10. one day the carpet gets full.

92 13 10
                                    

Não esqueça de deixar seu voto e seu comentário.

Eu não quero mais sentir dor, eu não quero mais. Ultimamente, isso é tudo que está acontecendo. Você tem que aguentar mesmo que doa. Você não deveria chorar. Garota, eu sinto como você. Dói quando você chora. ── SLCHLD, sad love song.

O caminho que Jeongguk costumava fazer do trabalho até sua casa era completamente diferente do qual ele fazia agora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O caminho que Jeongguk costumava fazer do trabalho até sua casa era completamente diferente do qual ele fazia agora. Dentro do ônibus ele acabava não prestando tanta atenção aos redores uma vez que estava entretido com alguma música. Todavia, quando resolvia caminhar um pouco, conseguia notar as diferenças.

Ele morava em um bairro modesto, onde todos os domingos a rua era agraciada com o cheiro da torta de maçã da Sra. Kyung, onde as crianças corriam por toda parte e choravam depois de machucar os joelhos ── o som do choro chegava até o quarto de Jeongguk.

O Sr. Min tinha uma simples loja de conveniência, mesmo assim estava localizada em um bairro "chique". Jeongguk não sabia se era a palavra certa, afinal ele nunca tinha ido a um lugar chique.

Enquanto andava pelas ruas escuras tentava colocar alguns pensamentos no lugar. Pensava sobre o amor e seus tipos. Jimin disse a ele para não se preocupar, mas era algo impossível em sua cabeça.

Na verdade, fazia semanas que uma compulsiva preocupação começou a atormentar sua cabeça. Às vezes o impedia de dormir. Tinha que levantar algumas vezes para ter certeza que Doyoung estava fazendo seu trabalho, caso não estivesse qualquer um poderia invadir o depósito e com qualquer um ele só conseguia pensar em uma pessoa.

As vezes Jeongguk ligava para a mãe no meio da madrugada porque tinha que ter certeza de que ele estava bem. Depois, ele voltou a ouvir a torneira pingar.

Quando Jeongguk tinha doze anos seu pai o bateu pela primeira vez, quando ele tinha treze assistiu Hyunsook apontar uma arma para cabeça de Taehyung. Com quatorze Hyunsook tentou o afogar na banheira.

Não conseguia lembrar bem do que havia acontecido e como, mas podia lembrar claramente da torneira mal fechada. Pingando e pingando. O caos veio depois de uma semana, quando ele se levantou da cama para fechar todas as torneiras da casa, certificando-se de que estavam fechadas corretamente. Ele havia voltado para esse ponto novamente. Podia ouvir a torneira pingando. Era um inferno.

Ao chegar na loja o Sr. Min estava sentado no lugar do outro funcionário enquanto assistia ao jornal da noite. O Sr. Min gostava muito de se colocar a par da situação do mundo.

── Boa noite. ── Jeongguk disse ao entrar na loja e fazer uma reverência ao mais velho e aos clientes em um dos corredores.

── Jeongguk, comprei comida para você. ── falou o grisalho, levantando uma sacola cheia de pequenas caixas.

Jeon sorriu. "Não é possível. Esse homem não existe", pensou.

O Sr. Min tinha sofrido muito na infância e adolescência, tinha meses que em sua casa faltava o básico, como comida ou utensílios para higiene pessoal. Ele entendia Jeongguk, que para si, se parecia muito com quem ele era na infância. As pessoas não o tratavam bem, então sua mãe o ensinou a gentileza. Revidava a dor com gentileza.

lâmpada quebrada || Livro 03. Onde histórias criam vida. Descubra agora