Capítulo 10 (2º temporada)

1.1K 47 2
                                    

LUIZA POV
Depois de passar a tarde com as duas pessoas mais importantes na minha vida, fui pra casa.
- Graças à Deus! Você tem que se arrumar! - Disse Luana.
Olhei como minha irmãzinha estava vestida e fiquei confusa. Ela usava um vestidinho rosa com o comprimento que parava um pouco acima dos joelhos, saltos beges e o cabelo (Agora laranja, minha irmã é indecisa) presos em um coque meio bagunçado.
- O jantar não vai ser aqui em casa, não? - Perguntei.
- Não mais, vamos à um restaurante chique, vai vestir uma roupa bonita. - Disse Luana.
Fui correndo pro meu quarto, tirei minha roupa em uma velocidade impressionante e corri para o meu banheiro.
Tomei um banho rápido, vesti um vestido preto justo até a cintura, a saia dele era normal, com o comprimento até as coxas.
Coloquei um salto preto, soltei meu cabelo, que tava de bem com a vida hoje, e assim que soltei, ele ficou perfeitamente ondulado.
Maquiei meus olhos, basicamente, passei delineador fazendo o gatinho, depois lápis de olho e muito rimel.
Meu olhar estava discreto, mas fatal. Na boca, passei meu clássico e amado batom vermelho.
Percebi que eu tava bem bonita, mas faltava acessório, então, eu coloquei a pulseira que o Ian me deu e também coloquei o cordão que Simon me deu.
Pronto, espero que esteja apresentável.
Desci as escadas e encontrei todo mundo lá.
- Caralho, essa barriga já tá enorme! - Digo pasma com minha mãe.
- Sua irmãzinha espichou tanto. E olha a boca, Dona Luiza.- Disse mamãe fazendo carinho na barriga.
- Você já deveria estar acostumada, mamãe. - Digo revirando os olhos.
Mamãe revirou os olhos. Esse hábito é familiar.
- Onde nós vamos? - Perguntei.
- Ah, Gregory disse que é um restaurante chique e por isso estamos todos vestidos assim, como bonecos. - Disse Cold.
- Pode me chamar de "Pai", Cold. - Disse Gregory.
- Antes que o sermão familiar comece, podemos ir logo? - Perguntou Luana.
- Claro, querida. Vamos. - Disse mamãe.
Fomos todos no carro do Gregory, uma Pick-Up chique.
- Nossa grande família não vai né? - Perguntei.
- Infelizmente não, filha. - Disse mamãe.
- Deus é mais! Obrigada! - Digo festejando.
Eles riram e nós ficamos em silêncio, só ouvindo mamãe e Gregory conversarem sobre algo que envolvia nada menos que: Mamadeiras.
- Acho que a bebê iria gostar de uma mamadeira com o bico mais macio, pode ser semelhante ao peito. - Disse minha mãe.
- Eca! - Disse eu, Luana e Cold em uníssono.
- Eca o quê? Se vocês fossem bebês, não iriam querer algo confortável para se chupar? - Perguntou Gregory.
- Por que diabos o assunto foi parar em chupar? - Perguntou Luana.
- Isso tá ficando nojento e até... imoral, vamos conversar sobre algo mais educativo, obrigado. - Disse Cold.
Dei um empurrão no Cold e disse:
- Sua mente é poluída!
Eles riram e Cold disse:
- Ainda vai demorar? Eu tô faminto.
- Estamos chegando. - Disse Gregory suspirando.
Não demorou muito e nós chegamos no restaurante, bastante chique mesmo.
Sentamos em uma mesa e como de costume, me sentei ao lado do Cold.
Depois de uma briguinha com Cold, sobre quem veria o cardápio primeiro, eu acabei ganhando e fiquei lendo o cardápio.
- Eu quero batatas fritas. - Digo jogando o cardápio na mesa.
- Mas isso nem é um jantar, Luiza. - Disse Gregory.
- Foda-se, quero batatas fritas. - Digo cruzando os braços abaixo dos seios.
Eles pediram minhas batatas fritas e minha mãe começou:
- Como sabem, nós temos que decidir o nome da bebê em conjunto.
