Eu prometo

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Hoseok mudou seus planos. Ele pretendia levar a areia para Chae após sair da casa de Jooheon, porém, o medo de ir embora e esquecer novamente, o fez acordar cedo e resolver o problema de uma vez.

Naquele momento, ele voltava com o pacote em mãos. A reação das pessoas foi hilária. Não é todo dia que um funcionário de folga aparece no trabalho, coleta areia suja e vai embora. Ele tentou não pensar muito naquilo, entretanto, foi impossível não rir.

Ao chegar em frente a casa do vizinho, notou a porta encostada. Sem pensar duas vezes, entrou. As caixas foram depositadas em um canto da sala, empilhadas de uma maneira torta demais. Como nenhuma delas ainda não caiu?

— Chae?

Ele não obteve resposta, porém começou a ouvir barulhos de talheres na cozinha. Seguiu o som, sentindo o aroma doce de café misturado a algo que não soube reconhecer de imediato.

Chae comia um pedaço de pizza, sentado em frente à mesa. Sobre ela, havia uma xícara de café junto a uma cesta grande de piquenique.

— Você come pizza com café? — Hoseok observou a cena indignado. Ele também tem manias estranhas, entretanto misturar aqueles dois alimentos logo cedo não deve ser saudável.

— Por que você está aqui?

— Eu trouxe a areia — respondeu erguendo o pacote — E você esqueceu de fechar a porta.

Chae suspirou, como se a preguiça o impedisse de repreendê-lo.

— Eu comprei a caixa ontem.

— Não se esqueça de deixar o porão aberto, caso contrário, não há por onde eles saírem.

— Certo.

Hoseok planejou ir embora, porém teve uma ideia ao olhar a cesta sobre a mesa.

— É sua?

Chae terminou de beber o líquido de sua xícara, também encarando o objeto.

— Ontem eu a encontrei em uma das caixas.

— Você pode me emprestá-la?

— Por qual motivo?

— Talvez eu consiga transportar Pass aí dentro. Ele não sai há meses e pretendo ir para a casa de Jooheon daqui a pouco.

Hoseok odeia ver o animal trancafiado dentro de casa, em uma rotina tediosa de comer e brincar sozinho. Após o carro do ruivo ser destruído por causa do acidente, não restou opções sigilosas de transporte.

— Fique com ela, se quiser. Estou limpando cada caixa, a maioria não tem utilidade.

Hoseok assentiu, aproximando-se da cesta. Ela é grande o suficiente para abrigar três cachorros de porte pequeno, além de possuir uma tampa móvel dos dois lados.

— Obrigado.

Ao voltar para casa, colocou a cesta em cima do sofá. Pass ficou indeciso entre se alegrar por vê-lo ali, ou cheirar o objeto novo.

— Hoje irei te apresentar dois amigos, pequeno. — O loiro sorriu ao notá-lo quase cair dentro da cesta por causa da curiosidade.

Ele cobriu o fundo áspero com um pequeno cobertor, selecionando os brinquedos prediletos do animal. Por fim, aconchegou Pass dentro dela, vendo-o erguer a tampa com o focinho vez ou outra. Hoseok riu, porém é preciso tomar cuidado do lado de fora.

•••

O medo de alguém machucar seu filhote, deixava-o paranóico e em estado de alerta o tempo todo. Pass manteve-se quieto dentro do ônibus e felizmente não gerou desconfiança. Ambos chegaram no hospital em menos de uma hora.

A segunda música (2Won)Onde histórias criam vida. Descubra agora