¹⁹N O V O⭐L O O K

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Por favor, escutem a música e leiam a legenda dela!

- AAAAAH! - Seguro minha barriga com muita dor, eu não estou suportando tanta dor, parece que tem algo me contorcendo por dentro.

Esse é o meu fim?

Talvez sim.

Só queria que minha vida tivesse sido diferente, com irmãos que brincassem comigo e me apoiassem como amigos, com um pai e uma mãe que me dessem amor e carinho, com uma infância, uma adolescência normal, com amigos e... Meu Daddy, meu "namorado".

Junto minhas pernas com meu corpo, gritando de dor, esperneio e me debato.

Pelo menos todos conseguirão me esquecer finalmente, todos iram sofrer, mas depois de um tempo vão seguir com suas vidas, vão poder ficar bem sem ter eu como estorvo e aquela mulher como preocupação e ameaça.

Fecho meus olhos, quando sinto que meu corpo está fraco demais para lutar contra a dor.

Adeus Daddy, adeus Harry, adeus Adeli, adeus Aby, Adeus Max, Adeus Daniel, Adeus Karen Adeus Sandy e Rafael, adeus...

Mãe. A mãe que eu nunca vou conhecer de verdade, nunca terei um último abraço dela, seu sorriso que deveria ser lindo não se encontra em minha mente, eu não a conheço, conheço sua voz e seu cabelo, mas seu rosto, seu abraço, seu cheiro, seu sorriso, suas lágrimas, sua personalidade.

Eu não conheço nada.

Adeus a tudo e a todos.

Adeus pra mim e para esse tormento que levo comigo desde o dia em que nasci.

Pois nunca pedi ou até mesmo pensei em existir ou nascer, mas em todos o momentos da minha vida eu pedir para morrer.

Por um tempo o Daddy me fez acreditar que eu finalmente teria uma vida, finalmente eu seria feliz e poderia ter uma vida feliz com muitos amigos, muitas diversões, risadas e gargalhadas, por um lindo momento eu quis ser uma garota normal, com um lindo sorriso verdadeiro.

Mas a verdade é que eu nunca acreditei que realmente tudo iria se ajeitar, não enquanto aquela mulher estiver viva, não enquanto minha presença fazer mal para as pessoas que eu amo.

Eu apenas queria entender, o que eu fiz para essa mulher me odiar tanto.

Agradeço por Deus não ter permitido que eu morresse naquele lugar, ele me deu a oportunidade de conhecer o grande amor da minha vida, meus melhores amigos, me deu a oportunidade de conhecer uma pequena parte do mundo e o que tem nele.

O meu último desejo é que todos sejam felizes e que ninguém, nunca passe pelo o que eu passei, pois isso eu não desejo nem para quem fez isso comigo.

Apago, ali mesmo, em um beco escuro em meio a um monte de lixo e uma poça de sangue.

Será que esse é meu fim?

.

.

.

Acordo em uma cama de hospital, o que estou fazendo aqui?

- Esses daqui são os remédios dela, parece que não tinha documentos então vamos chamar a polícia para verificar se tem alguém desaparecido com as características dela! - Uma enfermeira diz para um médico, o médico assente e a enfermeira saí, finjo ainda estar dormindo, logo o médico também saí, tiro aquelas coisas de mim e logo pego minha mochila, coloco os remédios dentro e também um papel onde tinha todos os horários, saio dali depois de me vestir com uma roupa que peguei emprestada, a máscara é um pouco apertada mais vai servir.

Viro meu rosto ao ver Rafael passar do meu lado, saio dali sem ser vista.

Estou terminantemente proibida de morrer.

Agora sou eu, minha mochila e essa roupa totalmente preta.

Não vou mais fazer discursos, pois toda vez eu não morro, aí da próxima vez fico sem criatividade.

Mas tomei uma decisão, não vou ficar vagando pelas ruas a vida toda, tenho que encontrar essa mulher, ou fazer ela me encontrar e acabar logo com isso.

Cadê meus anjinhos? Aqueles que não me deixam ter uma vida social?

Baby Angel! (CONCLUÍDA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora