*Foto Pinterest*
E lá estava eu, na casa de cor clara, portas amadeiradas, jardim de dar inveja a qualquer pessoa que é fascinada em plantas. Janelas de vidros e portas também. Sempre fiquei me perguntando, desde as primeiras vezes que vim aqui, porque raios a mãe dele tinha essa fascinação quase doentia, por eles. Eu tinha dirigido cerca de 15 minutos, não posso dizer que eu estava animada, a cada rua que eu virava e quando a luizinha verde do sinal aparecia, me encolhia no banco de couro, do meu carro. Deveria estar acostumada com aquela situação, afinal estávamos juntos, bom, nem eu sei e tenho a percepção, que já tinha chegado a essa conclusão, faz tempo.
Eu vesti uma blusa social, estilo moderna, calça jeans clara, uma bota e percebi que estava sendo a pessoa mais básica dali. Singelamente, peguei um copo com refrigerante, bebi cada gole devagar, saboreando pela primeira vez o gosto, sabendo que eu estava fazendo aquilo e todo o resto que fiz até o final, para passar o tempo.
A deslumbrante advogada, de cabelos tão curtos que sequer chegavam a orelha, sorria vindo ao meu encontro, perto das mesas de comida. Sorri de volta para não parecer má educada e não correr o risco dela, falar mal de mim pelas costas depois, eu tinha dado esse deslize, quando tinha ido passar o ano novo com eles, foi uma péssima ideia. Eu me embriaguei o dia, noite e madrugada inteira, vai por mim, não tinha como aguentar sã. Isso resultou, em uma discussão feia com os meus pais e fui obrigada a pedir de desculpas, mais porque meus pais me obrigaram, a imagem deles e da empresa, esse foi o drama-motivo deles.
-Como vai norinha linda? - Ela beija meu rosto, eu só fingi que ia. - Meu namorado William quer conhecer você. - Deixo meu copo em cima da mesa e seguro sua mão, a mulher de quarenta e poucos anos me conduz para um bolo de pessoas, do lado de fora, gargalhando, a maioria amigos do então, seu namorado. - William meu amor a namorada de Don.
Procuro o tal namorado e acabo deixando transparecer de mais, que não faço ideia de quem seja. Ah, é claro que é um homem jovial, mas com aparência de 45 anos, ela com certeza não iria namorar um caro mais velho que ela. Admito que a beleza dele é de fato destacante, cabelos pintados de preto, sobrancelhas da mesma cor e um sorriso perfeito, o pacote completo.
Limpando às mãos no pano de prato que estava no seu ombro, estende seu braço para me cumprimentar. A loção que usa é extremamente forte.
-Olá Revana... Sanders, não é? Don fala muito sobre você. - Ele olha para a namorada, sorrindo chegando aparecer falso. - Ela é filha de Diego Sanders, o empresário?
-Sim, sou filha dele. Prazer conhecer você. - Corto ele antes que prolongue mais a conversa.
Uma mão generosa, se coloca entre minha cintura. Don me rouba um beijo na frente de todos e eles começam a bater palmas.
-Aonde estava? - Pergunto fuzilando ele com o olhar.
-Estava tomando banho e depois fui jogar sinuca com os meus primos. - Cheiro seu pescoço, sim, ele realmente tomou banho.
-Cheiro bom. Vou fingir que não estou brava com você por me deixar esperando.
-Ah, mais você tinha minha mãe. - As faces da mãe de Don e ele, não se parecem, quer dizer nada deles é parecido. Enquanto Don tem os cabelos loiros, os dela são castanhos escuros, seus olhos são negros e os dele azul, personalidade opostas, o nariz eu arriscaria dizer que são semelhantes. Don tem o rosto mais expressivo, ele não é nada bom em esconder suas emoções, você sabe quando algo o está deixando puto ou quando está mega feliz, a mãe dele era mais difícil, lábios finíssimos, rosto pequeno, mas pontudo e simplesmente inexpressível. Eu espero tudo dela.
Entre eles, eu dava a minha melhor cara, só para contornar a situação.
-Acabamos de nos encontrar.
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À medida que eu te conheço ( Concluído )
Mystery / ThrillerO som de sua respiração entornava com às batidas do seu coração. Os nervos estão em atrito, a racionalidade escapa de suas mãos e segue para o incansável. A mera ação de abrir os olhos é torturante, até para a mente dela que adora lhe trazer o passa...