Capítulo 7

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Anastasia

— Ana, querida, já ia bater no seu quarto. — mamãe atravessa o hall de entrada e espera que eu acabe de descer as escadas.

— Algum problema? — pergunto apreensiva.

Ontem depois que explusei Christian daqui eu me tranquei no meu quarto e chorei de raiva por horas. A única coisa que desviou minha atenção de toda essa merda foi meu pai chegando do jantar reclamando de dor no peito. Ele teve um princípio de infarto dois anos atrás e foi graças a Elliot que o pior não aconteceu.

— Não, meu bem, não precisa se preocupar. Seu pai já está bem. — ela murmura e manobra uma caixa branca nos braços para acariciar o meu rosto. — Ele acordou disposto mas vou levá-lo ao Doutor Barker de qualquer maneira. — suspiro aliviada.

— Isso é ótimo, mamãe. Me fale se ele não quiser ir. Posso usar meus truques para convencê-lo. — mamãe sorri para mim.

— Ninguém consegue fugir do seu encanto, Ana. Acho que é por isso que mandaram isso para você. — ela coloca a caixa nos meus braços, sorrindo abertamente.

— Quem mandou? — ela dá de ombros.

— Não sei. Estava indo chamar seu pai no escritório para o café e Donna me entregou isso. Está endereçado a você, por isso não abri. — ela se aproxima e me dá um beijo na testa. — A mesa estará posta em meia hora.

Balanço a cabeça e giro nos meus calcanhares. Subo as escadas  correndo, encontrando com Antonella no meio do caminho. Ela já está perfeitamente maquiada, provavelmente para ir para a empresa.

— Bom dia, Ana. — ela sorri, se inclinando sobre mim para me dar um abraço.

— Bom dia, Antonella. Está linda. — ela dá de ombros com um sorriso convencido.

— Obrigado, irmãzinha. Não vai tomar café conosco?

— Vou, claro. Só vou deixar isso no meu quarto e já desço. — ela lança um olhar curioso para a caixa nas minhas mãos, mas não fala nada.

— Tudo bem, então. — minha irmã sorri novamente e volta e descer as escadas, entrando na sala.

Ontem à noite ela foi até o meu quarto perguntar se eu estava bem e se precisava de alguma coisa, mas na minha ausência de respostas ela me disse para chamá-la caso precisasse de alguma coisa e me deixou em paz.

Antonella está realmente tentando concertar a nossa relação problemática. Ela está finalmente se comportando como uma irmã mais velha que estende a mão e está lá sempre que preciso.

Entro no meu quarto e fecho a porta com o pé, correndo para a minha cama e abrindo a caixa. Papel de seda envolve o conteúdo e um pequeno bilhete escrito em letra bastão está posicionado no centro.

O vermelho lembra sangue,
já o preto remete a morte.
Isso soa familiar para você?

Puxo o papel de seda, ofegando.

Rosas vermelhas e pretas, algumas despedaçadas ou com os caules cortados enchem a caixa e assustam o inferno fora de mim. Leio o bilhete novamente, buscando um remetente mas não acho nada.

Empurro a coisa horrenda para longe de mim. A caixa escorrega pela colcha e caí no chão, espalhando as flores pelo carpete.

Lo Imperdonable Where stories live. Discover now