completamente louco

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23 de dezembro. 20h44

Depois daquele beijo, Jamez e eu não trocamos nenhum outro ou qualquer caricia, acho que no fundo sabemos que lá na frente acabariamos machucados e até dando um fim horrivel para a nossa amizade.

E cá estou eu, numa lojinha de brinquedos quase arracando os cabelos indecisa sobre qual presente levar para a Salomé. Depois de rondar quase toda a loja, decido por duas bonecas barbies e roupinhas. Peço que embrulhem e saio do shopping contente por ter enfim conseguido achar algo que ela fosse mesmo gostar.

Um dia desses Jamez e eu a levamos ao cinema e ela pareceu simpatizar muito comigo. Pego o elevador e aperto o E, digito a senha de bloqueio do meu celular, abro no aplicativo de mensagens e confirmo com o Jamez sobre minha ida em sua casa no dia 25. Entro no meu novo xodó e dou partida.

Estaciono em frente a casa dos meus pais, pego todas as sacolas com os presentes, travo o carro. E entro na mansão, deixo tudo em cima do sofá e sigo o cheirinho vindo da cozinha.

— Hmmm, que delicia!

— Até que enfim hein, mocinha! - beijo seu rosto. E a vovó aparece ali vindo da dispensa com tijelas e caixinhas de leite condensado.

— Tive que passar no shopping, mãe. E aê coroa.

— Coroa é minha mão na tua cara menina. Me respeite, sou sua avó.

Ela riu e eu ajudei. Ficamos papeando até a mamãe terminar o jantar e a vovó fazer o musse de chocolate.

Ajeitei a mesa e o meu pai adentrou a sala de jantar cantalorando uma música francesa, bem antiga. Ele deposita um beijo em meu rosto e logo estavamos todos comendo. Vovó ainda sentia muita falta do Vovô, mas estava se mantendo muito forte e eu me orgulho muito disto, pois sei quanto foi dificil e está sendo. Ela parece adivinhar que estou pensando neles dois e abre um pequeno sorriso.

(...)

24 de dezembro, 15h

— Kyn, pode me ajudar com os doces?

— Claro!

Sorrio me animando, pois essa é a melhor parte e eu amo fazer. Separo tudo que irei precisar e inicio o preparo dos cannoli de pistache e chocolate, os separo, já arrumado nas bandejinhas e minha vó guarda.

Pego os ingredientes do Gelatto e o faço. E por último preparo o xodó de meu pai, Macaron. Limpo tudo que usei, me sento no chão, ao canto da cozinha, tiro o celular do bolso e fico fuçando.

— Filha?

— Oi, pai.

— Estava entrando aqui na garagem e um rapaz me entregou isto. - por fim o olho e ele está com um buquê enorme de rosas azuis em seus braços. — E disse que era seu.

—Meu? Ai meu Deus! - levanto em um pulo e tento pegar o buquê quase o abraçando, o cheiro é maravilhoso. Minha mãe e vovó me encaram esperando respostas.

— O que foi? Também não sei quem é.

— Então, abra logo este cartão!

— Que cartão, mamãe?

— Ahhh, aqui. - meu pai tirou e me entregou. Olhei o mesmo e não tinha nenhum remetente pelo lado de fora. Abri e fui surpreendida, era óbvio, ele ainda lembrava o endereço dos meus pais. Reviro os olhos e leio apenas pra mim mesma.

Ainda esta brava, não é?
Mas eu não ficaria sem te presentiar em um dia como hoje onde o amor se faz presente. Feliz natal, babygirl!
Neymar Junior.

Solto um risinho timido e senti três pares de olhos em cima de mim.

—  É apenas um amigo.

— Amigo, sei. - minha mãe solta uma risadinha e eu reviro os olhos.

Eu os deixo ali, antes que me fizessem trilhões de perguntas, subo ao meu antigo quarto e deixo o buquê em cima da cama. Ele é louco!

Completamente louco. Mordo os lábios prendendo o riso, tiro meu celular do bolso, desbloqueio, abro o aplicativo de mensagens, desbloqueio o número do Junior e fico encarando até tomar coragem de agradecer...

Sugar Daddy 》 NJRWhere stories live. Discover now