Leonor
Após ter calçado as minhas sapatilhas, vesti apenas um casaco por cima e peguei na mala, retirando-me do quarto.
Não sabia o que tinha dado na cabeça da Rebeca para irmos ver uma concentração de motas. Não era fã dessas coisas, mas pelo que soube, até achei um pouco interessante.
Ao fechar a porta às chaves, abri a porta de trás do carro da Marina e pude ver as três raparigas. Disse-lhes um olá geral e coloquei o cinto.
O caminho foi bastante tranquilo.
Íamos falando sobre o que poderia acontecer, causando algumas gargalhadas dentro do carro. O que me fez abstrair, pois precisava.
(...)
Aproximamo-nos do local, observando as várias motas que circundavam a pista. Faziam vários movimentos, e saltos por cima.
Na minha perspectiva, quase se matavam pela forma de andar.
A Rebeca parecia estar mais interessada visto que não se calava. Ainda dizia que não se importava de experimentar uma voltinha.
Na verdade, também não me importava pois ao vê-los a andar naquela velocidade aumentava a minha ansiedade de experimentar.
O que não era normal.
Até um dos rapazes parar a mota, visto que a partida tinha acabado.
- Olá chicas. Bem... - olhou para as quatro - Deixem que me apresente. Eu sou o Lorenzo. - mostrou um sorriso -
Acabamos por nos apresentar e pelo que demonstrava ser, parecia ser bastante simpático.
- Hum...olhem, eu volto já. Vou só ao bar beber algo. Vocês querem?
- negamos. -- Ó bonitinho, dá para dar uma volta?
- questionou a Rebeca -- Claro. Mas porquê, vocês querem?
- Aqui a minha amiga quer. - agarrou no meu braço, levando-me a lançar um olhar meio envergonhado -
- É? - assenti, afirmando - Fixe. Então esperem por mim, eu venho rápido.
Quando o rapaz saiu, juntou-se ao amigo que ia mais á frente. Olhei para a Rebeca chocada e a mesma encolheu os ombros, sorridente.
- É bonito ele. - concordei com a morena - Vais ser cá uma sortuda, Leonor Garcia. Nem te digo nem te conto.
- Não. Não posso pensar nisso, sequer. Já me basta estar chateada com o Ander não quero que ele saiba isto.
- Outra vez? - perguntou a Nádia -
- Pelos vistos. - encolhi os ombros - Mas não quero falar disso. Não vamos estragar a nossa tarde com rapazes.
- Claro, que por acaso vais andar de mota com um. - gozou a Marina - Mas vê lá, cuidado. Aquilo pode ser perigoso, não sei se confiava.
- Relaxa. É para me divertir. Não é isso que vocês querem que faça sempre?
Não há nada melhor que dar uma voltinha numa mota daquelas.