0.5 | Presente de tons laranja, saia e notícia.

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❝Quarteto fantástico.❞

Lerdo: Gente, acho que tô apaixonado.

Coelhinha: E quando é que você não tá?

Lerdo: Tenha mais consideração por meus sentimentos, ok?

Não é sempre que eu tô apaixonado, tá bom?

Balinha de iogurte: Quem foi o da vez?

Nem vem, Hyunjin, você sempre tá apaixonado por alguém. Independente de quem seja.

Lerdo: É o menino do curso que, consequentemente, faz teatro.

É cedo demais pra dizer que eu dava? Porque eu daria, daria até não poder mais.

Balinha de iogurte: Hyunjin! Estamos em um grupo de família, nada de falar dessas imoralidades aí.

Heejin é apenas um bebê, não tem idade pra essas coisas.

Coelhinha: Como se você tivesse, né.

Jongho tá calado... amor, aconteceu algo?

Adele coreana: Não aconteceu nada, não se preocupa.

Coelhinha: Tem certeza?

Adele coreana: Sim, sim. Não se preocupa.

Aquele era o primeiro sinal que eu deveria levar em consideração, mas optei por não forçar a barra. Entretanto, eu deveria ter feito isso, se não estaríamos onde estamos nesse exato momento. Deixe-me recapitular, assim tudo ficará claro.

Após a minha troca de mensagens com meus demais amigos, deixei meu celular carregando — era noite de terça feira, o que significava curso no dia seguinte — e fui comer alguma coisa. Já tinha tomado meu banho, usava um pijama branco com bolinhas coloridas e estava cheirosinho, ou seja, poderia jantar sem ser incomodado pela minha mãe e sua insistência no que se diz respeito aos meus banhos.

— Mãe, tem comida cancerígena? — perguntei após ter entrado na cozinha. Olhei para o cômodo de tamanho mediano, logo ficando com preguiça de caçar o que eu queria nele e acabei perguntando a minha mãe onde se encontrava — e se havia, claramente — aquilo que eu desejava.

— Você e seu hábito de chamar comida instantânea assim. — escutei ela dizer de onde estava, que era a sala. Embora a mais velha não pudesse me ver, revirei meus olhos. — Mas, sim, tem. Procura que você acha.

Ela só agia assim por causa da novela que era exibida na televisão, o que, consequentemente, era o seu horário mais sagrado ou coisa do gênero. Acabei tendo de procurar eu mesmo o alimento, o encontro em um dos armários e começo a preparar meu jantar. Fico a cantar alguma música do Red Velvet enquanto faço todas as coisas e até mesmo arrisco uns passos de really bad boy, que fora a música escolhida de modo aleatório pela minha mente.

Sentei-me no sofá segurando minha comida pronta enquanto tentava entender o contexto da trama que minha mãe via. Era um casal que parecia discutir, ou coisa assim, e escutei a mais velha dizer:

— Ela tá fazendo cu doce por causa do protagonista. — explica-me fazendo rir em seguida e, eventualmente, me engasgar com a comida que eu estava engolindo. Mesmo estando quase morrendo, ela apenas me olhou e depois bateu em minhas costas. — Você tá bem?

— Agora tô, né. — em meio a uma tosse, eu consigo responder. Ela acabou indo buscar um copo de água para mim, bebi metade do líquido e vi a mesma beber o resto que residia no copo. E mesmo que antes estivesse quase morrendo por causa da comida, lá estava eu comendo ela outra vez.

The Dr(ama) Club.Where stories live. Discover now