2.8 - Ozzy Osbourne

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— Colson?

Olho-o confusa. Ele deveria estar em Ohio, não aqui na minha casa, com meu pai que não sabe de sua existência, merda!

— Colson!— bato no baseado em sua mão, o jogando no chão, e saio encostando a porta e olhando pra trás, me certificando de que meu pai não havia aparecido.

— Ei! Eu acabei de fazer isso!— reclama, me olhando como se eu fosse louca.

— Meu pai tá aqui!— minha resposta é o suficiente para o fazer prestar atenção em outra coisa que não seja maconha, ele me olha com uma pontada de susto e assente lentamente com a cabeça. — Quer mesmo dar essa primeira impressão?

— Que saco. Prefiro continuar conhecendo só a sua mãe. — revira os olhos e pega o cigarro do chão.

Quando ele volta a me olhar que lembro que nem o cumprimentei, o que me faz sorrir pra ele e abraçar sua cintura, pegando-o de surpresa.

— Senti saudades. — declaro quando seus braços me envolvem de volta.

— Também senti.

— Não era pra você estar em Ohio? E a Casie?— me afasto para olhar em seu rosto, preocupada com a garota.

— Casie está com a mãe dela, não precisa se preocupar. — faz uma pausa para me beijar de leve. — E como eu tenho algumas coisas pra resolver por aqui, eu decidi visitar minha namorada no aniversário dela.

Deixo mais um selinho em sua boca e completo com um: — Fofo.

— Eu tento. — diz convencido.

Solto uma risada curta e dou um tempo para digerir a informação de que ele está aqui, sentindo aquele sentimento pesado de saudades evaporar do meu corpo, dando lugar á leves arrepios e o calor bom que Colson me causa. Subo minhas mãos pro seu rosto, arrumando suas sobrancelhas com meus polegares enquanto ele me olha atentamente com um sorriso fechado, retiro sua franja do caminho e acaricio seus cílios fazendo suas pálpebras tremerem mesmo fechadas, sentindo sua respiração quente e suave bater no meu rosto, no nosso pequeno — e raro — momento de paz.

— Quer conhecer meu pai primeiro, ou trocar os presentes?

— Hmm — finge pensar, me fazendo rir e bater fraco em seu ombro. —, seu pai primeiro... Se terminarmos não tenho que pedir o presente de volta.

Rio e abraço-o mais um pouco, nos balançando lentamente de um lado pro outro, ouvindo a Mariah Carey ser trocada pelos gritos de Vince Neil.

— Ele tá vindo. — murmuro.

— Quem é, Makena?— pergunta e eu me separo de Colson e abro a porta antes que ele pudesse aparecer. Seu cenho e lábios se franzem e sua cabeça se inclina minimamente pro lado, confuso, se aproximando de nós. — E você é?

— Colson. Colson Baker. — aperta a mão do meu pai sem hesitar, com aquela sua pose madura e séria.

— Robbie. — diz apenas, o semblante calmo e indiferente. — Sou o pai da Makena, sua... — não termina, em vez disso reveza o olhar entre nós dois, esperando a resposta da pergunta que ele não teve como fazer porque nem sabia da existência do Baker.

— Namorada. — completo quase inaudível, em uma falsa coçada de nariz e desviar de olhos.

— É uma situação interessante — inicia se encostando no batente da porta, olhando suas unhas. — porque eu fui o último a saber.

Sério? Complexo de pai ciumento — que ele nem tem — agora?

Olho pra cima, sentindo vontade de morrer e pedindo ajuda a qualquer ser celestial que seja só pra me tirar dessa situação.

𝒍𝒐𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒊𝒔 𝒆𝒂𝒔𝒚 - 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕚𝕟𝕖 𝔾𝕦𝕟 𝕂𝕖𝕝𝕝𝕪Where stories live. Discover now