Capítulo 6 Impasse de irmãos (3)

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Ele não gostou nada do comentário de seu irmão, sabia que Jon era uma boa pessoa, mas também sabia que ele tinha o pecado da luxúria como seu lado mais perverso, Jon era daqueles vampiros que só tomava o sangue das mulheres mais belas, só transformava em vampiras as mulheres mais bonitas, e se apaixonava muito rápido por um belo par de peitos avantajados e coxas fartas, e isso o preocupou ainda mais, por conhecer muito bem sua cunhada, ela não era uma boa pessoa, sempre se fazia de inocente e matava homens por puro prazer para se banhar em seu sangue, não era o tipo de pessoa que ele queria perto de sua futura esposa. Mesmo não tendo amor entre eles haveria de ter respeito e segurança, ele sabia que Dom Vicent iria dizer qual delas seria a dama da casa no futuro e se ele escolhesse Diana, ele sabia que as coisas ficariam mais complicadas.

— Jon, meu irmão..., só quero que escute com atenção o que direi a você.

— Diga.

— Diana é minha noiva, e sua cunhada.

— Sim, então quer me pedir algo?

— Fique longe dela, pois não sei se poderei responder por mim mesmo, se me irritar.

— Vejo que alguém conseguiu entrar em seu coração.

— Não fale besteiras.

— Realmente aquela camponesa te fisgou como um peixinho.

— Não entende..., você não sabe de nada.

— Me diga, até onde foi com ela?

— O que?

— Já foi para a cama com ela?

— Não é algo que eu irei dizer para você.

— Devo perguntar diretamente a minha nova cunhada então?

— Não se atreva a perguntar a ela.

— Por que não?

— Pare de ser indelicado com assuntos alheios Jon.

— Indelicado..., sim um pouco.

— Ela é educada de mais, até para uma camponesa..., não irá lhe falar algo tão íntimo.

— Está bem.

— Se for atrevido de alguma forma com minha noiva eu saberei, então não se atreva.

— Ótimo, obrigado pelo aviso, vou indo agora.

— Eu tenho que sair também, tenho muito a fazer.

Keyle espera o irmão sair e Antonieta entra com uma taça para ele, ela percebe que ele está irritado e inquieto por algum motivo.

— Pegue senhor, deve se alimentar.

— Obrigado.

— Senhor, por que está assim inquieto?

— Antonieta quanto tempo você é uma vampira?

— A muitos séculos senhor, mas porque a pergunta?

— Você me criou, viu coisas em minha vida que minha mãe não presenciou, agora teria uma pergunta que só ela poderia me responder.

— A faça para mim senhor, quem sabe eu tenha a sua resposta?

— Desculpe ela é muito íntima Antonieta.

— Me pergunte.

— Você era virgem quando foi transformada por meu avô?

— Sim, eu era, mas imagino que não seja esta a pergunta que deseja fazer.

— Realmente não é esta.

— Então pergunte.

— Você sentiu dor?

— Há, quer saber do ritual com uma mulher virgem senhor?

— Sim, Diana ela tem esta condição e acho que você..., já deve ter entendido.

— Entendo, Keyle quando o gene está em nós é uma mudança absurda de gostos em nossa boca, os aromas que sentimos, mas dor?

— Isso? Sentiu?

— Não, eu não senti nenhuma dor, a última dor que eu senti de verdade foi quando seu avô me cravou os dentes e me transformou, eu não entendi isso, quando diziam que a dor poderia ser insuportável antes de sentir prazer, claro que hoje eu entendo que isso só serve para os humanos, eu tive muito medo na primeira vez, mas não senti dor alguma, imagino que seja o gene da transformação, deve fazer a dor sumir.

— Isso é bom, eu fico mais tranquilo agora.

— Só a deixe relaxada senhor, afinal ela vai se lembrar deste dia para o resto de seus milênios.

— Obrigado Antonieta, realmente estava preocupado com o que viria.

— Estou indo senhor. 

The lady of the night - 1º Série Amor sobrenaturalWhere stories live. Discover now