α vi∂α ∂є υмα вαทαทα 🍌

🍌 - ρıłυłαs ƒαłsıƒıcα∂αs ∂σ вяyαηzıηнσ

Em mais um tarde onde a lua cheia brilhava através de um meteoro, saí correndo em passos lentos até o colégio do meu irmãozinho querido.
  Chegando lá, pulei o muro com o portão aberto e caí de cara em pé na parede. Estava pronta para ver aquelas adoráveis crianças do capeta, incluindo o Theolícia e o Bryanzeira.
  Ele como um menino burro muito esperto, vendia de graça produtos autênticos falsificados para as criancinhas ingênuas. E pra mim também.
  Me lembro de ter pagado propina para receber um de seus produtos que eram as "pílulas do crescimento". Sempre achei estranho ele vender produtos para aumentar de tamanho, sendo que ele tinha três centímetros de altura.
  Comprei uma pílula e ingeri com água doce do mar e um pouquinho de areia de gato. Comecei a sentir mutações estranhas no meu corpinho e quando notei, a pílula teve um efeito reverso.
  Fui diminuindo até estar de um tamanho de uma bactéria de seis metros. Eu queria correr pra bem perto daquele lugar horrível de maravilhoso.
  Até o efeito das drogas passarem, eu precisava me salvar daquela mutação. Corri o mais lento que podia pelo pátio onde as crianças brincavam com as seringas e quase fui pisoteada.
  Foi aí que encontrei uma formiga chamada Julesca que era tão chata que chegava ser gente boa. Ela me levou pra porcaria deslumbrante do formigueiro dela até o efeito passar.
  Comi vinte e cinco panelas de café e umas migalhas de pão que ela roubava todo dia do açougue. Tava tudo horrível, mas eu amei.
  Contei pra ela das pílulas e ela me chamou de idiota.
- Idiota é você sua ordinária.
- Vai tomar no seu cu.
- Te amo.
  Então entrelaçamos nosso pulmões num beijo louco, onde minhas mãos deslizavam por aquele corpinho gostoso de formiga.
- Hoje eu vou ser seu tamanduá.
  Ela disse que só conseguia ter relações ouvindo música. Então liguei o liquidificador e começou a tocar All I Want For Christmas Is You, da Joelma feat Demi Lovato.
  Porém eu só pensava no meu pedacinho de estresse que não era meu. Tirei minhas roupas e fiz um streap tease e em seguida me vesti de joaninha só pra dar clima.
  Fomos pra cama no chão e ela acariciava meu fêmur com as anteninhas, então eu comecei a arfar de tédio porque estava excitada.
- Lambe meu nariz.
- O QUE QUE TÁ ACONTECENDO!?- Uma borboleta arrombou a porta que estava aberta e gritou feliz de raiva.
- Essa é minha mulher.
- Sua safada, nem falou que era casada.
- Vem pro sexo você também.
- Vem neném, vem.
  A borboleta Jecléia se vestiu de carneirinho e pulou pra debaixo dos lençóis que não estávamos usando e me chamou de mocréia.
Após segundos de muito pouco prazer eu dei um grito de paixão naquela orgia animal. Então eu desmaiei as duas com uma de plástico na cabeça e fugi roubando emprestado as migalhas de pão.
  Saindo de fora do formigueiro me encontrei com o Bryanzeira e pedi ordenando uma pílula que me deixasse normal outra vez.
  Então ele me deu um papelzinho e me mandou colocar na língua. Acordei dormindo sete dias mais tarde num colchão de horpital farmacêutico.
  Eu tava crescendo dessa vez e fiquei um pequeno gigante nadando pelas ruas da cidade. Fui atropelada por um avião e morri.
  Mas sobrevivi.
  No outro dia percebi que não devia comprar mais nada de graça daquele menino pilantra. Fui levar meu irmão pro colégio e dei de costas com ele.
- Quer uma pílula pra aumentar de tamanho sua desgraçada do caralho? - Ele perguntou gentilmente.
- Eu quero.