CAPITULO 27

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[TEODORO NA CAPA]

Depois da nossa conversa com Daniel e Antoni, eu ainda estava sentada na mesa do restaurante e tomava a segunda garrafa de vinho acompanhada de Deva que estava tão perplexa que não era possível descrever.

– Estou cansada de jogar sempre na defensiva, isso nunca dá certo! – estendo o copo para o garçom, surpreendentemente de olhos puxados o que me fez fazer uma careta e não querer tomar o vinho – Eu não faço mais parte daquela família, sou tão independente e ainda sim, não sou imune aos riscos.

Como se mulheres independentes não sofressem com as atitudes mundanas.

– O garçom era xing ling! – diz Deva, dando seu melhor sorriso de bêbada.

E eu sorri.

– Eu vi... Melhor irmos embora e ligar para o baldi! – sussurro segurando a risada.

Pedimos a conta, e subimos entre esbarrões para o nosso quarto. No caminho decidimos mudar de hotel e irmos para outro. Não sabemos até onde vai nossa segurança.

– Não seria melhor um apartamento? – pergunta Deva.

Nego.

– Daqui uns dias voltaremos para casa! – sussurro passando o cartão para acessar a cobertura.

Quando a porta é trancada, eu me sinto levemente segura e bêbada. Nos sentamos juntas e ligamos para baldi que se surpreende com a notícia assim como nós. Ele prometeu nos enviar proteção e tentar usar seus contatos para tomar devidas providências com a máfia chinesa que nos ameaçava. Nosso pai era um mafioso sim, por mais que não assumisse e nós não aceitássemos ver. De longe, nos ajudou com a tratar certas e devidas proteções a serem feitas com as questões do hotel. E não precisava de muito para saber que seríamos vigiadas o tempo todo até que tudo isso passe.

– Baldi, acha que consegue resolver isso antes que algo aconteça? – ele afirma.

– Eu tenho alguns contatos, tentem se acalmar! E cuidado com a bebida, Maya você está detonada, filha!

– Pelo menos, conseguimos alguém para resolver as coisas com Kaled! – digo, fechando lentamente os meus olhos.

Um pouco zonza, e em meio a conversa eu adormeci. Uma sensação de paz momentânea me invadia, como se nada pudesse me atingir. Pelo menos, era o que eu escolheria acreditar.

Quando acordei, sentia uma leve dor de cabeça e uma sensação de estar sendo observada. Me assusto ao notar que dois olhos curiosos me encaravam.

– Aí que saco! – reclama Gabriela – Acorda, mi amore!

– Você realmente veio sozinha? – questiona Deva.

– Eu sempre estou sozinha, Deva! – diz Gabriela – Vim convida-las para um jantar, com as minhas CEO's favoritas, e para comemorar a nova produção de roupas.

Solto um forte suspiro, e me sento na cama encarando as duas mulheres que estavam a minha frente.

– Outro jantar? – questiono.

Gabriela revira os olhos.

– Sim, em família!

PROMETIDA AO MAFIOSOWhere stories live. Discover now