CAPÍTULO 6

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🌻

Eu sentia que esse sábado seria incrível. Nem me importava de estar extremamente cansada, pois além de voltar tarde do Palácio ontem, acordei cedo. Eu estava tão animada que nem consegui dormir.

Eu me sentia ansiosa, iríamos para o orfanato somente a tarde, mas eu já me sentia muito energética.

Eu amava crianças.

Quando eu tinha entre treze e quatorze anos trabalhava de babá para os filhos dos meus vizinhos enquanto mamãe ficava na lanchonete. Foi dessa maneira que consegui ir juntando um pouco de dinheiro.

Desci as escadas pulando de dois em dois degraus e cheguei rápido na cozinha.

"Alguém está muito animada, acordou cedo", mamãe falou quando me viu na porta.

"Não estava conseguindo dormir", dei um beijo em sua bochecha, "bom dia"

"Bom dia, vai tomar café agora?", assenti, "qual o motivo dessa felicidade?"

"Vou para o orfanato com o Henry hoje a tarde, para comemorar a reforma, acho que a alegria das crianças já esta me contagiando", me sentei, "Ei, posso levar a Luna? Acho que a Grace vai estar e ela vai amar brincar com as crianças"

"Claro, eu já ia mesmo me encontrar com a Amber hoje"

"Vocês duas juntas são um perigo"

"Nada com que você deva se preocupar", riu, "aliás, o que vocês fizeram ontem?"

"Ah, contratamos uma cerimonialista, ela levou alguns arquivos para olharmos"

"Já contrataram uma?", ela disse e eu me lembrei de que não tinha dito a ela que já decidimos a data do casamento.

"Ah, esqueci de te falar, o casamento é daqui a dois meses, em novembro"

"Novembro?", se assustou.

"Será no dia da coroação, para fazer os dois juntos"

"Eu só tenho dois meses com o meu bebê?", eu ri.

"A senhora fala como se eu fosse para o outro lado do país"

"Dá no mesmo", tomou um gole de seu café, "eu acho que já te disse isso, mas estou orgulhosa de ti", eu sorri.

"Obrigada", segurei sua mão por cima da mesa, "vou me apressar para adiantar algumas coisas", disse depois de um tempo.

[...]

O carro parou na entrada exterior do Palácio, fora dos muros. Luna estava comigo no banco de trás, olhou animada para a porta ao seu lado onde entrou Grace, e abrindo a porta ao lado do motorista entrou Henry, sorrindo contrariado pelas duas crianças tomarem o seu lugar ao meu lado.

Não nos falamos pelo caminho inteiro, diferente das duas garotas ao meu lado que não paravam de falar o que fariam assim que chegassem no local.

Depois de alguns minutos o carro parou de frente à uma grande casa com grades de ferro na entrada e um lindo e enorme jardim que parecia contornar todo o prédio.

Os seguranças abriram nossa porta e nos ajudaram a se manter um pouco distante dos repórteres e algumas pessoas que estavam na entrada.

Como Ser Uma Rainha - LIVRO 2 | CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now