- Eu tava pensando em ser Alice, ia ser chique. - Disse Luana.
- Tipo Alice Cooper, gostei. - Disse Cold.
- Alice é tão comum. - Disse Gregory.
- Que tal Atena? - Perguntou Luana.
Tomei um gole na minha água, totalmente entediada.
- Que tal Jasmine? Acho esse nome bastante bonito. - Disse Cold.
- Eu tava pensando em Luna, assim minhas três filhas ficariam com a inicial L. - Disse mamãe.
- Isso é tão século passado, mãe. - Disse Luana.
- Que tal Samara? - Perguntei entusiasmada.
Tirei o nome do filme O Chamado, mas foda-se, seria legal.
- Sua irmã não vai se chamar Samara, só porque você tirou esse nome de um filme de terror, Luiza. - Disse mamãe.
Revirei os olhos e Gregory disse:
- Rainbow.
- Ah não, porque seus filhos tem que ter o nome de um fenômeno da natureza? - Perguntei.
- Ei! - Disse Cold.
- Sem ofensas, Cold. Amo você. - Digo.
- Gostei de Rainbow. - Disse mamãe.
- Vocês estão assistindo muito My Little Poney, só pode. - Disse Luana.
Eu ri e disse:
- Essa foi boa, toca aqui.
Luana riu e nós duas fizemos um High Five.
- Rainbow não é uma má idéia. - Disse Cold.
- Que tal Duck? Percebi que vocês amam nomes anormais. - Digo.
- Duck não é nome de gente. - Disse Cold.
- E o seu também não é, querido. - Digo.
Cold me deu um peteleco e mamãe disse:
- Vai ser Rainbow.
- Rainbow Pedrosa Starks. Que estranho. - Murmurei.
Mamãe me chutou debaixo da mesa e eu dei um gritinho de dor, chamando atenção das outras pessoas.
- Ignorem, ignorem. - Disse Luana.
Todos deram de ombros e tiraram a atenção de lá.
                            ****
Eu não passei mal, comi pouca coisa, e me controlei para não ir ao banheiro, vomitar a pouca coisa que eu comi, mas desisti, lembrando de toda a tarde e de como simplesmente, não poderia fazer isso.
Prendi meus cabelos azuis em um coque bagunçado, coloquei meu pijama preto com algumas caveiras.
Me sentei na cama e comecei a ler o livro que comprei essa tarde.
Passei horas lendo, nem percebi o tempo passar, até baterem na minha porta.
- Pode entrar. - Digo.
Cold entrou, também vestindo pijama, só que a diferença, era que o babaca, só usava um short pra dormir e ficou com todo aquele peitoral exposto.
Foco, Luiza, foco.
- O que houve? - Perguntei.
- Kevin ligou, amanhã vamos gravar o clipe do single novo Demons. - Disse Cold.
- Não me diga que temos que acordar cedo, por favor. - Digo.
- Temos que estar na Van umas 6:00. - Disse Cold.
Afundei na cama e disse:
- Tudo bem.
Coloquei meu livro na estante, me embrulhei no lençol e perguntei:
- Pode apagar a luz, por favor?
- Boa noite, Sky. - Disse Cold.
- Boa, até amanhã, Frio. - Digo fechando os olhos.
Só escutei Cold fechando a porta e saindo, logo depois, acabei caindo em sono profundo.
                           ******
Quando eu pensei que, minha vida seria mais tranquila quando eu fosse famosa, eu só podia estar drogada, muito doidona.
Só pode.
Minha vida se tornou mais agitada, quase não tenho mais privacidade e também, nunca mais dormi como eu costumava dormir.
Talvez, tenha sido toda essa pressão da fama, que me fez ter esse distúrbio. Não sei.
Mas mesmo assim, eu amo tudo que a fama me proporcionou, mesmo estando doente, por assim dizer.
- Como você tá, Luh? - Perguntou Helouise, sussurrando.
- Estou bem, por que está sussurrando? - Perguntei.
- Por causa da nossa conversa de ontem, pensei que você não queria que ninguém soubesse. - Disse Helouise, ainda sussurrando.
- Podemos conversar sobre isso depois? - Perguntei.
