When the dead come Knocking

The Key

Leanna Grimes

Era uma droga de dia cheio de coisas, o mês inteiro lembrando de tudo que Rick contou Daryl queria voltar por mim, mesmo quando Carol disse que eu estava morta, ele ainda voltaria, e por isso, por ele ainda querer tentar mesmo quando meu irmão decidiu que não valia a pena, eu estava em dívida com ele, e pagaria isso.

Saber que Maggie estava morta, no entanto, foi doloroso. Não sabia como esperava olhá-la depois de Negan matar Glenn, ela foi minha amiga um dia, mas Negan tinha matado — descobri por Rick, quando ele atirou isso contra mim — seu marido na frente dela, mas definitivamente preferia encarar sua expressão de ódio do que ela estava morta. Maggie era uma pessoa incrível, do tipo que faz o que quer, que se entrega e sente mesmo sabendo o quanto pode doer, era realmente uma grande perda pra aquele mundo de merda.

Negan e Rick pareceram estar em um competição de quem atiraria-me mais podres do outro, foi tão... cansativo. Enquanto Rick me atirava que Negan era culpado por Maggie estar morta, Negan atirava que não havia tocado nela apesar do tiro em Paula ter partido dela e de Carol, a quem — ele acusou — Rick não queria entregar para que eu tivesse minha merecida vingança. Não perguntei o que houve a Lori, ela não estar ali era informação o bastante. Quando senti que estava a beira de berrar para os dois calarem a boca e me deixassem em paz ouvi o som dos tiros e saí correndo porque Kalel era um imã de problemas e certamente estava no meio. Logicamente, eu estava certa. Eu saí de lá com minhas energias definitivamente sugadas, Carl e Rick foram por muito tempo tudo que eu tinha e doeu ouvir tudo o que tinham a dizer sobre mim.

E então tinha Daryl, Negan não me deixou responsável por ele, mas me deixou levar suas refeições, era um agradecimento de merda para alguém que se importava comigo, e eu teria que resolver isso. Nas primeiras visitas quase achei que ele jogaria a comida em cima de mim, mas ele parecia faminto o bastante para apenas comer sem falar comigo. De alguma forma as coisas ficaram mais leves, e ele voltou a ser o cara ranzinza da pedreira, eu supunha que era o melhor que eu podia esperar.

— Seu sobrinho definitivamente tem seu sangue. — Negan resmungou quando fomos para o quarto depois de levar o almoço dos garotos.

— Por que isso não soa como um elogio? — retruquei arqueando uma sobrancelha.

— Porque não é, garota problema. — resmungou arrancando a camisa e seguindo para o banheiro de onde eu acabei de sair, abri mão das roupas, estava quente e eu tinha a tarde de folga. Esperei pacientemente que ele saísse e esclarecesse como eu tinha culpa naquilo.

— Ótimo, continue e me conte como tenho culpa se ninguém olhou a porra dos caminhões. — mandei assim que ele saiu do banheiro, ele cerrou os olhos em cima do meu corpo nu.

— Pare de me provocar inferno. — Reclamou largando a toalha no chão e me puxando para o colo — Vamos conversar assim, agora temos uma justa provocação. — retrucou me deixando em contato com sua pele fria pelo banho, ele era definitivamente uma pessoa visual se já estava animado simplesmente em me ver na cama, resmunguei quando ele apertou minha cintura de um jeito que ele sabia que me deixava manhosa e roxa.

— Trapaceiro. — reclamei, ele sorriu e beijou meu pescoço — Que estranho achei que eu fosse uma garota problema. — escarneci, e não, não tive que suspirar forte quando ele mordeu meu ombro.

— É a minha garota-problema. — garantiu — Não vou mexer com o pirralho chato, pode ficar com ele, mas você entende que se algo assim acontecer de novo, seu irmão ou não, sobrinho ou não, vamos precisar agir, certo?

— Eu sei, Negan. — suspirei, é claro que eu entendia, a relação com as comunidades estava baseada no medo e na exploração, depois de dar esse passo, não havia um meio termo onde deixávamos em paz e torcíamos para não virem todos em cima de nós — Eu queria realmente que você não tivesse construído uma relação tão complicada entre as comunidades, se tivermos as três contra nós estaríamos encrencados.