16. Embriagada de amor por Emma Swan.

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Pov Regina

Após a chegada inesperada de David, as coisas ficaram bem estranhas. Não exatamente para ele, que parecia enfeitiçado por Mary e sua figura extrovertida, mas para mim, que não consigo esquecer o escândalo e a agressão cometida contra Emma aqui mesmo nesta mansão.

O fato de não estar presente, quando aconteceu, não me impede de sentir repulsa cada vez que ouço a voz de David. Minha namorada também ficou claramente desconfortável e o motivo foi, com certeza, o mesmo.

Felizmente, as recordações engraçadas sobre os antigos natais dos Swan contadas por Jefferson e as animadas histórias de Mary, acerca das suas inúmeras viagens, acabaram sendo responsáveis por manter o clima ameno, apesar da presença pesada do meu ex.

Agora estamos, Emma e eu, sentadas em espreguiçadeiras colocadas próximo à piscina, assistindo a interação dos outros, que se divertem na água.

— Você está bem, meu amor? — Pergunto, ao vê-la muito pensativa.

— Sim. Só estava imaginando até quando vai durar esta situação desagradável com David. — Responde, um pouco desanimada.

Coloco minha mão sobre a dela, repousada no braço da cadeira, numa tentativa de lhe transmitir confiança.

— Talvez não demore tanto. Tenho a leve impressão de que o seu irmão descobriu um novo interesse. — Insinuo, olhando sugestivamente para Mary, e Emma acompanha meu olhar.

— Ah, isso é antigo. — Sorri. — Mary é um dos principais motivos dessa raiva que ele sente por mim. — Esclarece, voltando a me encarar.

— Não me diga que você também roubou ela de David... — Sugiro com tom divertido.

— Eu não roubei você dele, mocinha, assim como não roubei ela. — Refuta à sugestão, encostando-se na cadeira e esticando as pernas. — David sempre foi apaixonado por nossa prima, mas tinha medo de confessar e ser rejeitado, ou até mesmo de que nossos pais não permitissem o envolvimento dos dois. Então, ele não gostou nada de saber que ela e Eric estavam namorando. Na verdade, nunca me perdoou por isso.

— É uma banalidade David se colocar como a grande vítima das circunstâncias desde sempre. — Enfatizo, fitando-o.

Ele e Jefferson brincam na piscina. Um jogo bobo de espirrar água no outro que demonstra duas coisas: o quanto eles são no fundo duas crianças, e que já não guardam mágoa pelos socos que trocaram.

Ficamos um tempo observando essa interação. Então, vejo a expressão levemente melancólica desenhada no belo rosto de Emma. Suponho que a cena a faz recordar momentos parecidos, nos quais, talvez, compartilhasse da brincadeira dos irmãos.

— Regina, vou pegar algo para comermos. — Avisa, já se levantando. — Você já tomou muitos desses coquetéis de camarão. Não é bom que faça isso sem se alimentar direito, pode acabar ficando mal e não quero nenhuma recordação ruim do primeiro natal que passamos juntas. — Inclina-se e segura delicadamente no meu queixo, beijando-me os lábios com suavidade. — Não se importa de ficar sozinha por um instante, não é?

— Eu ficarei bem por um ou dois minutos. Depois, sentirei saudades. Portanto, não demore!

Ela abre um sorriso mais iluminado que o sol, fazendo um leve carinho no meu queixo.

— Prometo que volto logo, mas vou aproveitar para ver como mamãe está, pois não a vi hoje. Ontem ela não pareceu muito bem depois do jantar e antes de virmos para cá, ainda não tinha saído do quarto.

Emma entra na casa, porém não tarda para que eu seja surpreendida por uma molhada, vermelha e sorridente Mary Nolan, sentando-se na cadeira outrora ocupada pela minha namorada.

The Lady In My Life [SwanQueen]Where stories live. Discover now