O DONO DA PORRA TODA *EM ATUALIZAÇÃO*

Capitulo 01.

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| Gustavo |

Recebi na semana passada a mensagem da minha neta informando que viria morar aqui no morro, mas eu sei o quanto ela é esperta e pode descobrir tudo o que eu faço então falar com o Gringo é necessário.

- Fala Gustavo -Acena ao me ver
-Minha neta tá chegando de um outro país e eu não quero que ela saiba de nada.
-Os caras já me disseram que tua neta vai chegar, ela vem de onde mermo?
-Da França.
-Quem diria que o grande Gustavo tem uma neta vindo do estrangeiro -acho graça - tu tá ligado que pra cima de mim patricinha não monta né? Se ela vir com frescura tu tá ligado né? E tu ainda me deve aquele dinheiro.
-Eu já te disse que vou pagar, não preciso que cobre minhas duas netas e nem envolva elas nisso.
-Beleza.

Minhas netas não poderiam nem sonhar que eu era envolvido com qualquer coisa ilícita principalmente Rafaela que era quem estava de mudança para cá.

| Rafaela |

Cheguei finalmente ao RJ, nossa que calor, o clima do Brasil era totalmente diferente da França aonde eu fui criada desde pequena. A história é a seguinte, meu pai sempre me contou que ele e minha mãe eram do morro mas que não queriam mais aquela vida, então foram embora e foram parar na França por lá trabalharam em tudo que podiam até terem uma vida boa e confortável então eu nasci pleníssima, diferente deles eu gostava muito de ajudar as pessoas era algo que me fazia bem e me deixava confortável perante a sociedade.
Minha mãe adoeceu e faleceu, em seguida meu pai entrou em depressão, eu não suportava mais ver ele naquela situação, a pedido dele eu vim embora para cá, ele disse que eu só lembrava minha mãe e que não suportava me vê, também disse que eu seria feliz aqui, só espero que assim seja.
Meus pensamentos foram interrompidos quando cheguei a entrada do morro e havia pelo menos quatro rapazes armados, um de cada lado.

- Fala ai boneca, o que tu quer?
-Meu avô mora aqui.
- Quem é teu avô?
-Gustavo o nome dele. -disse eles acharam graça-qual o motivo da graça? -cruzei os braços.
-Relaxa ai bonequinha -falou rindo e pegando o rádio do bolso- chefe tem uma bonequinha dos olhos azuis aqui querendo entrar disse que é a neta do Gustavo, confere?
-É claro que eu sou neta dele o que diabos eu faria aqui se não tivesse alguém aqui? -eu disse e ele mandou eu esperar.

Ouvi alguém do outro lado dizer pra ele liberar.

-Pode passar boneca, seja bem vinda, a gente se cruza.

Eu nem dei ouvidos e apenas entrei, eu carregava comigo duas malas lotadas de roupas, uma eu daria para minha prima e a outra era pra mim, eu sei que ela amaria aquelas roupas, e foi assim mesmo, quando cheguei a casa do meu avô fui recebida por ela e depois que ela saiu ele apareceu.

-É bom ver que o senhor está bem.
-E muito contente de te ver aqui. -disse e eu ri-E meu filho? Como está? -pergunta sobre meu pai.
-Na mesma, continua usando os antidepressivos, ele me expulsou de casa por dizer que eu estou cada vez mais parecida com a mamãe. -dei um sorriso meio sem graça.
-Aquele menino é um besta, a sua mãe era uma mulher incrível assim como eu sei que você também é minha querida. -disse e eu o abraçei- Mas chega de lagrimas não é? -eu apenas confirmei rindo enxugando elas- o que minha neta fez da vida ou faz?
-Quando morava na França fazia e dava aulas de balé, eu tive um professor que me ensinou muito, além do balé, também sei dar aula de matemática e português, costumo dizer que eu faço de tudo um pouco.
-Eu tenho um barzinho aqui na comunidade e sua prima trabalha lá, ela cuida de tudo por lá eu só passo lá para abastecer eu te levo lá.

Ele disse e eu concordei, seria bacana conhecer um pouco mais do lugar que eu iria morar agora, fomos ao barzinho do meu avô, lá além de vender bebidas, vendia comida também, então era um local ideal para jantar e para beber e eu achei até bacana a ideia dele, estava cheio de gente quando chegamos lá eu fiquei meio envergonhada pois todo mundo me olhou.

-Só pra quem tem uma prima gata. -minha prima disse quando eu entrei e já colocando uma bebida no balcão.