Selva Urbana - Romance Gay

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     A sala de reunião dos Morozov estava em completo silêncio. Ao todo oito Chefes de setores distintos dentro da Organização estavam em volta do Líder, que tinha a seus pés, o seu favorito Fei, um belo garoto que teve o azar de ser vendido pelo próprio pai. Olhei rapidamente para o belo garoto e logo pensei que era esse tipo de destino que o meu Jacques teria caso eu tivesse que cumprir com todas as determinação do meu Líder. 

     " Isso jamais vai acontecer, não se eu puder evitar... E juro que farei até o impossível para que isso jamais seja uma realidade na minha vida e na do meu Jacques "

     Esse foi o pensamento que tive em fração de segundos e por mais que o momento não permitisse divagar tanto, mesmo assim fiquei pensando numa saída para evitar de uma vez por todas essa triste realidade, que fatalmente veria acontecer se não tomasse alguma medida contrária.

     O olhar de Dimitri e Oleg ao verem o irmão ser morto era algo dúbio. Se Oleg estava quase marejando os olhos com as cenas cruéis a que seu irmão caçula foi submetido, Dimitri parecia gostar do que via e se eu não tivesse louco, ele bem que poderia estar pensando que ele mereceu cada sofrimento que teve que suportar antes do seu final.

     O castigo mostrado na tela foi algo surreal. Houve crueldade e maldade na medida certa, e quando o corpo do do Morozov mais novo foi lacrado num saco preto, a voz gélida de Dimitri se fez ouvir...

     _ Por que não obtive nenhuma resposta até agora, senhores?

     Ninguém ousou falar nada. Nos entreolhamos e esperamos pelo resto... Dimitri sempre tinha algo a mais a dizer...

     _ Eu esperarei até amanhã neste mesmo horário - Ele consultou o relógio de pulso e voltou a falar - Exatamente Às 11h40 da manhã para que um de vocês me dê uma resposta, ou me tragam os corpos destes malditos negros. Caso isso não aconteça tomarei isso como uma grave desobediência ao seu Líder. Ninguém... Ouçam bem todos vocês... Ninguém derrama o sangue de qualquer Morozov sem que arque com todas as consequências desse ato. Agora saíam e não esqueçam de voltar amanhã com minhas respostas, ou algo muito ruim começará a acontecer dentro desta Torre.

     Todos nós, e ao mesmo tempo, nos levantamos, o saudamos e afastamos as cadeiras para começar a sair da sala. Sua voz voltou a ser ouvida...

     _ Menos você, Pietr.

     Os demais me olharam de imediato. Eu coloquei a máscara mais sombria que pude colocar no meu rosto e voltei a sentar 04 cadeiras depois dele. Oleg foi o último a sair. Ele olhou pro irmão que olhava o vazio, me fitou e saiu fechando a porta logo em seguida. Esperei mais um minuto e ele logo disse:

     _ Não acredito, meu amigo, que a morte de Maxim seja por conta de qualquer retaliação pelo que fizemos ao Gerard Bresson. A única que poderia fazer algo contra nós está neste exato momento apodrecendo debaixo da mesma terra que meu irmão. Só que ela tá na porra de um Mausoléu e meu irmão numa porra de cova rasa, só Deus  sabe onde. A coisa toda é uma loucura. Onde diabos foram arranjar esses negros? Academia de boxe? Plantações de cana? nas minas de extração? No quinto dos infernos? E quem fez a droga da filmagem? Qual o propósito disso? Juro pra você, amigo, que minha vontade e pegar cada um dos Vaziliev e estrangula-los lentamente com minhas próprias mãos...

     _ Sem uma prova, Senhor? Seria muito arriscado. Apesar de toda nossa rivalidade, há um pacto entre as famílias. Meu pai me disse que é como se fosse uma espécie de Código de Honra firmado entre as 06 Família que vieram pra Laguna Bay e aqui começaram a prosperar e marcar seus territórios. Infelizmente eles parecem estar focados apenas nos negócios em que estão envolvidos e nós os deixamos explorar... E se o Senhor não se ofender com o que lhe direi, Maxim era odiado por várias pessoas das Famílias, por conta dos seus atos e gostos.

     _ Obrigado, Pietr por me lembrar disso tudo. parece que nossa vida terá que seguir adiante, não é mesmo?