Ela assentiu e disse:
- O aniversário da sua irmã está chegando.
- Ela não me deixa esquecer isso nenhum minuto, pode acreditar. - Digo.
Eu e Helouise estávamos no camarim, estávamos ao que parecia, uma fazenda enorme.
- Ela me falou que a festa vai ser à fantasia, e que nós poderíamos chamar quem quisermos. - Disse Helouise.
- Qual vai ser a sua fantasia? - Perguntei.
- Não sei, mas estava pensando em algo que fizesse par com Calum, ele vai com certeza. - Disse Helouise.
Eu ri e disse:
- Já tenho até a idéia da minha fantasia.
- E qual vai ser? - Perguntou Helouise entusiasmada.
- Não vou contar, não ainda. - Digo sorrindo maliciosamente.
- Sua chata. - Disse Helouise rindo.
Eu ri, coloquei minha jaqueta de couro e colocando meus cabelos azuis na frente.
Eu tava vestindo um short jeans Destroyed, coturnos e uma blusa justinha que dizia: BORN TO ROCK!
- Tive uma idéia, vem cá. - Disse Helouise.
Fui até ela que, pegou uma tiara com várias flores delicadas e colocou na minha cabeça.
- Flores? - Perguntei.
As flores eram brancas, rosas e lilás, fofinhas demais pra mim.
- Aham, agora se olhe no espelho. - Disse Helouise
Fiz o que ela mandou, e até gostei do resultado.
- Você parece uma fada, mas uma fada rockeira. - Disse Helouise.
Eu sorri e meu celular começou a tocar.
- Alô? - Perguntei.
- Luiza? - Perguntou um homem.
- Sou eu mesma, quem fala? - Perguntei.
- Olá, eu sou Rick Riordan. - Disse o homem.
Quase tive um enfarto.
- Ai meu Deus! - Digo.
Já li a trilogia de As Crônicas dos Kane, e meu Deus, é tão perfeito.
- Você se incomodaria de fazer um teste para o meu novo filme? - Perguntou Rick.
- É um de Percy Jackson? - Perguntei.
- Não, é o primeiro da trilogia das Crônicas dos Kane, A Pirâmide Vermelha e no caso, o teste seria para fazer Sadie Kane. - Disse Rick.
- Mas a Sadie tem 12 anos, e sim, eu já li todos os livros. - Digo.
- Eu adaptei, no filme, Sadie vai ter 16 anos e Carter vai ter 18. - Disse Rick.
- Mas eu nem sou atriz nem nada, eu só sei cantar. Por que acha que eu daria uma boa Sadie? - Perguntei.
- Vi um de seus clipes, um que parecia um curta metragem, e adorei! E o seu jeito parece muito com o de Sadie, só precisamos fazer um teste pra isso. - Disse Rick.
Sorri e disse:
- Tudo bem, eu faço o teste.
- Ai que ótimo, o teste será na quarta feira, mando os detalhes e o texto por email. - Disse Rick.
- Tudo bem, até mais. - Digo.
- Até mais. - Disse Rick desligando.
Guardei meu celular, olhei Helouise e ela perguntou:
- O que aconteceu?
- Rick Riordan me convidou para fazer um teste. - Digo sorrindo.
- Teste pra quê? - Perguntou Helouise.
- Digamos que se eu passar, eu vou atuar agora. - Digo sorrindo.
- Isso é demais! Agora, vem, enquanto nós vamos ao estábulo, você me conta os detalhes. - Disse Helouise.
- Peraí, estábulo? - Perguntei sorrindo.
- Aham, o clipe vai ter alguma coisa a ver com cavalos, sabia que você ia gostar. - Disse Helouise.
- Eu adoreeeei. - Digo sorrindo.
Ela riu e nós fomos para o estábulo.
                              *****
- Esse foi o clipe mais divertido que eu gravei. - Disse Nicholas.
- Eu concordo plenamente. - Digo sentando no meu sofá.
- Achei que a Luiza ia cair do cavalo. - Disse Blake comendo um doce que tinha em casa.
Peguei um salgadinho do Nicholas e joguei nele.
- Eu não ia cair, não depois da minha última queda em um cavalo. - Digo sorrindo.
