14 - Angústia

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Eu sei, está sendo tudo muito súbito, mas essa é a intenção, amores. Espero que gostem da segunda att de hoje 💗💗💗

Eu amo esse presente da CecySazs,pqp

O estômago de Eijiro revirava furiosamente devido a ansiedade que fazia sua boca secar

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O estômago de Eijiro revirava furiosamente devido a ansiedade que fazia sua boca secar. Em resposta a sua angústia suas mãos e dedos tremiam sem parar e ele não conseguia controlar o cacoete que o fazia balançar a perna incessantemente.

A sua frente Bakugou apenas se alimentava tranquilamente, sem se incomodar com o que estava por vir. Não podia negar que uma parte de si temia, afinal não deixava de ser uma cirurgia, mas se mantinha calmo, aguardando o desfecho daquela que seria sua última incursão naquela via tortuosa chamada gestação, e por All Might, ele mal podia esperar para se ver livre do útero de uma vez por todas. Em breve não haveria mais peso extra, nem o risco de engravidar novamente.

Observou o esposo se levantar, andando de um lado ao outro do quarto, sem saber direito o que deveria fazer com as próprias mãos que, ora apertava uma contra a outra, ora levava aos cabelos, ou boca, rosto, quadril, enfim, qualquer lugar que o ajudasse a aplacar a ansiedade que estava consumindo-o.

Ele ligou para a casa perguntando como estavam os filhos, tentou ler, assistir televisão e até mesmo descansar na poltrona, tudo sem sucesso. Não conseguia se concentrar, nem manter-se quieto.

Bakugou permanecia deitado de maneira reclinada, com o celular em uma mão enquanto a outra repousava sobre a volumosa barriga, que para o seu contentamento não havia crescido tanto. Pelo canto de olho ele podia ver o esposo se mover, olhando para si como se fosse se despedir para nunca mais voltar e aquela inquietude o estressou a ponto de falar sem pensar.

— Eijiro, ou você senta e sossega ou vai sair daqui. — avisou sério.

O ruivo aproximou-se temeroso, sentando na cadeira ao lado em um movimento lento. Era óbvio que manter o silêncio era algo impossível para ele naquele momento. Eijiro o fitava o esposo que voltara a atenção para o celular, inquieto, aparentemente com vontade de falar e provavelmente fazer a mesma pergunta que já tinha feito um milhão de vezes.

Katsuki sabia que era apenas questão de tempo e contou mentalmente. 

3...2...1...

— Eu sei que já perguntei isso...

— Um monte de vezes — Katsuki pontuou sem olhar para ele concentrado em responder um amigo por mensagem.

— ... sim, um monte de vezes — concordou buscando coragem para continuar. Passou a língua pelos lábios para umedecê-los antes de continuar — Mesmo assim, Suki, eu preciso perguntar de novo. Você tem certeza de que prefere que seja assim? Eu posso fazer uma vasectomia e não vai ter problema, e você nem vai precisar passar por uma cirurgia.

A preocupação dele era válida e a opção de se submeter ao procedimento para poupar Katsuki um gesto atencioso que ele dispensava.

— Você sabe que vasectomia nem sempre é segura. Vai que essa merda dá errado e eu acabo engravidando de novo, prefiro não arriscar. — respondeu a uma mensagem de Deku perguntando sobre como estava com um emoji de dedo do meio — Sem contar que eu sempre quis retirar o útero, não vejo porque não deveria aproveitar.

Nosso Segredo (livro 2)Место, где живут истории. Откройте их для себя