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Lágrimas desciam pelo rosto de Selly, ela olhava incrédula para o pai, mas dessa vez ela não saiu correndo, decidiu ouvi-lo primeiro.

Snape se sentou de frente para a filha:

- Você é uma garota muito inteligente. - ele levantou a manga da blusa. - sabe o que é isso?

- É a marca dos seguidores de Você-Sabe-Quem.

- Isso. Eu havia acabado de completar 17 anos, estava no meu último ano aqui em Hogwarts e sofri uma grande desilusão.

Ele respirou fundo e olhou para a filha.

" Se sua mãe tivesse me contado."

- Fui levado pela dor e pelo ódio, e quando recuperei a sanidade já era tarde, não podia mais voltar atrás.

- Por que não?

- Um Comensal só deixa de ser um com a morte.

Selly, deixou Mais algumas lágrimas caírem:

- Não quero que o senhor morra.

- E não vou. Eu ter o domínio em Oclumência não é por acaso.

- Não?

- Não, serve para me proteger e proteger a quem eu realmente sigo.

- Não entendo.

- Selly, da mesma forma que Lord das Trevas reuniu seguidores algumas pessoas se uniram para combatê-lo.
Eu estava fazendo tudo o que o Lord das Trevas me pedia e entreguei para ele a profecia, não fazia ideia de que ele entendesse que a profecia se referia a Harry Potter e quando ele disseque mataria a todos, foi aí, neste exato momento que percebi a loucura que estava fazendo.

- E como no senhor saiu?

- Não saí, pelo menos é o que todos os Comensais acham.

- O que o senhor fez?

- Procurei Dumbledore, foi a parte que você viu, jurei lealdade a ele e agora sou leal a Dumbledore. Eu não entreguei sua mãe, eu a amava.

- Como então Você-Sabe-Quem os achou?

- Foi uma pessoa que era muito amiga de Tiago.

- Quem pai? Quem os entregou?

- Sirius Black.

- QUE? Sirius Black é padrinho dele!

- Como você...

Ele não terminou, lembrou que a filha possuía o dom da Legimens, e tinha certeza de que ela sabia de muito mais coisas.

Selly que até então não havia se dado conta sobre Harry Potter, neste exato momento pensou que poderia perder o irmão.

Ela sentia que precisava defende-lo:

- Pai, Harry é...

Ela não sabia como dizer:

- O senhor Potter é?

- Acho que imprudente, eu vez ou outra li sua mente, as coisas que ele faz, geralmente são sem pensar em consequência alguma e muito menos em sua vida.

- Você pode vigia-lo.

- Mas isso não seria...

- Se ele coloca a própria vida em risco, não.

- E o que farei com o que descobrir.

- Me conte, eu faço o restante.

- Tudo bem.

Segredos de Lilian Where stories live. Discover now