- Você já caiu de um cavalo, Luiza? - Perguntou Cold.
- Aham, uma vez. Esse doce tá uma delícia né. - Digo colocando vários doces na boca, mudando de assunto.
Eles riram e hesitante, engoli tudo.
- Vou para meus aposentos, com licença. - Digo.
- Ok. - Disseram todos em uníssono.
Corri pro meu quarto e assim que entrei.
Respirei fundo e repeti várias vezes à mim mesma:
- Você não vai fazer isso, não vai.
Fechei os olhos e pedi mil desculpas mentalmente, eu estava sendo fraca mais uma vez.
                              ****
Me sentei na cadeira na frente do meu computador e acessei meu email.
Rick não mentiu, tinha um email dele com todas as informações do teste e o texto que eu teria que treinar para o treino.
O ruim, é que desde então, eu já estava nervosa, e o pior, eu nunca fui boa  decorar textos, nunca mesmo, não sei por onde começar.
Imprimi as informações separadas do texto e guardei dentro de uma pasta.
Sai do meu quarto, peguei minhas chaves e sai de casa.
Fui direto para o set de The Vampire Diaries, Ian poderia me ajudar, ou talvez o Paul e até mesmo a Nina.
Fui escutando a rádio e então, começou a tocar uma música da minha banda, a música aquela que Cold fez e me mostrou, antes de formamos a banda.
Cheguei no set e passei praticamente despercebida, até encontrar Paul no corredor.
- Olha só! Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? - Disse Paul se aproximando.
- Oi, Paul querido! Quanto tempo! Você está bem fofinho. - Digo dando tapinhas de leve no rosto dele.
Ele riu e perguntou:
- Devo me preocupar por você está sendo tão... carinhosa?
Eu ri e disse:
- Vem cá e me abraça, babaca.
Ele riu e me abraçou.
- Então, o que trás você aqui? - Perguntou Paul.
- Preciso da ajuda de vocês, digo, você, Nina e Ian. Nada melhor do que a ajuda dos Três Mosqueteiros. - Digo sorrindo.
Ele riu e disse:
- Vem, vamos lá chamá-los.
Eu sorri e o segui.
Fomos até onde eles estavam gravando, e eu fiquei observando.
Sempre soube que os três trabalhavam super bem, não é novidade, mas vê pessoalmente, da um certo orgulho, sabe?
Eles terminaram e Nina me viu.
- Luizaaaa! Quanto tempo! - Disse Nina me abraçando.
Eu ri e a abracei de volta.
Não demorou muito e Ian veio até mim.
- Oi, o que faz aqui? - Perguntou Ian.
- Eu tô ótima, Ian. Gentileza sua perguntar, querido. - Digo dando um soquinho no ombro dele.
Ele riu e disse:
- Achei que você queria ser "discreta".
- Ah, eu quero, mas é que eu preciso da ajuda de vocês, que são atores. - Digo.
Ian sorriu e disse:
- Então vamos lá na lanchonete.
Eu sorri e os segui.
Chegamos lá, eu sentei ao lado da Nina e Ian se juntou ao Paul.
- Então, conte-nos. - Disse Paul.
- Me convidaram pra fazer um teste. - Digo.
- Do quê exatamente? - Perguntou Ian.
- Pra fazer um filme. - Digo.
- Ah Luh! Isso é demais! - Disse Nina.
Eu sorri e disse:
- O teste será quarta feira, e eu não tenho a mínima idéia de como decorar o texto.
- E quer nossa ajuda pra isso? - Perguntou Paul.
- Isso. - Digo.
- Ah, eu ajudo você, tenho a tarde livre hoje. - Disse Nina.
- E vocês dois? - Perguntei.
- Temos algumas cenas pra gravar. - Disse Ian.
- Que pena. - Digo.
- Podemos fazer uma tarde só para as meninas, Luh. - Disse Nina entusiasmada.
Eu ri e disse:
- Se eu conseguir o papel, vai ser tipo carreira dupla.
- Já pensou você vindo fazer um papel em TVD ou em The Originals? Ia ser demais. - Disse Nina.

Give Me Love ♥ / REVISANDOWhere stories live. Discover now