24. je suis un meunier pour toi

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Antes de subir ao palco, Jimin estava colocando alguns acessórios, pulseiras, anéis. Ele estava incrível. Seu jeito é aquele, o piercing, as tatuagens, não havia problema algum, sua autenticidade foi muito valorizada por Stella e Richard.

Não parava de olhar para ele e Anne percebeu que eu estava em transe por aquele homem.

- Cuidado para não babar, Jungkook. - A garota comenta e eu dou risada.

- Ah! Sim... E-Eu, na realidade, não, não vou babar. - Não ainda, pensei.

- Vocês fazem um casal lindo, sabia? Ele ama você! Não parou de se questionar um minuto sobre como você estaria para vir vê-lo esta noite, ele sussurrou para mim que valeu a espera. É uma pena que toda vez que ele sorri, não pode ver o jeito que você olha para ele, porque os olhinhos dele se fecham. - Sorrio pelo comentário inesperado.

- Ah, obrigado. - Ela olhou confusa.

- Quem você precisa agradecer não é eu. Já, já ele vai entrar no palco, ai eu te mostro aonde a gente fica para ver a a apresentação de pertinho. - Assinto à garota.

- Certo.

Ele se olha no espelho pela última vez antes de iniciar a sua performance e vem em minha direção.

- Eu estou bem? Bonito? - Assinto, engolindo seco com a visão privilegiada de poder vê-lo tão de perto.

- Você está incrível. - Ele ri.

Stella cutuca meu ombro e tem minha atenção.

- Jungkook, você pode me acompanhar junto de Anne, Michael e Richard? Vamos ficar perto do palco aqui nos bastidores, tudo bem? - Assinto e antes de segui-los, procuro Jimin e lhe dou um selinho.

- Você vai se sair muito bem! - Pisquei para ele e segui a produção.

Dos bastidores dava para ver o público, - que como eu esperava, lotou o ambiente. Toda aquela fila enorme lá fora já tinha se acomodado em seus assentos, aguardando a entrada de Jimin. De repente, tudo fica escuro e ele passa por todos nós, finalmente entrando no palco. Assim que ele se acomoda no centro, as luzes são ligadas novamente e ele está ali, sorrindo de orelha a orelha.

- Bonne Nuit, Paris! - Ele fala em francês e nossa! Aquilo me arrepia até a espinha. As pessoas aplaudem e logo vão diminuindo ao passo que ele continua falando. - Como vocês estão? - Agora ele fala em inglês e acena para o público. - Vamos começar!

Em instantes ele se direciona ao piano e senta-se sobre o banquinho, aquele que estávamos acomodados no ensaio. As luzes são desligadas novamente e de repente um foco de luz está sobre ele e o piano. As notas começam a fluir e uma melodia bastante envolvente começa a ecoar naquele teatro. Fecho meus olhos por um segundo e quando abro, observo como Jimin gesticula a música por seus movimentos, expressões faciais. Ele se entrega por completo.

Depois de vinte minutos, Richard faz um sinal com a cabeça mostrando para nós todos ali que trouxe alguns bancos para descansarmos um pouco, ao invés de ficar de pé.

- Obrigado. - Falo baixinho e volto a apreciar o show do meu garoto. Ele estava arrebentando. É meu orgulho vê-lo ali.

De pensar em tudo, como um filme, desde o momento em que o vi, minha primeira tatuagem, nosso primeiro beijo, a primeira vez, quando ele me chamou de namorado sem eu ter me lembrado de um dia ele ter me questionado se queria namorar comigo. E sem pestanejar eu assumi, assenti e disse que sim todas as vezes, disse sim para tudo que envolvesse ele.

O que Anne me disse ficou martelando na minha cabeça enquanto eu ouvia o som do piano. É uma pena que toda vez que ele sorri, não pode ver o jeito que você olha para ele, porque os olhinhos dele se fecham. E não havia uma mentira nessa frase.

Sucker | [Jikook] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora