VIII

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A luz do sol esquentava meu rosto, já era de manhã. Demorei um tempo para sair da cama e fazer minhas necessidades matutinas, me vesti com o vestido que Joohyun havia me dado ( mídia), enquanto penteava meu cabelo a porta se abriu revelando o rosto delicado de Yerim.

- Pode entrar.

- Que saudade pequeno Olaf - ela disse enquanto me abraçava.

- Que saudade Yerim, como vão as coisas?

- Agora que você acordou elas vão ótimas!

- Ontem a Jooh veio me visitar.

- Eu sei, você não acha incrível ela ter 30 anos com carinha de 18?

- Ela é muito bonita e também tem aquele ar maduro dela.

- Posso te ajudar a pentear o cabelo?

- Claro!

Yerim penteava meu cabelo enquanto colocávamos mais conversa em dia, ela trançou meu cabelo colocando uma xuxinha que continha um pequeno laço na ponta. Fomos atrapalhadas pelo abrir da morta, minha mãe havia chegado para me levar para casa.

- Está pronta querida?

- Estou sim, mamãe.

- Bom dia, senhora. - Yerim disse a cumprimentando.

- Não tinha te visto, bom dia Yerim.

- Vamos, mamãe?

- Ah, Seungwan, eu fiz isso pra você. - Ela disse me entregando uma caixa. - Não é um vestido ou algo assim, mas é um presente de boas-vindas.

- Muito obrigada! - Disse pegando o pressente, a caixa estava enfeitada com fotos minhas e de nós quatro juntas, havia um grande laço na tampa enfeitado com glitter.

Os papéis da alta já estavam assinados, então era só deixar o quarto. No caminho vimos Baekhyun que passou longe nós três, eu não liguei muito pois estava muito animada com minha saída do hospital. Ao abrir das portas de vidro que davam passagem para a rua o vento me embalou e um abraço de verão, não pude evitar de sorrir enquanto ia para o carro, entrei fechando a porta e abrindo a caixa.

Nela haviam muitas fotos, mas a que eu mais queria achar era a escrita "Sana", e com sucesso vi a foto de uma garota sorridente com os cabelos pintados de rosa, atrás havia uma mensagem escrita a mão. 

 Minatozaki Sana, é a pessoa que cuida do Marketing do café enquanto segue seu caminho para ser uma influencer, ela quer abrir sua própria marca de maquiagem.  É japonesa e foi uma das pessoas que mais apoiaram o movimento Me Too.

Procurando mais um pouco conseguir achar as fotos das duas pessoas que eu havia lembrado.

Yoo Shi Ah, gaçonete do café de dia, mas bailarina de noite, trabalha no café há anos, é a funcionária mais antiga do Wendy's Coffee Bar. Trabalhou para pagar os estudos e agora trabalha como uma renda extra.

Kim Jun-myeon, confeiteiro e chefe do café, divide apartamento com Shi Ah, te ajudou no começo do café junto com sua colega de quarto, é um de seus melhores amigos e sócio do café.

Todos trabalham comigo, mas parece que eu os considerava mais que só colegas de trabalho. Continuei estudando todos as fotos e todas as pessoas que haviam dentro da caixa, só parei quando chegamos em casa.

Quando abrimos a porta lá estavam, Minseok, Yeji, Jongin, Joohyun, Sooyoung e Eunbi. Eu lembro o que  havia na foto dela.

Eunbi, melhor amiga de Yeji, era parte da elite coreana mas seus pais perderam tudo. Ela trabalha no café lavando pratos e ajudando Junmyeon com as coisas da cozinha para pagar a faculdade.

Yeji estava com um cartaz escrito "Seja bem-vinda", enquanto Jongin segurava um bolo.

- Quisemos fazer algo simples e rápido para voltarmos ao trabalho. -  Yeji disse dando pulinhos.

- Se vocês quiseram me surpreender, vocês conseguiram.

- Você se importa de eu te abandoar hoje, amor? - Jongin perguntou deixando o bolo em cima de mesa.

- Imagina, você tem seu trabalho, suas coisas, pode ir.

O pessoal foi indo embora até só sobrarem eu e minhas três amigas.

- Podemos dormir aqui hoje, Olaf? - Sooyoung perguntou deitando no sofá.

- Por mim tudo bem.

- A Sooyoung fez cada coisa quando você estava fora. - Yerim disse rindo.

- Imagina, ela quase não faz nada, é uma santa essa menina.

Todas nós estavamos nos divertindo muito, Sooyoung e suas histórias, Joohyun deixando um pouco do lado sério dela de fora e Yerim dizendo sobre as situações malucas que a Soo tinha feito ela passar. A campainha tocou e eu fui atender.

- Com licença, a senhora Son está?

- Está sim, mas quem é?

- Diga pra ela que a polícia está aqui.

Me interrompendo de dizer mais uma palavra minha mãe cortou a conversa. - O que quer?

- Queremos falar com a senhora em particular.

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Seulgi on

Eu perdi a conta de quantos dias estou aqui, nesse inferno, sendo sedada a cada segundo, sendo calada a cada segundo. Já se passaram algumas horas que eu não vi mais i homem de vermelho que sempre vem conversar comigo tentando comprar meu silêncio.

Eu não estou louca.

Vivo repetindo isso para mim mesma enquanto conto as formigas do chão e as aranhas do teto.

Eu não estou louca.

Foi ele que logo depois de tentar matar a Seungwan tentou me matar, por isso que corríamos dele, mas agora ele sempre tenta me pegar, em sonhos ou como um dos médicos. Eu o vi mas não lembro seu nome.

Eu não estou louca.

Eu posso ter me confundido machucando todas aquelas pessoas enquanto eu achava que elas eram ele.

Não durmo em paz, não como em paz, vivo em um medo constante, não posso me defender contra ele pois amarraram meus braços nessa camisa. Queria voltar no tempo, voltar quando Seungwan ainda não o havia conhecido.

Quando ela ainda era feliz.

Eu não estou louca.

Todos sabem mas querem esconder apenas para manter as aparências.

Eu não estou louca.

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Não esqueçam de votar na história, pois isso me ajuda muito a continuar.

Amnesia | WendyUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum