P.O.V CRUSHER
- Tô sentindo uma coisa ruim. - Voltan falou.
- É o cheiro do seu peido, loirinha. Tá podre, hein? - Bak brincou.
- Não. Eu tô sentindo também. - falei.
Foi quando ouvi o grito mais excruciante da minha vida.
Todos levantamos juntos e meu coração disparou, batendo cada vez mais rápido.
- Filho da puta! - ouvia Maria Luiza gritando ao longe e por mais que eu andasse mais rápido, nunca chegava.
Mob saiu disparado em minha frente e senti minhas pernas falharem.
- Não agora. - sussurrei para mim.
Tirei força de onde não existia e saí correndo atrás da Maria Luiza.
E a cena que eu vi.
BMO no chão, sangrando e Maria Luiza se arrastando para dentro da mansão, sangrando também.
- O que aconteceu? - Babi gritou desesperada e foi abraçada por Coringa.
- Malu, você tá bem? O que ele fez, eu posso te pegar no colo? - perguntei desesperado.
- Eu posso estar mal, mas ele tá mil vezes pior. - cuspiu as palavras.
- Eu tô ligando pra polícia, levar esse porco imundo daqui! - Milena disse.
Em poucos minutos, a polícia chegou, levando BMO dali. Mob foi junto para prestar queixa.
E eu levei Maria Luiza ao hospital.
- Toma. - Coringa me deu a chave do carro dele e fui.
- Eu prometo que vou ser rápido, Malu. - olhei para ela que estava no banco do passageiro.
- 3 anos juntos e a primeira vez que me chama de Malu. - ela sorriu.
- Eu te amo. - segurei sua mão.
Já estávamos na estrada.
- Me conta o que aconteceu? - perguntei receoso.
- Ele desceu da moto, puxou uma faca e tentou me bater, conseguiu um pouco, mas eu tenho um nojo e uma raiva tão grandes por ele que... Eu não sei. Quando ele apontou a faca pra mim, pra minha barriga, eu não sei o que passou dentro de mim, eu senti necessidade de proteger. - suspirou.
- Maria Luiza. - eu disse.
Ela me encarou.
- Eu tenho orgulho da mulher que você é. - engoli em seco - Mas me diz que você observa se sua menstruação está atrasada ou não. - disse e senti o aperto da mão dela se soltar.
- Puta que pariu. - falou baixo.
E de repente, tudo fez sentido.
Os enjôos que ela dizia ser da comida mal cozida que fazia.
O desejo de tortas e outros doces.
E a menstruação atrasada.
- Vamos ser pais! - gritamos juntos enquanto rimos.
Cheguei no hospital e logo a atenderam.
Ela estava sendo levada na maca, e por mais que eu não pudesse entrar na emergência, estaria com ela até o último segundo.
E antes das portas da sala emergencial fechar me deixando do lado de fora, falei que a amava.
E ela me sorriu.
O mesmo sorriso de sempre.
Ficaria tudo bem.
QUEBRA DE TEMPO
- Então que bom. Finalmente ele vai ser preso direito. - Babi resmungou se ajeitando no colo do Coringa.
- Por que cê tá sorrindo, mano? - GS me perguntou.
- Deixa de ser burro, cara. Ele tá sorrindo porque o BMO foi preso, né, já era hora. - Bak revirou os olhos.
- Também. - eu disse.
- Tem mais alguma coisa que eu devia saber, Crusher? - Mob me perguntou.
- Ah... Na verdade, eu não posso afirmar na...
- Familiares e amigos de Maria Luiza Dias. - o médico me interrompeu.
Todos se levantaram.
Ali não havia amigos. Só familiares.
A Loud é uma família.
- Temos duas notícias. - ele disse e meu coração disparou novamente.
- Aí meu cu. - Babi se agachou no chão com as mãos no rosto.
- Ela teve alguns cortes, mas nada profundo, portanto é só questão de passar uma pomada que receitarei e troca de curativo. - todos suspiraram aliviados.
- E a outra notícia? - Mob perguntou e notei que estava suando.
Eu não sentia minhas pernas, mas sentia que poderia despencar a qualquer minuto.
- Ela estava de oito meses, mas por um grande milagre, o bebê ficará pouco tempo na UTI. O sistema respiratório e digestivo está bem formado, mas ainda não 100%. Algumas semanas, no máximo 2 e já poderá ir pra casa.
Ao ouvir aquilo, tudo rodou ao meu redor. E simplesmente caí no chão sem ter mais noção de nada.
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The Sister | Loud
RandomUma ligação ao final da live de Mob, faz com que Playhard tome a decisão de incluir ou não uma integrante temporária na Loud. E trazer, junto com ela, muita animação e carioquices.