CAPÍTULO 1
PROBLEMA COM AS BOLAS1 SEMANA ANTES DA DEDADA
BROOKLYN, 9:59 HORAS DA MANHÃ
LANCHONETE DA TIA CHANEXATAMENTE 1 SEMANA ANTES DO PIOR ACONTECIMENTO da minha vida e do dia que estou prestes a morrer, acompanhei Curtis até a lanchonete da Chan, uma japonesa um pouco ranzinza que tinha o costume de me chamar de nomes horríveis, o quais eu nem fazia ideia do que significavam ─ E, sinceramente, não quero saber o que significam.
Fazia alguns dias que estávamos investigando uma rede de tráfico, que acontecia a alguns meses em New York. Depois de horas tentando interrogar um dos presos, que, supostamente, tinha uma ligação com o caso, nós conseguimos uma pista interessante que acabou nos levando a Chan.
Particularmente falando, eu não estava triste com a possibilidade de acabar prendendo ela. Além do fato da mesma parecer me odiar, a comida lá é péssima e um verdadeiro perigo pra sociedade. Sem contar que todos os buracos na camada de ozônio devem ter sido causados por ela.
Bom, não todos. Mas acho que 55% sim.
Ela contribui, junto com o restaurante no final da rua.
Tá, ok. Isso não vem ao caso agora.
O ponto aqui é: era para ser algo simples. Chegar lá, investigar o local e, se necessário, levar uma velha caduca pra ser interrogada. Era 9:59 da manhã quando abrimos a porta de vidro do restaurante. O sininho pendurado indicando nossa chegada e atraindo alguns olhares. Curtis fazia questão de mostrar o distintivo para os clientes que estavam sentados.
── Para com isso. ── murmurei para ele pelo canto da boca.
── Parar com o que?
── Para de ficar esfregando seu distintivo na cara das pessoas. ── fiz ele abaixar a mão. ── Não precisam saber que somos polícias.
── Precisamos intimida-los.
── Vamos perder as pessoas que precisamos prender dessa forma. ── coloquei as mãos na cintura e olhei em volta. ── Fica aqui, que eu vou lá, falar com a Chan.
── Negado. Eu vou lá e você fica aqui. ── Curtis tentou passar na minha frente, mas eu o segurei.
── Claro que não. Você é péssimo para abordar pessoas.
── Só faço o que é necessário. Se pegar leve com essas pessoas, elas montam em você como pôneis holandeses.
── Pôneis holandeses? Tá, eu não ligo. Vamos juntos então. Já estamos perdendo tempo demais aqui.
── No que posso ajudar? ── uma mulher na recepção apareceu, asiática assim como a Chan.
── Precisamos falar com a dona do estabelecimento, por favor.
YOU ARE READING
ATYPICAL │ WADE WILSON
Fanfiction𝐀. 𝑮ale O'Malley era um bom policial. Não era um policial exemplar ou algum tipo de anjo da lei, mas fazia bem o seu trabalho e, bom, acho que é isso que se leva em conta. Estava sempre disposto a tudo para prender um bandido e...