9 - Sufoco

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Olá, querides, tudo bem? Estamos de volta ❤️❤️❤️

Alguns dias pareciam ser sempre mais divertidos que outros, principalmente quando os bebês estavam mais tranquilos e risonhos como naquele

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Alguns dias pareciam ser sempre mais divertidos que outros, principalmente quando os bebês estavam mais tranquilos e risonhos como naquele. 

Eijiro parou em um sinal de trânsito e olhou pelo retrovisor, encarando sorridente seus três pequenos tesouros, cada qual ocupado com algo. Hideki, no banco atrás do passageiro,  estapeava o vidro com a mão babada, resmungando com a paisagem. Hikari, na cadeirinha posicionada no meio do banco, olhava curioso para o próprio cinto de segurança, balbuciando enquanto o tocava, aparentemente muito ocupado em analisar. E no banco atrás do seu — podia ver pelo espelho especial — estava Naomi, com o semblante emburrado, resmungando com ninguém em especial. Nada fora do comum, ela fazia isso muitas vezes e não significava que estava irritada, apenas lhe era natural. 

Todos estavam lindos, com conjuntinhos combinando com as pequenas crocs que estavam usando. Verde para Hikari, amarela para Hideki e azul para Naomi. Tão fofos combinando com o papai e suas crocs vermelhas que não se cansava de suspirar. 

O som da buzina atrás o fez acordar para o sinal que tinha aberto e ele tonou a dirigir, chegando em casa em poucos minutos. Levaria os bebês para dentro de casa e, assim que Katsuki chegasse, voltaria para descarregar as compras. 

— Vamos preparar uma surpresa para o papai? — voltou-se para eles assim que destravou o cinto  e Hikari e Hideki ergueram as mãozinhas animados, batendo palmas e o fazendo explodir de fofura. 

Seus bebês eram tão fofos, enchiam seu coração de orgulho. 

Desceu do carro, batendo a porta com leveza, pronto para abrir a porta de trás quando recebeu uma ligação que o fez parar para atender. Era um serviço de postagem, apenas atualização de dados que poderia responder mais tarde. 

Antes que pudesse explicar para o atendente a impossibilidade de realizar aquilo naquele momento, ouviu o som abafado de click e seu sangue enrigelou. Esqueceu o celular e rapidamente vasculhou os bolsos da calça em busca chave, constatando, para o seu desespero, que havia deixado no banco do passageiro. 

Voltou para averiguar a situação e encontrou Hikari solto, de pé no vão entre as duas poltronas. Apoiava-se nos bancos para não cair, balançando as perninhas como se fosse pular embora ainda tivesse pouca coordenação motora para isso. De alguma maneira ele havia conseguido abrir a trava e se desvencilhar do cinto, liberando-se e Eijiro acharia linda essa evolução do filho não fosse o fato dele ter travado as portas do carro com ele fora e a chave dentro. 

As janelas estavam fechadas, com exceção da do banco do passageiro, com uma brecha pela qual não passariam seu braços. Seu coração quase parou de bater e seu estômago revirou de ansiedade a medida que se dava conta da seriedade da situação. 

O que diabos deveria fazer? 

— Hikari, olha para o papai, bebê! — bateu no vidro chamando a atenção do filho que olhou para si sorrindo com os quatro dentes à mostra — Isso, filho, pega a chave e dá para o papai. 

Nosso Segredo (livro 2)Where stories live. Discover now