CAPITULO 42

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A cada segundo que passava, eu sentia medo e temia que algo acontecesse. Lucca e baldi não saíram. Eles continuavam em casa, e eu temia que algo acontecesse. Baldi discutia rapidamente com alguém no telefone, e Lucca o encarava fixamente.

Eu suspirei, e caminhei em direção à cozinha, eu precisava de água, a dias estou tentando conversar com Lucca, mas tudo parece estar mais difícil agora. Ao abrir a geladeira vejo um vulto passar pela grande vidraça que dava para a área externa, me assusto deixando o jarro cair, provocando um estrondo. Sinto meu corpo ser agarrado por trás, e uma fina lâmina fria encostar a minha garganta.

– Sua vagabunda! – ao ouvir uma voz, conhecida por mim, senti uma forte pontada de decepção.

– Maya...– mamadi retesa na porta, e me encara com os lábios entreabertos, respirando lentamente – Teodoro, o que está fazendo? Largue a minha filha, agora!

— Não seja tão ingênua, Indira! Vocês sempre souberam o peso da atitude de vocês!

– Namaste, mama! – ouço a voz de Sakura, sinto um amargo subir pela minha garganta – Como é bom revê-la.

Eu iria vomitar. Teodoro pressionou a lâmina contra o meu pescoço ao ver que baldi se aproximou da cozinha. A qualquer instante ele poderia estraçalhar o meu pescoço.

– Por favor, não faça nada! – murmuro.

– Cala a boca, porra! – Teodoro sacode meu corpo com agressividade, sinto meu quadril se chocar contra o mármore da pia, me fazendo gemer de dor.

– Sakura...– baldi diz, após passar o choque.

Vejo Rajj surgir ao lado de Sakura junto com alguns homens armados.

– Olá papa, vejo que estão surpresos em me ver. Sempre soube que proteção não era o seu forte.

Vejo de relance Gabriela enviar algo no celular e guarda-lo no bolso. Teodoro segurava a faca com firmeza, e eu pensava em alguma força de fugir de seus braços.

– Não pense nisso, Maya. Ou eu rasgo o seu pescoço.

Teodoro me empurrou com força, me fazendo andar. Sakura havia o chamado, e eu não notei. Haviam homens com armas apontadas na cabeça da minha família. Haveria sangue. Não seria possível salvar todos sem deixar que um morresse. Notei que Lucca não estava ali, e mentalmente agradeci por isso. Gabriela sibilou um "saiu", e mentalizei que ele havia conseguido sair e agradeci por isso.

– Desde quando está com a máfia chinesa, Sakura?

– Quando se está na rua, papa, vivendo como uma excomungada não se há escolhas. – ela pausou – Você sabe! Mas o que eu não esperava, é que viveriam tão bem sem mim, mas que ódio eu senti. Entrei para a família do inimigo na primeira oportunidade.

– Sempre o lado mais fraco e besta da família! – murmura Mahara.

– Cala a porra da boca! – grita Sakura e aponta uma pistola na cabeça de Mahara que se assusta, vejo mamadi chorar desesperadamente – Você sempre se achou incrível não é mesmo? A soberana... Cadê Deva? – ela tira a arma da cabeça de Mahara e procura Deva – Deva sempre foi o elo mais forte, segura de si... E você, Maya...– ela gargalha e me encara com os olhos vermelhos, ela se aproxima e eu sinto o cano frio da pistola encostar na minha testa – Você... Sempre foi a raiz de todos os problemas... Sempre foi a putinha da família, mas todos sempre passaram a mão na sua cabeça, ô princesinha Maya, eu voltei com o intuito de acabar com a vida de todos que acabaram com a minha, queria muito que você fosse a primeira, mas antes, Lynn...– ela chama um cara, magrelo, chinês, de cabeça raspada – Se divirta com ela, faça o que quiser...– ela sorri – Ela gosta de ser abusada, e queimada. Quero ela bem marcada, como uma vaca.

PROMETIDA AO MAFIOSOWhere stories live. Discover now