Just a Dream (Romance Gay)

Viagem Pela Mente do Fantoche

Notas Iniciais:

Olá, pessoal, tudo bem? Dessa vez não demorei muito, não é mesmo? <3Essa quarentena está horrível, mas ao menos ainda tenho minhas historinhas para passar o tempo :)Passei os últimos dois dias escrevendo incansavelmente (ou bem cansado, vai saber kkkkkkkkkkk) para trazer mais um pouquinho de diversão para vocês, então espero que gostem <3

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O tédio era completo e agonizante. Faziam dois dias que eu não tinha absolutamente nada para fazer e isso me enlouquecia. As únicas coisas que me permitiam sair de casa eram a escola e as patrulhas com Damian e, ainda assim, Damian suspendeu as patrulhas por enquanto para conseguir buscar mais informações sobre o Mestre dos Fantoches.

Eu não precisava ser um gênio para saber que suas buscas não deram em nada, afinal Damian não tinha como fazer qualquer coisa em relação à mente de alguém, ele não tinha poderes, quanto mais psíquicos ou mágicos. Se houvesse algum resultado, ele teria me contactado, o que não aconteceu, me fazendo indagar o que diabos ele estaria buscando.

Nós dois sabíamos que eu não era um exeplo de detetive ou super gênio, mas ele bem que podia ao menos falar comigo e me manter atualizado em vez de tomar tudo para si mesmo. Eu podia... sei lá, ao menos lhe levar água e comida, pois qualquer um que conhecesse o garoto prodígio sabia que a essa altura ele estaria sem comer nada e sem dormir, como ocorria com qualquer um da bat família quando algo tomava suas mentes.

Eu só queria estar fazendo alguma coisa, qualquer coisa para ajudá-lo. Éramos parceiros, eu precisava ajudá-lo e isso era importante. Só queria poder fazer qualquer coisa em vez de simplesmente esperar por notícias. Nem mesmo a escola, que geralmente era um local que eu gostava de ir e de estar, conseguia dar conta de aquietar minha ansiedade. Ansiedade por notícias do Mestre dos Fantoches e alguma mensagem de Damian.

O vilão estava agora na enfermaria da Liga da Justiça, tomando cuidados físicos como soro e, infelizmente, eu nem sequer podia acompanhar seu estado. Nem eu e nem Damian poderíamos subir para a Torre de Vigilância simplesmente por querer, precisávamos ser convocados ou estar em uma ameaça iminente para tal ação. O que não era a situação atual.

— Vai ficar fazendo isso o dia inteiro? — perguntou minha mãe, aparecendo onde eu estava.

Obviamente ela estava irritada pelo fato de seu filho estar deitado no chão da sala de estar, literalmente rolando de um lado para outro sem para por duas horas consecutivas. Mas não era minha culpa, eu simplesmente não conseguia fazer mais nada, me concentrar em mais nada. Minha mente estava com total foco no vilão capturado e nas patrulhas que não ocorreram.

Se eu ao menos pudesse ver Damian eu poderia ter mais notícias, ao menos conversar com ele para me acalmar, pois sabia que se mandasse mensagens ele sequer visualizaria e, se aparecesse do nada em sua mansão, seria chutado de lá.

E só me restava esperar o Caçador de Marte retornar de sua missão. Ele era o mais indicado para nos ajudar com esse problema e ainda não havia retornado de sua missão no espaço em outro planeta, mas de acordo com meu pai ele não demoraria muito a retornar.

Apenas olhei para a mulher para à minha frente. Meu olhar não poderia mostrar mais frustração ou tédio.

— Eu sei que é difícil esperar — disse ela se aproximando de mim, com seu jeito compreensivo de sempre. — Mas não é o fim do mundo.

— Eu sei — respondi, desviando o olhar. Não era apenas a falta de retorno que me incomodava, havia mais coisas. — Eu só quero descobrir o que aconteceu. — Senti minha voz se embolar e tive que morder minha boca por dentro para que meus lábios não tremessem com meus sentimentos. — O que houve com aquele cara, foi simplesmente... horrível.