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|• Antonella Sanromán

- Bom dia! - Minha assistente diz toda animada enquanto eu tento me levantar brevemente porém, sem sucesso. Estou enjoada.depois de comer comida japonesa e tomar bebida alcoólica, parece que um caminhão passou por cima de mim. Não tem sigo dias fáceis desde que comecei a ter um cargo de extrema importância na empresa.

- A noite de ontem definitivamente, foi dura. - Eu digo debruçada sobre a mesa a minha frente. Não consegui ir para casa, acabei caindo no sono mais profundo possível.

- Está tudo bem? Quer um café?

- Por favor Lizze, eu preciso me recompor. Tenho uma reunião em cinco minutos. - Eu digo.

- Tudo bem! - Ela falou amigavelmente saindo.

Eu ainda consegui tirar um cochilo, mais aquilo não era o suficiente. A noite de ontem me deixou estressada, muitos problemas na empresa, a bolsa de valores que muda a cada momento...as edições caindo, meu deus que loucura.

Preciso me lembrar de nunca mais beber e revisar planilhas. Para ser sincera eu nem sei o que me aconteceu ontem, só sei que acordei na minha cama, bem coberta.

Não tenho mais meu pai para me acordar então, minha mãe fez esse papel hoje. Ela anda tão estranha ultimamente, mais sempre me alertando para tomar cuidado com a minha prima, que a propósito, disse que viria hoje novamente.

Estou pronta para a mandar embora novamente, ela não cansa de me estressar. Minha paciência está em um modo oculto hoje.

- Precisamos de uma festa, uma festa pode ajudar! Uma campanha colaborativa...- Eu digo enquanto raciocinava lentamente. - Meu Deus que droga, eu terei que fazer uma festa colaborativa...não é má ideia!

Porta aberta e fechada com uma velocidade rápida, encaro a fica a minha frente. Me levanto me mantendo sã, arrumo meu cabelo e respiro fundo. Sarah, ela estava aqui e eu sabia que não era por boas notícias.

- Quero falar com você. E eu estou furiosa, por sair da minha casa só para vir aqui. Não atende meus telefonemas, você acha que sou algum tipo de colega seu que você pode simplesmente esquecer da existência? - Ela diz de forma rude e eu a entendo, mas meu celular vive no modo silencioso. Eu quase não o uso, para ser sincera.

- Me desculpe. Dois cafés, por favor.- Peço para a minha secretária que apenas concordou nos deixando a sós. Sarah acompanhou a saída dela com os olhos, se mantinha de expressão fechada. Eu realmente não sabia oque estava acontecendo.

- Você acha que isso aqui, realmente é uma matéria a se colocar na nossa revista?- A mesma diz jogando uma matéria em que Lou, havia escrito. Sobre inclusão, não havia nexo em Sarah estar aqui fazendo todos este show por uma publicação que significa muito para tantas pessoas.

- Não entendi...é inclusão. Vivemos em um mundo de diferenças...

- Em que mundo de diferenças você vive? Você é alguém da alta sociedade, quando viu algum tipo de inclusão? Já olhou os empregados da sua casa?- Perguntou de forma rude.- A Vogue, ela so se disponha a escreve sobre isso quando está sendo ovacionada pelo público ou pela mídia. As pessoas não estão interessadas nisso, aqui na Itália! Eles querem corpos, magros, bonitos e dicas de como tornar mulheres significativamente cultas, chics, enaltecidas. Old money...não inclusão.- Ouvir todas as quelas palavras me fez questionar tantos pontos de vista, era uma forma tão rude e indelicada dever aquele cenário que me sinto na obrigação de rebater.

- Está se mostrando uma mulher preconceituosa, Sarah. Grandes marcas se renderam a inclusão social, só porque somos uma empresa de renome não temos o porque continuar na mesmice. São décadas, vendo as mesmas coisas, as mesmas modelos, as mesmas dicas de moda! O mundo mudou.

Obsession | Paulo Dybala / EM REVISÃOWo Geschichten leben. Entdecke jetzt