Seria você meu romeu?

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Eu já escrevi mil crônicas, ou espécies de crônicas, ou desabafos amigos, ou surtos psicóticos, como preferirem chamar.  PORÉM nunca havia escrito uma sobre você antes e em menos de 2 horas está já é a quarta.
Quando muito se pensa pra escrever nada sai, é exatamente o que eu estou fazendo agora, me forçando a escreve pois eu quero ter uma crônica positiva de você, não que eu ache alguma crônica negativa. Crônicas são vidas, são experiências, pra mim é como mágica. E você me trouxe aprendizados e experiências.

Contudo, eu queria uma crônica sobre as coisas boas, que não apenas desacreditassem as pessoas do amor ou as fizessem perder os pés de tão atrás que deixaram (pelo menos estão não chão). Então, resolvi contar uma história, a nossa história, novamente, sim, aquela mesma que eu tava reclamando sei lá, a duas crônicas atras, mas desta vez sem as partes ruins, tipo VT do BBB, então lá vai!

Desde o primeiro dia que eu te vi que minha barriga gelou não sei por qual motivo, mas não era amor.
Eu abraçava meu travesseiro bobamente como uma menina de 13 anos tentando não demonstrar  um cliche de livros românticos, o primo mais velho de melhor amiga de infância.
Podia te observar do alto da escada, você estava sentado na borda da piscina e eu em pegava pensando, ou melhor, borbulhando em pensamentos pois não conseguia escolher nenhum, mas por que ? Não sei! Você nem era o "tipo de menino" que eu sonhava, mas seu sorriso tinha sentido de casa.
Viajamos juntos e eu a princípio incrivelmente acordava todos os dias as 9:30 da amanhã por pura vergonha de dormir até tarde. 10 horas eu tomava café, ou melhor, me sentava mesa onde estava somente EU e VOCÊ,  na maioria das vezes,  e, cheia de vergonha eu não comia nada e então você me zoava por isso.
Com passar dos dias eu não acordava mais por vergonha, eu acordava pelo café da manhã, pela zoação, pelas horas que ficávamos conversando antes de todos acordarem.
Acho que eu nunca te disse nada disso porque eu sou bem orgulhosa, mas eu comecei a acordar e me arrumar ansiosa para sair do quarto para te ver, isso tudo por causa daquele sentimento do alto da escada que não sabia explicar. Eu sabia que não rolaria nada, e eu nem queria, eu me considerava uma criança ainda e você era mais velho. Poremmm eu gostava demais de estar com você, não sabia explicar.
Assim o tempo passou, a viagem se foi, mas a amizade ficou. O inesperado aconteceu, nós nos falávamos TODOS OS DIAS, até mesmo por ligação até altas horas da madrugada por anos, mas como nem tudo são rosas e a gente estava no lugar errado na hora errada, não era pra ser naquele momento. A vida deu uma reviravolta e você me magoou pela primeira vez com uma mentira, me magoou com o que na época mais me fazia mal.
Anis se passaram sem nos falarmos ou nos vermos, e, foi em uma quase véspera de natal com a neve caindo lá fora, ou não, pois aqui não neva. Um convite inesperado surgiu, casamento da família da minha melhor amiga de infância. Sempre ela! Kk
Eu se quer queria ir, eu estava em um momento complicado da vida, tinha poucas roupas e nenhuma que servisse pra ocasião.
Atrasada, pela primeira vez na vida que eu me atrasei tanto para algo, não sei se teve algum objetivo do destino(o qual eu não costumava acreditar até então), mas eu consegui um vestido emprestado, de minha mãe por sinal.
Em meio a festa me veio o medo de te encontrar, não sei porque do medo, afinal, haviam se passado anos e não se tem medo de encontrar alguém que se tornou indiferente pra você certo?
Avistei sua família rapidamente, mas não vi você e confesso que bateu um alívio.
Mas o alívio foi breve, foi eu encostar no bar para pedir uma bebida e uma  força divina maior, ou como preferir chamar, me fez olhar involuntariamente pra trás e foi quando dei de cara com você se aproximando. Rapidamente, e pateticamente tentei virar como se não o tivesse visto, mas é claro que foi ridículo. Conversamos brevemente e eu confesso que estava receosa, não queria me reaproximar de você em hipótese alguma.
Ao longo da festa devido a amigos comuns todos dançaram juntos, beberam juntos, nós dançamos juntos. Eu fugi de você de todas as formas possíveis, mas uma frase naquela noite "deixou a ideia na cabeça dela(eu)" como disse seu pai.
Você dizia que desde a primeira vez que me viu no alto da escada abraçada com um travesseiro você sentiu algo estranho, algo diferente e que nunca tinha deixado de pensar nisso.
É, sim, você largou a ideia na minha cabeça ( essa e um monte engraçadas também kkk).
Saímos algumas vezes e eu ainda relutava em ficarmos juntos, pra mim éramos apenas amigos e podíamos sair juntos kkk
Mas foi em um dia de praia, o sol já se pondo
e nós tragicamente tentando andar de bicicleta que eu notei tudo. Foi observando voce pedalando naquele dia com seu boné virado para trás igual um menininho e pedalando igual uma criança competindo com minha irmã que eu me peguei os fitando como boba. 
Foi exatamente neste segundo de tempo que meu coração sentiu uma sensação familiar, que me toquei que quando eu menos esperava, menos queria e por quem eu menos esperava eu simplesmente me apaixonei pela primeira vez, e foi lá, no alto de uma escada.
Não foi exatamente no alto da escada que eu notei que te amava, foi naquela tarde de bicicleta em que eu parei o trânsito por não saber andar direito, que eu olhei pra você e percebi que eu vinha aprendendo a te amar e a amar e perdoar desde o momento que te olhei do alto de uma escada simplesmente sentado em uma borda de piscina.
Seria você meu Romeu? Que eu tento esperei no alto de uma escada?
Só espero que finais mudem, que rotas sejam alternáveis e que o nosso amor não seja passageiro, aprendizado, mutável e sim ETERNIZAVEL.

Sim, eu inventei uma palavra, as pessoas estão por aí inventando sentimentos, porque eu não posso acrescentar uma palavra na ortografia?

Toda AleatóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora