Capítulo LXXXI

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Estamos todos quietos em casa, não é?É sério. Eu sou asmática, se vocês querem o final dessa história, se vocês querem o final de Diário. Se vocês querem o LIVRO baseado em Acrab. FIQUEM EM CASA! Caso contrário eu posso pegar essa merda e morrer ai fica tudo ai sem terminar. Vamos a história.


Suas mãos tremiam querendo tocar o rosto que estava embaixo da mortalha. Seus olhos vazavam em lágrimas que ela não se importava em conter. Ela ajeitou o pano bordado tão delicadamente do jeito que havia mandado fazer, mais uma vez suas mãos foram para os cabelos da mulher e ela suspirou. Com um murmúrio de despedida deixou sua rosa branca encima do peito da mãe, suas mãos tremiam e ela sentia que um pedaço seu estava sendo arrancado.

- Me perdoe. – Rosalinda murmurou. – Me perdoe, mamãe.

Ela se endireitou e se aproximou da porta onde estava a água fresca para que lavasse as mãos antes de sair da sala. Saiu do quarto onde o corpo de Sophia estava esperando para sofrer os rituais antes de seu enterro. Rosalinda não poderia estar presente em nenhum momento, até que o corpo da rainha-mãe fosse completamente purificado. Ouviu os passos apressados e ergueu a cabeça, Carter vinha pelo corredor com sua força inabalável.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa sentiu os braços da mulher lhe envolverem e seu choro, que estava controlado no momento em que saiu da sala, saiu junto a um resfolegar sofrido.

- Está tudo bem. – Carter murmurou contra o ouvido da mulher. – Vai ficar tudo bem.

Rosalinda se agarrou a mulher, sentindo seu cheiro de sal, terra e suor... ela podia jurar que também sentia sangue. Ergueu o rosto e sentiu o coração parar uma batida, segurou o rosto de Carter e o virou para o lado.

- O que...

- Eu estou bem. – Carter garantiu segurando os pulsos da mulher, puxou as mãos para beija-las. – Uma provável concussão, assim que der eu vou ao médico.

- Você vai agora. – Rosalinda olhou para o hematoma. – Carter... - Olhou para as mãos da mulher. – Suas mãos?

- As feridas reabriram. – Falou calmamente antes de buscar os olhos da mulher outra vez. – Presta atenção, eu estou bem.

- Não, não está. – Rosalinda sentiu à vontade de chorar voltando com força, fungou. – Nada está bem. Nada.

Carter olhou para os lados e só viu guardas em postos, pegou a mulher pela mão e a puxou para longe da sala onde o corpo de Sophia estava. Andaram pelos corredores com Carter olhando para cada de dentro de cada sala que podia encontrar até que achou uma sala menor, uma sala de leitura com algumas mesas e poltronas espalhadas e uma parede preenchida de livros. Puxou Rosalinda para dentro e fechou a porta dando um olhar de aviso para o guarda que estava em prontidão. Viu Rosalinda se sentar na poltrona escondendo o rosto entre as mãos, se abaixou na frente da mulher.

- Amor... - A chamou em voz baixa.

Rosalinda abaixou as mãos, seu rosto vermelho, os olhos injetados... ela olhou para o rosto de Carter. O olho estava inchado e arroxeado, a sobrancelha suturada, deslizou a ponta dos dedos pela bochecha da mulher.

- Perdi minha mãe... - Sussurrou sem se importar com o choro. – E pelo visto quase perdi você.

- Foi uma explosão, um pedaço de parede atingiu meu rosto. – Explicou em voz baixa, viu a reação de Rosalinda em se afastar e a puxou pelas mãos. – Me escuta, eu estou bem.

- Com uma concussão?

- Os médicos suspeitaram. – Explicou mantendo a voz. – Preciso fazer alguns exames para ter certeza, mas estou aqui agora e não vou a lugar algum. Vou mandar buscarem Alejandro, o perigo passou... vamos ter nosso menino conosco outra vez.

Acrab - SemiDove le storie prendono vita. Scoprilo ora