     _ Sim, Dimitri. O Senhor sabe que tem um grande Império nas mãos e ele não pode ficar sem um Líder. Seu irmão já se foi e caberá a cada um de nós honrar sua memória e não descansar até que o culpado de toda essa barbaria seja capturado e punido.

     Dimitri levantou e se dirigiu em minha direção. Eu também levantei e esperei o que poderia vir daí. Ele apenas me segurou pela nuca, me fitou cheio de intensidade e selou nossos lábios. Senti nojo do seu contato. Ele logo afastou de mim e disse:

     _ Você assumira todas as funções e controle dos territórios que Maxim supervisionava em meu nome. Mais antes disso quero que você traga o jovem Jacques Bresson. Ele se virou e começou a andar pela sala enquanto falava... _ Darei uma enorme festa no próximo dia 28. Eu e meu Fei nos casaremos na tarde desse dia. Você sequestrará o jovem Bresson, o manterá em cativeiro e cuidará dele e zelará pela sua bunda até a hora da minha noite de núpcias. Eu e meu marido iremos fazer muitas coisas com aquele belo jovem. Já posso até imaginar o quanto que o farei gemer. Ele na verdade vai gritar, vai engasgar com minha pica cravada em sua garganta, vai implorar para que eu pare de lhe dar tapas no rosto. O desgraçado se calou e pegou no membro que começara a crescer. Em seguida disse: _ E enquanto eu me divirto com ele, meu amado lhe chupará o cu até que eu o mande parar e possa finalmente tomar posse do seu corpo e romper sua virgindade. Pra azar do garoto, eu demoro muito a gozar, amigo...  E quando finalmente acabar com ele, depois de várias gozadas, o jogarei nas ruas dessa cidade, que logo se tornarão o seu novo Consultório Dentário, e ao invés de cuidar da boca dos outros, ele usará a sua para nos dar muita grana.

     Ouvir tudo isso e saber que seria exatamente assim que aconteceria, me deixou nauseado. Senti uma leve tontura e segurei na mesa para não matar o desgraçado naquele mesmo instante e tão lentamente como ele acabara de descrever de que maneira mataria o assassino do seu irmão caçula Maxim. Ele me olhou com o ar de um louco, sorriu e logo me lembrei do grande  Ator Jack Nicholcon no filme O Iluminado, quando ele faz um buraco na porta do quarto onde sua esposa está e espia lá dentro. Claro que também sorri enquanto meus pensamentos rodavam na minha cabeça na velocidade da luz ... " Você nunca porá as mãos nele, seu maldito desgraçado "...

     _ E quando devo trazer o jobem Bresson, Senhor? Foi tudo que consegui dizer com a voz ainda firme.

     _ Temos menos de 10 dias, amigo. O dia que ele sumirá do mundo não importa. Você só deve mantê-lo em segurança e zelar por ele até que o convoque durante minha festa. E não esqueça, Pietr... nada de marcar o corpo do garoto. Eu quero ter esse prazer pessoalmente. 

     _ Será feito, Senhor.

     Ele voltou até onde eu ainda estava parado, me abraçou e disse:

     _ Você agora é o meu irmãozinho, Pietr. Nos honre como seu velho pai fez um dia, e mais do que Maxim o fez.

     Lembro de fazer uma reverência e me preparar para sair. O vi voltar para sua cadeira...

... Puxar a coleira até trazer para junto de si o belo garoto que ficara ao pé da mesa durante todo o nosso diálogo privado, colocar o imenso membro já ereto pra fora e o mandar chupar.

     Já no carro o meu único pensamento era que eu tinha menos de 10 dias para matar o desgraçado, ou sumir com meu lindo Jacques para algum lugar do mundo....

... Assim que mandei a mensagem e o vi saindo pelo portão da casa de onde um dia fui enxotado, ele logo me viu e abriu o mais belo sorriso que jamais vi em alguém em toda minha vida. Destravei a porta do carro, ele entrou e sem perder tempo me deu o melhor beijo da minha vida.

     Seu gosto era delicioso. Seu cheiro logo me deixou embriagado, e quando ele soltou minha língua, selou meus lábios e disse:

     _ Posso te pedir uma coisa, amor?

     _ Deve, meu coração...

     _ Promete que nunca vai me deixar?

     _ Eu prometo. Você sempre me terá a seus pés.