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Ficar sozinho sempre foi comum é rotineiro para Jungkook.

Muitas vezes, ele precisava da sua própria companhia para reorganizar os pensamentos e sentimentos, até mesmo ficar sozinho só por ficar sozinho.

Poucas coisas tinham clareza na sua vida desde sua adolescência, quando ele perdeu sua mãe e junto à ela, parte da sua própria vida.

O ocorrido tomou uma série de caminhos tortuosos. Jungkook passou de uma criança esperançosa, pra um jovem desanimado, carente e amargurado. Tanto pela dor da perda, quanto pela forma asquerosa que ele passou a ser tratado pela família.

Seus tios e tias o tratavam como se ele não fizesse mais parte da família, como se a partir do momento que sua mãe morrera, ele fosse junto. Os primos pararam de convida-lo para as confraternizações, e seus avós nunca perguntavam de si.

Seu próprio pai passou a tratá-lo como um estorvo, o que lhe fez sair de casa tão cedo.

Talvez o pior disso tudo, era não entender o motivo pelo qual todas aquelas coisas aconteceram, principalmente, o que ele tinha feito. Carregar essas perguntas eram tão pesado que durante muito tempo, ele se sentiu submerso a vida real e acorrentado ao seu passado.

Quando finalmente houve um momento de luz em sua vida.

Uma luz forte de cabelos loiros sempre desbotados, com uma voz doce e resmungona, com lábios roliços e macios, com uma inteligência e compreensão além do alcance, com o melhor abraço do mundo inteiro.

Uma luz tão pequena e tão forte, como estrelas que brilhavam no céu. Pareciam tão distantes e pequenas, até se aproximar e sentir sua grandeza e magnitude.

Toda aquela clareza que lhe permitiu enxergar as coisas como elas eram. Que lhe permitiu sentir novamente quaisquer coisas que fossem.

Jimin... Ah, Jimin era o nome da luz, da luz que guiava seu caminho no meio do escuro que proclamava seu caminho.

E ele sentia tanta falta da sua luzinha.

Jungkook encostou a cabeça na vidraça e encolheu as pernas. Sua barriga não parava de roncar a nenhum momento é isso estava começando a incomoda-lo. Estava escuro e as estrelas brilhavam pouco, mas ainda assim ele podia observar a lua brilhar e banhar a noite com melancolia.

Ou talvez fosse somente seu estado putrefato que tornasse tudo tão sorumbático.

Foi quando algo o chamou atenção. Alguém vindo de longe numa velocidade alta. Parecia com o sonho que tivera a alguns dias atrás, a morte viera lhe buscar.

Mas diferente do sonho, tudo parecia claro real, se concretizava devagar uma feição a sua frente que ele não podia enxergar direito pela fome, mas ele nunca poderia não reconhecer.

E quando esse alguém finalmente chegou, ele perdeu todas as forças nas lágrimas que escorreram pelos seus olhos num instante que durou uma eternidade.

— Eu te achei, amor.

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{Nove horas antes.}

Taehyung saiu do quarto de Jimin acompanhado do noivo. Os dois finalmente tiveram a chance de sair sem tanto peso na consciência quando o loiro adormeceu, e no final de tudo eles precisavam de um banho.

Já em casa, Yoongi foi tomar seus remédios enquanto Tae ajeitava a banheira para tomarem um banho quente. Ele retirou o aparelho auditivo, se despiu e entrou quando ela já estava cheia, fechando os olhos enquanto tentava relaxar depois daquela noite.

Safety↬jikookWhere stories live. Discover now