Epílogo.

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Kalleu.

- Resse! O que eu disse sobre usar a farinha? - Grito do último andar de nossa casa, para meu filho mais velho de cinco anos. Eu realmente tenho que ser mais duro, é isso que os livros dizem, seja duro e firme, e eles vão te escutar. Escuto o riso rico de minha filha de três anos, Izzy, a olho e tenho que conter um gemido, novamente. Ela está cheia de farinha, da cabeça aos pés.

- Eu queria bolinhos papai. - Minha filha diz com a sua voz doce. Seus cabelos que um dia foram negros como o de sua mãe, agora são claros como a neve.

- Vocês deveriam ter me chamado. - Resmungo vendo Resse desce as escadas com farinha em toda sua roupa. - O que a mamãe disse que iria acontecer se espalharmos a farinha?

- Sem sorvete. - Resse diz com seu sorriso sapeca.

- E o que a mamãe foi comprar? - pergunto o pegando no colo, e me abaixando e pegando minha filha.

- Sorvete. - Meus filhos dizem juntos.

- Que bagunça. - Escuto meu pai dizer e o olho ressentido.

- Eu pedi para você olhar eles.

Meu pai da de ombros, ele nunca diria não aos netos, nunca. Se Resse quisesse construir uma casa na árvore, bum, lá estava ela. Se Izzy quisesse alguém para maquear, bum, lá estava meu pai e eu de cobaia.

Eu também não sou bom em dizer não a eles.

- Mamãe vai brigar muito com a gente. - Resmungo e escuto a porta se abrir, Resse e Izzy se contorcem até sairem do meu colo, correndo e fazendo uma trilha branca no corredor da casa de meus pais.

- Oh! Acho que alguém vai ter uma faxina para fazer hoje. - Escuto a voz de minha mulher e o riso de minha mãe. Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás.

Sinto os braços de minha esposa ao meu redor e círculo seus ombros com os meus. Sua barriga de cinco meses aí nosso redor.

- Seu pai é bobo demais. - Ela diz com um sorriso e escuto meu pai resmungar dizendo o quão somos injustos.

- Quem quer hambúrguer? - Minha mãe diz erguendo as sacolas com um sorriso.

Então os quatro vão para a cozinha, onde uma bomba de farinha existe.

- Você não consegue não é? - Olho para minha esposa e dou de ombros. Eu não consigo mesmo. Sorrio e beijo sua testa. Logo sinto o chute de nossa garotinha e passo a mão sobre a barriga, a mão de Sconse pousa sobre a minha, onde o anel com um diamante rosa pequeno está.

Esta ali desde o dia em que ela me pediu em casamento, dois meses depois de nós conhecer, tínhamos voltado de uma viajem a casa de meus pais, e então, ela me olhou quando chegamos em casa, estendeu a caixinha vermelha, e me perguntou se eu gostaria de me casar com ela. Três meses depois, estávamos nos casando, e logo em seguida, descobrindo a chegada de nosso primeiro bebê.

Foi mágico, e tem dia assim, dia após dia.

- Eu te amo. - Sussurro contra seus lábios, e levo minhas mãos a sua bunda.

Ela sempre reclamou que não conseguia manter os kilos no corpo, não importa o quanto comesse, então quando alguns kilos da gravidez ficou com ela, ela era a mulher mais feliz. Ainda rio quando ela se olha no espelho e diz como está mais cheia, ela ama isso, e eu também.

- Eu te amo mais. - Ela sussurra sorrindo, me olhando com aqueles olhos lindos e brilhosos.

- Kalleu! Venha ajudar seu pai a limpar essa bagunça! - Minha mãe grita da cozinha e rimos.

Ainda moramos na nossa cidade, numa casa maior agora, ainda comando a padaria, com a ajuda de minha esposa, o negócio tem crescido, como fazer entregas as cidades vizinhas.

Sconse entrou na minha vida como uma bola de aço, ela não foi convidada, ou esperada, ela apenas tomou o que queria e tem cuidado desde de o primeiro minuto. Tudo foi rápido com a gente, mas perfeito da nossa maneira.

Podemos ser loucos, mas nós amamos, e eu agradeço todos os dias por Sconse ter apenas me agarrado, ter me puxado de onde eu estava, apenas sobrevivendo, e mostrou como eu merecia ser feliz.

Ela é a minha melhor parte. E juntos, criamos nossos pingos de chocolates felizes.

Mais tarde naquele dia, eu abraço Sconse, depois de meus pais irem colocar nossos filhos para dormir. Ela esta contemplando a paisagem a nossa frente com um leve sorriso.

- Eu já disse que te amo hoje? - Sussurro contra sua pele aquecida.

- Sim, mas eu nunca me canso de ouvir.

- Eu te amo, minha razão.

Fim.

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