Capítulo 36

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P.O.V MOB

O silêncio na mesa está ensurdecedor.

Vejo meu celular apitar, pelo visor confirmo ser uma mensagem da Maria Luiza.

Em uma, ela dizia estar com Crusher em seu apartamento por causa de uma briga, depois me explicaria tudo.

E em outra, me escreveu um pequeno texto.

"A vida é muito curta para desperdiça-lá com medo, orgulho ou jogos. Não perca alguém que ame por uma dessas três coisas. Fale. Fale antes que seja tarde. Te amo!"

- Milena? - a chamei, interrompendo sua conversa com Babi.

- Sim? - disse com olhar baixo.

- Quer sair daqui e ir para uma lanchonete? - perguntei sem nem ao menos raciocinar o que estava fazendo.

Ela ficou quieta e encarou a Babi, Coringa e GS.

- Quero. - sorriu sincera e se levantou.

Fomos caminhando, até chegar no Mc Donald's.

- O que você vai pedir? - me perguntou.

- Você. - a encarei parada na fila.

Tantas pessoas na nossa frente e às nossas costas e eu só tinha olhos para ela.

- O molho? - arqueou uma sobrancelha.

- Molho sinto sua falta. - sorri de canto.

- Refrigerante?

- Não consigo pensar em mais nada, mas só quero sinceridade, Miih. - falei e ela mexeu no cabelo.

- Eu tenho medo. - andamos por conta da fila.

- Medo? De que? - perguntei.

- De isso tudo dar errado, se nós ficarmos juntos e não der certo? E a reação do PH? Tudo isso me confunde.

- Não se pensa no final, porque pra gente isso não vai existir. Dá uma chance, Milena. - ela sorriu e andamos mais por conta da fila novamente.

Era a nossa vez.

Nossa vez.

- Boa noite. Qual o pedido? - a atendente indagou.

- Namoro. Milena, quer namorar comigo? - falei sério olhando para ela.

- Mob?! - ela riu e meu coração disparou.

A atendente sorriu e pegou uma flor que estava no balcão, daquelas que a gente compra pra mãe no dia das mulheres, sabe? Não sei porquê estava ali, mas tudo era planejado sem ser.

Entreguei a flor para Milena que a pegou.

- Eu quero, Marcos. Eu quero. Muito! - me abraçou pelo pescoço e me beijou.

A encarei sorrindo.

- Dois hambúrgueres, coca-cola bem gelada, milkshake de morango e batata M. - falei sem olhar para a atendente.

8 MINUTOS DEPOIS

- Eu prometo que vou melhorar esse pedido. - ri e mordi meu hambúrguer.

- Não! - ela exclamou me assustando.

- Por que? - sorri.

- Eu amo MC Donald's, e amo o cheddar que tá no seu dente. - riu e eu fechei o meu sorriso.

- E eu amo você. Você sabe. - disse bobo.

- Eu também te amo. - ela mordeu uma batata enquanto sorria de lábios fechados.

P.O.V MARIA LUIZA

- Desculpa. - ri sem graça saindo do colo dele.

- Não se desculpe. Vamo? - Arthur perguntou estendendo a mão.

- Vamo pra onde? - perguntei.

- Recomeçar. - sorriu.

Agarrei sua mão e entramos novamente em seu prédio.

Chamamos o elevador e entramos.

- Por muito tempo eu achei que estava certa. Mas nunca me toquei que o amor não se resume a quem tem razão ou não. - suspirei.

- Por muito tempo eu achei que conseguiria sem você. Mas nunca me toquei que não dá para mentir para mim mesmo. - sorriu de canto e veio até mim.

- Eu prometo melhorar. - o beijei.

E foi como se fosse a primeira vez.

Aqueles lábios nos meus, me faziam enlouquecer.

E foi o que fizemos, ficamos loucos.

Bebemos vinho a noite inteira.

- Vem deitar. - me chamou da porta do quarto sem camisa.

Terminei de lavar uma taça, apesar de doida conseguia ter noção para não quebrar, diferente de Arthur que quebrou duas.

Tirei meu vestido soltinho, o deixando no chão da sala, ficando apenas de lingerie preta.

Caminhei até o quarto calmamente, entrei e não vi Arthur em lugar algum, até que a porta se fechou e lá estava ele, lindo como sempre.

Me prendeu na parede e beijou toda a extensão do meu pescoço, descendo até meus seios, me arrepiando.

Com calma, abri sua calça e ele a terminou de tirar. O empurrei na cama e sentei em seu colo, enquanto o beijava com vontade, rebolando de leve em seu membro.

- Porra, Maria Luiza.

- Bebendo vinho, quebrando as taça, fodendo por toda a casa... - cantarolei rouca em seu ouvido.

E assim seguiu nossa noite.

Bebe vinho.

Quebra taça.

Transa.

Bebe vinho.

Quebra taça.

Transa.

- Eu te amo. - foi o que eu disse quando me deitei ao seu lado e adormeci.

3 ANOS DEPOIS

- Eu te amo. - foi o que ele me disse quando eu estava na maca, sendo levada para a emergência.

Espancamento. Tentativa de estupro.

BMO havia voltado.

_______

Não me matem KKKKKKKK

Maria Luiza em mais uma cama de hospital e Crusher de seu lado.

E a história se repete.

Ou será a última vez?

The Sister | LoudOnde histórias criam vida. Descubra agora