Capítulo-9

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A semana passou voando, Dom e eu não conseguimos um momento se quer a sós. Ou a academia tomava muito tempo dele, ou o trabalho de ambos, ou os preparativos para a viagem.

Esse 4 de julho era o que precisávamos. Feriado em plena quinta-feira. Só voltamos a trabalhar segunda-feira.

Parece um sonho, não?

Deixo Kall no hotel para animais, com o coração na mão, mas assim que o deixo lá, ele logo se enturma com os outros cães.

Ok. Vai ficar tudo bem.

Digo isso para mim mesma enquanto entro na minivan que o Dylan pegou emprestada da irmã, Dom senta ao meu lado. Lauren vai na frente com o Dylan, Joanne e Travis no banco atrás da gente.

Poucos minutos depois de partimos, Lauren e Dylan começam a discutir.

— Meu Deus, você sabe mesmo dirigir esse carro? Deixa que eu dirijo.

E assim eles param o carro no acostamento da I-95 S, para trocarem de lugar.

Reviro meus olhos, parecem duas crianças. Coloco meus fones de ouvido e seleciono a música River, da Bishop Briggs para ouvir. Dom se inclina um pouco sobre mim, passando seu braço sobre o meu ombro.

— O que você está ouvindo?

— Ouça. — Passo um fone para ele.

Cale a boca, querido, e mostre a que veio
Mãos santas, elas me tornarão uma pecadora?
Como um rio, como um rio
Cale a boca e me percorra como um rio
Sufoque esse amor até as veias começarem a estremecer
Um último suspiro até as lágrimas começarem a secar
Como um rio, como um rio
Cale a boca e me percorra como um rio

— Isso é um convite? — Seus olhos me devoram.

Engulo em seco. Meu coração acelera com um simples olhar seu.

Dom coloca disfarçadamente uma mão sobre o meu joelho. Respiro fundo e aperto minha bolsa sobre meu colo. Uso todo o meu alto controle para não gemer, quando sua mão vai em direção a minha calcinha. Tento fechar minhas pernas para impedir seu acesso, mas ele não permite. Habilidosamente, Dominic afasta o tecido da calcinha e começa a me acariciar, seus olhos nunca deixando os meus.

— Dom... Não.

— Shhh...

Não ouse dizer, não ouse dizer
Não diga, não ouse dizer
Uma simples respiração vai quebrá-lo
Então cale a boca e me percorra como um rio

A música torna tudo ainda mais intenso.

— Que porra vocês estão fazendo aí atrás?

Dylan vira sua cabeça em nossa direção. Sei que minha bolsa no meu colo o impede de ver alguma coisa, mas com certeza meu rosto vermelho deve denunciar tudo.

Para piorar a situação, Dom não tira a mão. Simplesmente continua a me acariciar.

— Ouvindo música. — Dominic dá de ombros, inocentemente. — Uma música muito boa, aliás. Acabou de virar a minha favorita.

Dom enfia um dedo lentamente em mim, não consigo evitar e acabo soltando um pequeno gemido.

— É realmente uma música ótima. — Consigo falar num fio de voz.

Dylan estreita seus olhos, mas acaba se virando para frente.

Tiro a mão de Dom da minha calcinha.

— Seu louco!

Ele apenas sorri maliciosamente e lambe seu dedo.

Aquele dedo .

Ligados ao Passado (Degustação)Where stories live. Discover now