Capítulo 13

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WINX! QUANDO DAMOS NOSSAS MÃOS

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PoV. Louis

— A resposta é a D. - falei.

— Claro que não. - Perrie Edwards retrucou - Com certeza é a C.

A sala toda tinha sido dividida em duplas para um teste que a professora passou. Perrie e eu acabamos juntos.

O que resultou em meia hora só de discussão na primeira pergunta. Agora na segunda, acontecia a mesma coisa.

Bufei, me ajeitando na cadeira.

— Perrie, eu já estudei essa matéria ano passado. - apontei para a tela do notebook em cima da mesa - Sei do que estou falando.

Ela me olhou feio.

— Você claramente não sabe. Senão não teria reprovado.

— Isso foi rude e desnecessário. - comentei.

Perrie era uma moça bonita, de cabelo loiro rebelde, lápis preto ao redor dos olhos, destacando as orbes azuis. Ela tinha recentemente colocado piercing na narina direita.

Seu uniforme consistia em camisa social branca, gravata vermelha e calça estilo jogger também vermelha. Não batia com o estereótipo de líder de torcida.

E ela também lutava boxe, então eu meio que tinha medo dela.

Perrie afundou na cadeira, frustrada com nosso empasse na questão. O movimento brusco foi seguido por uma pequena careta.

— Tudo bem aí? - perguntei.

— Tudo. - ela respondeu na mesma hora. Sua mão com esmalte preto tocou o ombro.

— Seus pais estão pegando pesado no treinamento? - tentei, não querendo deixar ela irritada.

Os pais de Perrie, Debbie e Alexander Edwards, eram boxeadores famosos. Por isso, eles meio que obrigavam a filha a treinar diariamente.

Eu achava uma completa idiotice.

— Nós conversamos sobre nossos pais agora? - ela ergueu uma sobrancelha para mim.

— Qual é, Pezz? Se tem alguém que te entende, sou eu.

Só que meu caso é um pouco mais obscuro, pensei. Mas não comentei isso.

— É sobre o boato da traição? - questionei.

A Coruja tinha dito que Alexander e Daryl Clifford, o pai de Michael, tinham brigado por uma traição no casamento. Imaginei que a família estivesse com problemas desde então.

Perrie negou.

— Meus pais fizeram negócio com seu pai. - ela contou.

Senti uma estalactite de gelo descer por minha barriga. Eu sabia que tipo de negócios meu pai fazia.

— Porra. - sussurrei.

— Pois é. - ela assentiu, ainda encarando a mesa - Eu não gostei e eles fizeram o discurso de sempre, sobre eu não saber o que estou falando e blá blá blá.

Assenti, nas poucas vezes que Perrie contava sobre os pais, essa parecia sempre ser a desculpa deles. Sobre a filha não ter capacidade para tomar decisões.

— Você já pensou em se emancipar deles? - perguntei.

Ela ficou em silêncio por uns segundos, antes de sussurrar:

— Eu não conseguiria.

A encarei.

— Por quê?

Just Like FireUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum