Um; Atitude nada hostil e babaca

229 18 1
                                    

Chanyeol não conseguia esconder o sorriso, segurava a mão de sua namorada e cumprimentava algumas pessoas aleatórias com a outra, as férias de meio de ano tinham chegado ao fim, isso trazia tristeza a maioria dos alunos, menos ao Park e o resto de seu time, porque isso significava treino e jogos, e podiam dizer que as finais estão chegando e tinham que dar todo o suor, sangue e lágrimas no campo. Agora sim o capitão podia dizer coisas como: se não consegue aguentar o treino, cai fora.

Irene - como gostava de ser chamada -, sorria e, às vezes, piscava para alguns caras que ela achava bonito, isso tudo passava despercebido pela alegria de Chanyeol, quando ela achou quem procurava, sinalizou discretamente para ele e deu uma desculpa esfarrapada para o namorado dizendo que ia se encontrar com uma amiga. Park não se importou muito, ele, na verdade, também tinha alguém para se encontrar, ou melhor observar.

Encostou na parede do prédio de artes, como se não quisesse nada, e observou os estudantes dali entrarem e saírem, alguns calouros, vez ou outra, pediam informação a ele que os ajudava prontamente tentando dizer detalhadamente onde deviam ir. Chanyeol achava estranho o fato dos calouros que entrava no meio do ano não serem recebidos como os que começava no início do ano letivo, porque porra, quando ele entrou tinha fila de pessoas prontas para arrastar os perdidos até suas salas, ou bem, foi aquilo que aconteceu com ele e seus amigos.

Suspirou, já estava quase desistindo de esperar o garoto passar por si, sem notá-lo, como sempre fez. Mas para a surpresa do capitão, lá estava ele, parado, olhando-o. Por um segundo Park achou que o outro havia descoberto seu segredo, mais então pensou que não, ele poderia muito bem mentir que só estava esperando algum amigo para entrarem em sua sala.

Porém Baekhyun não estava olhando ele, e sim a garota atrás dele, Byun a conhecia, muito bem por sinal. Fora ela que espalhou a anos atrás que ele tinha beijado um garoto, ele ainda tem lembranças vividas dos colegas rindo dele e chamando-o de nomes feios. Foi difícil para superar aquilo tudo, e Baekhyun nem lembrava se ele realmente tinha beijado algum garoto naquela época. Talvez ela só estivesse inventando tudo.

Voltou a andar alheio do olhar de Chanyeol nele, pois estava usando toda a suas forças para engolir a vontade de sair correndo para chorar, esbarrou no corpo forte de Park, que automaticamente o segurou para não cair.

― Você está bem? ― Chanyeol perguntou quando já havia ajudado o outro a se equilibrar

― S-sim ― disse baixo, sentia suas bochechas queimarem, e se odiou por isso ― O-bri... Obrigado ― dessa vez disse mais alto para que o outro ouvisse-o, mais não conseguia olhá-lo nos olhos. Arrumou sua mochila nas costas e praticamente correu pelo corredor.

Chanyeol riu da atitude fofa do garoto, mesmo que dissessem que o baixinho era rude, ele só conseguia achá-lo a coisa mais fofa que já vira. Balançou a cabeça e entrou no prédio, ainda se lembrava da primeira vez que viu o garoto, ele estava meio perdido e andava de um lado pro outro procurando alguma coisa, e Chanyeol ainda se lembrava de cada palavra que disse a ele e em como foi um babaca quando o outro pediu ajuda, mais não podia culpá-lo de ter agido assim com o garoto menor, não era a toa que tinha uma fama de babaca e cafajeste de marca maior.

Mas, era quase automático, Byun abria a boca e Chanyeol já respondia hostil, muitas pessoas até pensam que os dois nutriam alguma rixa, mais nem mesmo eles dois sabiam o porquê de agirem assim. Decidiu esquecer o outro por ora e se concentrar em suas aulas e no que diria no treino para seus companheiros.

Baekhyun correu para o que pensou ser um lugar seguro, sua sala de aula, entrou de cabeça baixa e sentou-se na fila da janela, mais na frente, ele é míope, e muita das vezes, por estar atrasado, esquecia de pôr as lentes de contato ou pegar seus óculos, então preferia sentar-se mais a frente para não correr o risco de não enxergar claramente nada caso esquecesse.

A TrocaOnde histórias criam vida. Descubra agora