I Lov... Hate School

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Muito obrigada a todos que estão acompanhando a história, não esqueçam de comentar e votar.
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   As aulas haviam começado há mais ou menos dois meses e graças à Deus esse era o meu último ano. Tive bons momentos na Kaplan Westwood e sabia que a vida seria bem mais complicada depois que tudo acabasse, mas ao mesmo tempo eu estava cansado de lá.

   Enquanto assistia as aulas chatas do professor de geografia, algo ainda me atormentava: minha terrível (ou maravilhosa?) noite com Harry. Confesso que já haviam passado quase três meses e aquilo não saía da minha cabeça. Durante esse tempo, eu evitei tudo que me levasse até ele, principalmente aquela ruazinha endemoniada quando eu tinha que ir na casa do Niall ou algo do tipo. Aquela rua era um ótimo atalho, me fazia chegar nos lugares bem mais rápido, pena que as coisas tiveram que ser assim. Que drama. As vezes via Harry de longe e fazia o máximo para ele não me ver. Ok, era exagero eu sei, mas acontece que ele era um cafajeste e mesmo eu sabendo disso, fui pra cama com ele, não tive a capacidade de resistir ou de inventar uma desculpa do tipo ''estou com diarreia''. Eu tinha feito aquilo por Stan, o que fazia eu me sentir mais idiota ainda. O grande problema é que Harry me fez sentir coisas naquela noite que até então eram desconhecidas pra mim. Eu estava tão confuso e quanto mais eu pensava, mais eu piorava a situação.

- Então, senhor Louis. Você não respondeu a minha pergunta. - Ouvi o Sr. Thompson dizer, e tipo, que pergunta? Ah eu não sabia, minha cabeça estava longe. Então arrisquei, foda-se: - Hã... É 10. - Falei e pude ouvir a risada de todos da classe.

- Claro, poderia ser 10... - O professor disse. - Se eu tivesse te perguntando alguma conta e se isso fosse aula de matemática ou qualquer outra matéria que envolva números. - Ele respirou, pois havia falado rápido demais como sempre. - Geografia, senhor Louis, geografia.

- Ah, obrigado pelo ''senhor'' me sinto super importante. - O professor me fuzilou com os olhos, mas logo continuou sua explicação.

   Pouco tempo depois bateram na porta da sala e o Sr. Thompson murmurou algo do tipo: ''Droga, adoram interromper minha aula'' e foi abrir.

- Bom dia... - Era a diretora. Mal dia, isso sim. - Espero que todos estejam tendo uma boa aula. - Ela disse formalmente. - Mas vamos direto ao assunto, agora nós temos um ''faz tudo'' na escola, ele vai ajudar o professor Robson de Educação Física, monitorar vocês no intervalo, e se vocês quiserem algum tipo de ajuda, podem falar com ele, mas não abusem claro. Ele vai ficar conosco mais ou menos seis meses. - Coitada dessa pessoa, deve ser um cara tão bom e vai ter que viver nesse inferno. A diretora deu uma olhada na porta e fez um sinal com a cabeça para que a pessoa entrasse.

   PUTA MERDA. Que droga é essa? Eu realmente não consigo acreditar no que os meus olhos estão vendo. Resolvi dar uma de super ninja colocando rapidamente o meu capuz e deitei minha cabeça na mesa. Se eu estava me escondendo? Não... Imagina. Mas foi algo inútil. Totalmente inútil.

- Senhor Louis, você esta bem? - Pude ouvir a voz do professor. Filho da mãe. E quando levantei a cabeça, todos olhavam pra mim, inclusive... Harry, que fez uma cara estranhando o fato de o professor me chamar de Louis, pois para ele eu tinha dito que meu nome era William. Respirei fundo.

- Sim, só um pouco de dor de cabeça. P-p-ode continuar. - Gaguejei quando meus olhos se encontraram com os de Harry. Ele estava parado ao lado da diretora com os braços cruzados, usava uma camisa preta simples, e uma calça jeans escura, o que era raro. Seu cabelo estava num perfeito topete. Ele me olhou e deu um sorriso sacana bem discreto. Desviei o olhar, que diabos ele estava fazendo aqui? Pode ter certeza que o que ele menos precisa é da merreca que essa escola oferece, porque boatos dizem que ele vem de uma família canadense que possui um poder aquisitivo, aí tem algum dedo podre... Pode ter certeza.

   Pude ver as garotas tudo babando enquanto Harry se apresentava. Ridículo. Inclusive ela, a rainha da rainha da rainha da rainha das putas, Julie. Eu odiava essa garota. Odiava.

- Então... - Ele tentou ser um pouco formal, mas aquilo não combinava com ele. - Eu vou estar aqui para o que vocês precisarem, qualquer coisa já sabem, me procurem. - Harry falava isso com um ar do tipo ''Pra tudo mesmo, inclusive, sexo'' - Enquanto eu o ouvia falar, evitava totalmente contatos visuais, tentava me concentrar nos rabiscos que eu havia feito em meu caderno. Aquilo estava estranho o suficiente.

- Para tudo o que a gente precisar mesmo, Sr. Styles? - Julie disse com o cu piscando e o olhando com um olhar malicioso que foi retribuído por ele. Daqui há uma semana todas as garotas daquela escola já estariam em sua cama. Ah e sem contar que Sr. Styles, não combina nada com o Harry.

- Sr. Styles? Hmm... Gostei. - Ele disse. - E sim, para tudo que vocês precisarem mesmo. - Harry sorriu e deu uma piscadinha, em seguida ajeitando algum fio rebelde de seu cabelo, o que fez as garotas babarem mais ainda.

- Ele é gostoso pra caramba, ter uma noite com ele é tudo o que eu mais quero agora. - Ouvi uma garota falando para outra atrás de mim. Eu poderia simplesmente me virar e dizer: ''Chupem, eu já tive esse privilégio'' mas eu era humilde... e aquilo não era um privilégio. Mal sabiam elas o tipo de pessoa que o Harry era.

- E você... - Harry disse e apontou para ninguém mais, ninguém menos do que... euzinho. - Tem alguma pergunta? - Ele deu um sorriso, ele estava fazendo aquilo por pura implicância, óbvio.

- Não. - Respondi severamente.

- Tem certeza? - Ele insistiu e pude ver diversão em seu olhos.

- Absoluta. - O encarei confiante e levantei uma sobrancelha. Ele ficou me olhando profundamente por alguns segundos, piscou e desviou o olhar. Estremeci, droga.

   Harry logo se retirou da sala com a diretora, que se duvidasse até ela ele lanhava, possibilitando assim que o professor continuasse a aula.

- Senhor Louis, você pode me fazer um favor? - O professor perguntou.

- Sim... - Respondi.

- Vá na secretária e me traga algo que preste e que não fique se desgastando para que eu possa escrever na porcaria desse quadro. - Senti irritação em sua voz e quase ri.

- Ok. - Levantei-me e saí da sala, desci algumas escadas meio que correndo e por mais que eu adorasse fazer isso, dessa vez não foi uma ideia muito boa, pois pisei em um degrau em falso e caí escada a baixo.

- Droga! - Falei alto, eu não tinha me machucado muito, mas meu tornozelo estava doendo.

- Você está bem? - Uma voz rouca disse entre risadas, enquanto eu tentava me levantar com certa dificuldade. - Você é uma anta mesmo. Como conseguiu cair desse jeito? - Styles riu mais uma vez. - Eu queria que o corredor estivesse cheio para ver todos rindo da sua cara.

- Idiota.

Possessive - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora