capítulo 2

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Kayla Cooper:

Enquanto meu miojo estava na panela, anotava as últimas informações:

- dia vinte oito exposição e desfile, dia trinta ida de Kaylinha para casa. - sorri simples com um suspiro.

Meu pai mesmo sendo distantes as vezes e ocupado agora, ainda sinto como se ele fosse o pai presente e carinhoso de anos atrás. Fechei bloco de notas e fui até a panela e o miojo já tava fervendo até demais:

- aí meu Ha! - peguei uma luva de cozinha, coloquei e tirei a panela as pressas do fogo e coloquei sobre a pia. - que desgraça

Fui até o fogão e desliguei. Respirei fundo, tirei a luva e passei a mão sobre a testa levemente suada pelo susto:

- você quase tacou fogo na minha casa

Dei um sobressalto para trás com a voz perto de mim e me virei rapidamente e vi que tinha um rapaz com braços cruzados, com nariz torcido e olhar de desdém. Ele tinha cabelos curtinhos castanho, pele branca e traços asiáticos:

- quem é você? E o que faz na minha casa? - puxo uma colher apontando pra ele. - como invadiu aqui seu vândalo?

- vai me ameaçar com uma colher? - olho para minhas mãos que segurava o objeto e joguei e peguei rapidamente a faca e ele suspirou fazendo negação com a cabeça. - primeiramente a casa é MINHA, vou soletrar M-i-N-H-A, minha. - ele coloca as mãos na cintura me olhando estreito, parecia ler minha alma.

Logo me toquei rapidamente deve ser o antigo morador:

- vo-você deve ser o antigo morador, que veio da Coréia e tava morando aqui? - suspiro largando a faca.

- antigo morador? Querida.. - ele esfrega os dedos no rosto, faltava arrancar a pele, mas demonstrava falta de paciência. - eu sou o dono e moro aqui, deixo ver o que você fez na minha casa sua vândala

Ele saiu andando pela casa indo as escadas. Pisquei algumas vezes e fui o segui-lo:

- escute bem eu não sou vândala, meu pai pagou o aluguel dessa casa, só se a tal de Francine tenha nos enganado. - subo e escada e vejo um silêncio absurdo no andar de cima. - moço?

Vou até os quartos, mas tudo intacto. Fui na varanda, banheiro, ainda desci. Resumindo sem rastro do rapaz impaciente. Devo está ficando louca.




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Depois de comer meu miojo quase queimado, fui dormir, mesmo confusa com a situação. Me pergunto será que a casa é assombrada? Enfim, resolvi ir visitar um restaurante e tomei um capuccino maravilhoso com pedaço de torta de limão. Pessoal daqui é tudo mal humorado, pessoa nunca foi no circo? Percebi que daqui dava pra ver o topo da torre um pouco longe logo registrei uma foto dali.

Andei em volta do parque do outro lado da rua, me sentia um pouco entediada. Nunca fui uma garota de muitos amigos e apenas tive um namoro rápido, agora só focava no trabalho.

Resolvi volta para casa e estáva com planos além do trabalho que peguei. Faria um álbum de fotos sentimentais em Paris. Entrei em casa, larguei a câmera no sofá e subi rapidamente as escadas e fui em direção ao quarto, mas antes que entrasse dei de cara no corredor com o rapaz:

- AAAAh! - caí no chão e me afastei rapidamente.

- aish.. você grita alto hein

O rapaz coreano vestia a mesma roupa de ontem. Blusa moletom preto de mangas longas, calça jeans escura perfeitamente alinhadas a suas penas e um all star meio desgastado:

Ghost •Jk•Donde viven las historias. Descúbrelo ahora