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Como no dia da iniciação de Selly, o salão estava cheio de comensais, ela conseguia sentir todos os sentimentos naquele lugar, ódio, prazer, medo, desconfiança, mas o que mais lhe chamou a atenção, foi pavor, e esse vinha de Draco Malfoy.

Antes de entrarem Snape bloqueou seu caminho:

"Olhe para mim!"

Ela obedeceu:

" Consegue diferenciar com clareza falas de pensamento?"

Ela fez um leve aceno de positivo:

" Ótimo! Fique de olho em Bellatriz e principalmente em Lord das Trevas."

- Oh, Severo, entre! Estávamos a sua espera. E é claro, Selly, venham junte-se a nós!

Os dois se aproximaram e Selly conseguia ver com clareza os pensamentos de Voldemort, pois apesar dele ser excelente em Oclumência, também era extremamente orgulhoso o que deixava tudo mais claro para ela.

- Os chamei aqui hoje, pois sabemos da falha tentativa de alguns dos meus seguidores em me conseguirem a profecia.

Ele olhou para Narcisa que abaixou a cabeça, Voldemort ficava cada vez mais satisfeito com cada um que ele conseguia humilhar.

- Mas hoje estamos aqui para reparar esse erro, Draco, aproxime-se!

Narcisa soltou a mão do filho, Draco sentiu ainda mais medo, ele deu dois passos para a frente, Voldemort se divertia com o sofrimento que estava causando:

- Milorde.

Draco sussurrou:

Voldemort pegou sua varinha e repetiu as mesmas frases que disse para ela no dia de sua iniciação, Draco concordou com tudo e foi lhe dado a marca da morte, Selly sentiu nos pensamentos de Draco toda a dor que ele sentia e involuntariamente segurou a sua marca.

Ela achou que seria somente isso, mas a mudança de humor de Voldemort chamou a sua atenção, ele tinha sede de sangue, é urgência em vingança:

- Draco, você fará o que seu pai nunca conseguiu, vai me honrar.

- Sim Milorde.

- Você irá matar Dumbledore, para mim.

Ninguém ali esperava por isso, pois Selly teve vontade de correr com a chuva de pensamentos que lhe invadiram a cabeça, no entanto ela se manteve firme, e o pensamento que mais chamava sua atenção era o de Narcisa Malfoy, seu coração estava dilacerado, e ela sabia que não podia interferir.

Voldemort depois de dar essa missão para Draco se virou e saiu sem falar mais nada, Snape segurou o braço da filha e a tirou dali, os dois foram direto para o Castelo:

- Por que estamos aqui?

- Preciso falar com Dumbledore, e você também.

- Eu? Por quê?

- Prestou atenção aos pensamentos de Lord das Trevas?

- Sim.

- Por isso.

Snape andava apressado e Selly o seguia quase correndo para acompanhar o pai, ele parou em frente a gárgula:

- Alcaçus.

A gárgula se mexeu deixando aparecer a escada que levava até a sala de Dumbledore, os dois subiram, Dumbledore estava sentado em sua mesa e parecia pálido:

- Oh Severo, Selly, entrem.

- O que você fez?

Snape perguntou e ele levantou a mão esquerda, que estava escura e seca:

Segredos de Lilian Where stories live. Discover now