, fiquei calmamente deitada na cama brincando, correção, limpando o colt enquanto verifico quanto tempo levei. Kalel estava fazendo alguma coisa com a amiga, e não me interessei em pedir detalhes pelo bem de minha sanidade mental, Paula ficou comigo até pouco tempo atrás quando precisou resolver uma bagunça qualquer.

Deus como eu estava entediada.

Soltei a corrente do meu pescoço olhando aquela bala, parecia fazer décadas desde à fazenda, bom, meu rancor era duradouro o bastante para eu ainda querer enfiar aquela bala em Carol e aguardar os zumbis, talvez eu tivesse problemas de raiva, mas o que podia fazer não é mesmo?

Quanto ao meu novo alvo de rancor, com o qual Negan estava lidando, eu sinceramente poderia até perdoar depois que Negan os quebrasse, e eu sabia bem que ele quebraria, não me iludia com as palavras e o comportamento dele comigo, Negan não era o mocinho, nenhum de nós era, e ele definitivamente sabia controlar quem ia contra ele.

-- CARALHO SERÁ QUE NINGUÉM PODE VIR AQUI ME DAR NOTÍCIAS NÃO? -- reclamei e a porta se escancarou.

-- Pensei ter ouvido sua voz calma. -- Negan entrou com aquele sorriso metido, mas precisei sorrir de volta, ele colocou aquele taco no chão e puta merda tinha mais sangue nele do que no corpo da vítima, eu apostava.

-- Se feriu, baby? -- indaguei o esquadrinhando.

-- Não, não, só não tive tempo de me limpar, vou tomar um banho. -- avisou seguindo para o banheiro, tentei me levantar para ir até ele -- Opa, opa, nada disso, não saia da cama, e não chegue perto de mim até que eu tome um banho.

-- Você é tão chato, parece um velho.

-- Alguém tem que parecer, querida, por que você é uma menina mimada. -- rolei os olhos, aguardei ansiosa ele sair daquela droga de banho longo para me contar o que aconteceu.

-- CARALHO, NEGAN, ANDA LOGO. -- Reclamei, porra eu tava quase pulando na cama de ansiedade para saber o que aconteceu.

-- Mulher apressada. -- reclamou saindo enrolado na toalha, dei um sorrisinho safado -- Se comporte, mulher.

-- Tão mandão. -- brinquei, ele colocou apenas uma cueca e veio me beijar na cama todo cuidadoso para não jogar o peso sobre mim -- Baby, não sei se percebeu, mas não sou de cristal.

-- Notei quando desabou de um prédio e está aqui fazendo gracinhas. -- mordeu meu pescoço como castigo, resmunguei em resposta.

-- Eu quis dizer… que o médico disse que mais uma semana, e já estou livre da cama e posso voltar a nossas atividades normais.

-- Gosto de como isso soa.

-- Seu safado. -- me fiz de ofendida mordendo-o na bochecha -- Eu estava falando sobre meu trabalho como Salvadora. Agora, pare de me distrair e conte como foi e por que chegou como a porra da Carrie a estranha.

-- Foi como o planejado, dei uma semana para reunirem nossas coisas, e irei até lá buscar.

-- Ok, essa é a narrativa mais pobre de detalhes que já vi, e Deus sabe que já livros ruins. Conta direito!

-- Cercamos todos, capturei eles, matei dois dos homens. -- deu de ombros -- Trouxe um teimoso com a gente, ele tem potencial sabe? É o novo bichinho de estimação do D. -- contou, fechei a expressão.

When the dead come KnockingOnde histórias criam vida. Descubra agora